"O irritante" - visite e subscreva o canal de vídeopoemas técnicos deste "sujeito passivo" no YouTube em: https://www.youtube.com/@ValdemarRodrigues-zd2uf
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Da série «Filmes que libertam a cabeça» - Convite para ver Angst, de Graça Castanheira, no Teatro da Malaposta, 6ª Feira, 25 Novº de 2011 - Entrada gratuita para alunos e docentes da Lusófona
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FICHA TÉCNICA
Documentário, Portugal, 2010, 53‘
Realização: Graça Castanheira
Assistente de Realização: Rui Carvalheira
Fotografia: André Santos
Câmara: Graça Castanheira
Som: Marco Leão
Montagem: Graça Castanheira + Beatriz Tomaz
Direção de Produção: Dana Wilson + Maria Ribeiro Soares
Cordenação de Produção: Fátima Correia
Produção: Maria João Mayer
Realização: Graça Castanheira
Assistente de Realização: Rui Carvalheira
Fotografia: André Santos
Câmara: Graça Castanheira
Som: Marco Leão
Montagem: Graça Castanheira + Beatriz Tomaz
Direção de Produção: Dana Wilson + Maria Ribeiro Soares
Cordenação de Produção: Fátima Correia
Produção: Maria João Mayer
“Nada do que produzimos ou descobrimos nos distinguiu dos restantes animais tão formidavelmente como desejaríamos. Limitámo-nos a criar um mundo de ilusões, sem as quais não sobrevivemos a nós próprios. Este filme é isso mesmo.” Neste documentário, Graça Castanheira expõe o mundo tal como ela o vê. Partindo de um relato íntimo e pessoal, a cineasta faz uma reflexão sobre a fase actual da humanidade, investigando as razões pelas quais os humanos não foram ainda capazes de afirmar a sua superioridade, praticando um desenvolvimento equilibrado e sustentável. A realizadora aborda questões preocupantes, da superpopulação ao risco de esgotamento do espaço disponível para a ocupação do planeta e das reservas de energia disponíveis para o funcionamento da civilização como a conhecemos, exprimindo-se através de olhares e de sons captados um pouco por toda a parte.
sábado, 5 de novembro de 2011
O Tempo das Graças, Filme vencedor do Cine Eco 2011, no Teatro da Mala Posta, em Odivelas, na próxima 4ª Feira, dia 9-11, pelas 21:30
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Estão convidados para ver (gratuitamente) este belíssimo filme (O Tempo das Graças) todos os alunos de Engenharia do Ambiente e Biotecnológica da ULHT. Não percam a oportunidade, pois trata-se de um filme verdadeiramente excepcional que com certeza não irão jamais esquecer!
domingo, 23 de outubro de 2011
Novo livro para breve...
Talvez alguns tenham percebido o meu relativo silêncio e ausência de postagens neste Blog. A razão deve-se a um novo projecto de livro, já em fase de revisão de texto. O título ainda não está definido, mas é sobre Desenvolvimento Sustentável e Defesa Nacional.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Indústria da Pedra - O Equilíbrio Ambiental e a Valorização Económica
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Uma conferência para a qual fui gentilmente convidado pelo Jornal Região de Leiria, a ter lugar no próximo dia 13 de Outubro de 2011, em Porto de Mós (Edifício Espaço Jovem), a partir das 14:30. A entrada é livre, e os visitantes habituais deste blogue estão desde já convidados a participar.
Descarregue aqui o ficheiro da apresentação feita em Porto de Mós:
Rodrigues, V. (2011) - A indústria da pedra e o desenvolvimento sustentável. Conferência "Indústria da pedra - o equilíbrio ambiental e a valorização económica". Org. Região de Leiria. Porto de Mós, Edifício Espaço Jovem, 13 de Outubro de 2011.
Descarregue aqui o ficheiro da apresentação feita em Porto de Mós:
Rodrigues, V. (2011) - A indústria da pedra e o desenvolvimento sustentável. Conferência "Indústria da pedra - o equilíbrio ambiental e a valorização económica". Org. Região de Leiria. Porto de Mós, Edifício Espaço Jovem, 13 de Outubro de 2011.
domingo, 18 de setembro de 2011
Lusófona no CINE ECO 2011 - XVII Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, em Seia, de 8 a 15 de Outubro
(carregue na imagem para saber mais)
A Universidade Lusófona associa-se à 17ª edição do CineEco através de diversas acções a realizar durante o festival e patrocina o Prémio Serra da Estrela, que será atribuído à obra produzida na região que melhor promova as temáticas ambientais locais. A instituição será representada no CineEco por um dos membros do Júri Educação Ambiental. A apresentação de um workshop de cinema, a realização de uma acção de formação sobre ambiente e uma demonstração da tecnologia para reciclagem de beatas de cigarro, associadas à deslocação de um carro de exteriores da Universidade, irão marcar a presença da Lusófona durante o festival. Os seus alunos irão também assegurar a cobertura audiovisual e edição do respectivo material em eventos do festival. O projeto educativo da Universidade Lusófona teve a sua origem na década de 80 e ao longo dos últimos anos a Universidade tem-se vindo a afirmar nas mais variadas áreas do conhecimento, com destaque para o ensino do cinema e do multimédia mas também do ambiente. A Universidade Lusófona possui uma vasta oferta em cursos de ensino superior em diversas áreas de conhecimento e ministra actualmente cursos de licenciatura em mestrado nas áreas do audiovisual e da Engenharia do Ambiente, quer na Universidade Lusófona em Lisboa, quer na Universidade Lusófona do Porto.
domingo, 3 de julho de 2011
Citação ou Plágio?
Figura 1. Variedades e "escalas" de plágio. Fonte: picado aqui.
Uma pertinente reflexão da Profª Doutora Maria Elvira Callapez que procura responder, ou abrir caminhos para uma resposta às várias e delicadas questões relacionadas com o plágio, nomeadamente no meio académico. Trata-se de um artigo bastante actual e que, pela sua qualidade, merece ser lido por todos, pelo que deixo aqui a ligação.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Palestras de Engenharia do Ambiente da ULHT - Gestão, Ordenamento e Riscos do Litoral Português, pelo Mestre Celso Aleixo Pinto, da ARH do Tejo, I.P.
(carregue sobre a imagem para ampliar)
Uma palestra sobre um tema actual e importantíssimo para a Engenharia do Ambiente, por iniciativa das Professoras Ágata Alveirinho Dias e Anabela Cruces, docentes dos Cursos de Licenciatura e Mestrado da ULHT. É já na próxima 6ª Feira, dia 17-6, pelas 18 horas, no campus da Universidade Lusófona, em Lisboa. A não perder!
Palestras de Engenharia do Ambiente da ULHT - Participação Pública na Conservação de Áreas Protegidas pelo Dr. João Carlos Farinha, do ICNB
(carregar sobre a imagem para ampliar)
No mesmo dia (17 de Junho - é já na próxima 6ª Feira!), pelas 20 horas, decorre mais uma palestra, desta vez sobre o tema da participação pública na conservação de áreas protegidas, outro assunto de especial importância na actividade dos futuros licenciados e mestres em Engenharia do Ambiente. A não perder, portanto!
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Um Parabéns Especial à Grande Equipa de Finalistas de Engenharia do Ambiente da ULHT!
(c) Patrícia Nobre da Costa, 2011
O XI CNEA foi um enorme sucesso, em grande parte devido a esta fantástica equipa de finalistas da Licenciatura em Engenharia do Ambiente da ULHT. Não está na foto o Engº Luís Pereira (a caminho de ser Mestre...). Nem também a Professora Graça Gonçalves, a quem se deve a excelente coordenação da eqipa. A todos, os meus sinceros parabéns e o meu Muito Obrigado em nome da Direcção do Curso! Com gente como vocês, não restam as menores dúvidas de que a Engenharia do Ambiente em Portugal tem um grande futuro pela frente!
sexta-feira, 6 de maio de 2011
A Floresta: Entre o Real e o Imaginário. 19 de Maio de 2011 a partir das 16:30, no Auditório Armando Guebuza da ULHT
A Floresta: Entre o Real e o Imaginário é o tema do 2º Seminário de História do Património e da Ciência, uma iniciativa da Secção de História do Património(Curso de História/CPES da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Lusófona, sob coordenação científica da Professora Doutora Ana Cristina Martins. Iniciativa à qual aderi com muito agrado, a decorrer já no próximo dia 19 de Maio de 2011 a partir das 16:30, no Auditório Armando Guebuza da Universidade Lusófona, em Lisboa, e para a qual convido todos a estarem presentes (a entrada é livre).
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Propostas ambientais para enfrentar a crise
Figura 1 - Os pilares do desenvolvimento sustentável (Rodrigues, V.J., 2011)
Parte I - Casos e projectos concretos de realização, do Blogue de Manuela Araújo
2. A permacultura (série);
5. Ultrapassando a nossa dependência do petróleo;
6. Poupar água e garantir a sua disponibilidade para as gerações futuras;
7. Por um consumo (mais) sustentável;
8. Como poupar e conservar a energia;
9. A compostagem doméstica;
10 Listagem bastante completas de dicas para sustentabilidade.
1. Saídas para a crise I - Os mercados francos locais;
2. Saídas para a crise II - As moedas locais;
3. Saídas para a crise III - A sustentabilidade.
Sentir geral e poético: Ode Marítima
6. Poupar água e garantir a sua disponibilidade para as gerações futuras;
7. Por um consumo (mais) sustentável;
8. Como poupar e conservar a energia;
9. A compostagem doméstica;
10 Listagem bastante completas de dicas para sustentabilidade.
Parte II - Artigos de opinião, publicados no Jornal de Leiria e no Jornal das Caldas
1. Saídas para a crise I - Os mercados francos locais;
2. Saídas para a crise II - As moedas locais;
3. Saídas para a crise III - A sustentabilidade.
Sentir geral e poético: Ode Marítima
quarta-feira, 30 de março de 2011
Conferência do Professor João Alveirinho Dias, dia 11 de Abril de 2011, pelas 18:30, na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, em Lisboa
Passado Presente e Futuro do Litoral: Forçantes Naturais e Antrópicas
Universidade Lusófona
Lisboa, 11 de Abril de 2011, Auditório S.011, pelas 18:30
Conferencista: Professor Doutor João M. Alveirinho Dias
RESUMO
Universidade Lusófona
Lisboa, 11 de Abril de 2011, Auditório S.011, pelas 18:30
Conferencista: Professor Doutor João M. Alveirinho Dias
Investigador do CIMA (Centro de Investigação Marinha e Ambiental); Investigador convidado do CNPq (Brasil); Professor visitante da Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Professor aposentado da Universidade do Algarve; Editor executivo da Revista de Gestão Costeira Integrada / Journal of Integrated Coastal Zone Management.
RESUMO
“A situação actual em muitos trechos costeiros é extremamente preocupante, designadamente porque muitas áreas muito vulneráveis foram sujeitas a intensa ocupação. Como é que se chegou a esta situação que exige investimentos cada vez maiores em acções de protecção? Só percebendo o funcionamento básico da dinâmica costeira e tendo uma perspectiva histórica dos processos de ocupação do litoral é que se pode perceber como é que tal foi possível. E agora, o que se pode fazer? Será que a gestão costeira actual é a mais adequada? E o que se perspectiva no Futuro? Quais os principais riscos a que as zonas costeiras estão sujeitas? A resolução destes problemas é competência dos governos, da sociedade em geral ou de cada um dos cidadãos? É ou não lícito, numa perspectiva de sustentabilidade, explorarmos intensamente as zonas costeiras? Qual deverá ser a nossa postura perante os desafios / oportunidades que se esboçam no Futuro próximo?”
(carregar sobre a imagem para ver mais informações sobre a actividade científica do Prof. Doutor João Alveirinho Dias)
No próximo dia 11 de Abril, pelas 18:30 horas, o Professor João Alveirinho Dias, eminente especialista português em Dinâmica Sedimentar e Gestão Costeira irá, no âmbito da disciplina de Gestão e Ordenamento Costeiro do Mestrado em Engenharia do Ambiente da nossa Universidade, proferir uma Conferência no Auditório S.0.11, para a qual exorto todos os professores e estudantes de Engenharia do Ambiente e não só (por exemplo os estudantes de Engª Civil também não deveriam perder esta oportunidade...) a estarem presentes. O Prof. Alveirinho Dias, que bem conheço pois tive a honra de o ter como Professor no Curso de Mestrado que concluí no IST, em 1997, na área da Ecologia, Gestão e Modelação dos Recursos Marinhos, é uma daquelas personalidades que importa ouvir, pois fala da natureza com grande conhecimento e com imensa paixão. Eu lá estarei com certeza para lhe dar o meu abraço, e o meu muito obrigado por ter aceite o convite que lhe foi endereçado!
(Ria Formosa - carregue sobre a imagem para ampliar)
sexta-feira, 25 de março de 2011
INE Estuda Reformulação da sua Publicação "Estatísticas do Ambiente"
(carregue sobre a imagem para descarregar o PDF com as Estatísticas do Ambiente 2009)
No âmbito das consultas que o Instituto Nacional de Estatística (INE) está a levar a efeito para a reformulação da sua publicação "Estatísticas do Ambiente", fui gentilmente convidado pela Srª Drª Margarida Madaleno, Directora do Departamento de Estatísticas Económicas do INE, enquanto Director dos Cursos de Licenciatura e Mestrado em Engenharia do Ambiente da Universidade Lusófona, a participar numa reunião de trabalho no INE no passado dia 24 de Março de 2011, para a qual me fiz acompanhar do meu colega e Subdirector, Professor Fernando Jorge Costa. Na sequência desta reunião, está a ser elaborado um documento com as nossas contribuições para a melhoria daquela que é uma publicação de referência sobre Estatísticas do Ambiente em Portugal, incontornável e de extrema utilidade para técnicos, investigadores e empresas do sector.Uma saudação ao INE pela sua aposta na qualidade da informação sobre Ambiente em Portugal; pela abertura que tem mostrado à sociedade e aos potenciais interessados nessa informação, e pelo método escolhido para garantir a melhoria contínua dos seus produtos e serviços, nomeadamente através de uma prévia auscultação a utilizadores, produtores de informação, e público em geral.
O parecer do DEA da FECN pode ser descarregado aqui. A citação é a seguinte:
Rodrigues, V-J. e Costa, F.J. (2011) - Notas de Contributo para a Reformulação da Publicação “Estatísticas do Ambiente” do Instituto Nacional de Estatística. DEA/FECN/ULHT, Lisboa, 25 de Março de 2011.
O parecer do DEA da FECN pode ser descarregado aqui. A citação é a seguinte:
Rodrigues, V-J. e Costa, F.J. (2011) - Notas de Contributo para a Reformulação da Publicação “Estatísticas do Ambiente” do Instituto Nacional de Estatística. DEA/FECN/ULHT, Lisboa, 25 de Março de 2011.
sexta-feira, 11 de março de 2011
terça-feira, 1 de março de 2011
Logo do XI Congresso Nacional de Engenharia do Ambiente
(Carregue sobre a imagem para aceder ao sítio da Associação Portuguesa de Engenharia do Ambiente)
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Já está disponível, na versão editada, o artigo "O Ambiente no Contexto da Defesa Nacional"
Já está disponível, na versão editada, o artigo "O Ambiente no Contexto da Defesa Nacional" que publiquei recentemente no nº 22 (págs. 20-25) da Revista Planeamento Civil de Emergência, editada pelo Conselho Nacional de Protecção Civil de Emergência (CNPCE). Agradeço ao Sr. Tenente-General António José Maia de Mascarenhas, Vice-Presidente do CNPCE, o amável convite que me endereçou para escrever este artigo, o qual me fez reflectir sobre um assunto de extrema importância para o país e, em consequência, para todos nós. Boas leituras!
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Floresta, Direitos Humanos e Direitos da Natureza
(Foto picada aqui)
Fui gentilmente convidado pela Professora Doutora Ana Cristina Martins, da Secção de História do Património e da Ciência da Universidade Lusófona, para participar num seminário transdisciplinar comemorativo do Ano Internacional da Floresta, que terá lugar no dia 19 Maio de 2011 na ULHT. Foi com enorme prazer que aceitei em participar, com uma reflexão sobre Floresta, Direitos Humanos e Direitos da Natureza: Um Debate Persistente e Actual. Nela revejo a questão clássica da dicotomia entre as visões humanista e ecocêntrica da Floresta (entendida como entidade holística), a primeira defendendo o valor instrumental da Natureza e a segunda propondo a ideia de valor intrínseco da mesma, nomeadamente através da consagração de direitos legais. Quase 40 anos após a publicação do famoso livro «Should Trees Have Standing?», de Christopher Stone, a dicotomia mantém-se, agora balizando um conjunto de sínteses intermédias, ou híbridas, tendentes a conciliar posições aparentemente inconciliáveis. Uma das mais bem conseguidas sínteses foi a ideia de sustentabilidade, introduzida no discurso político a partir do início da década de 90 do passado século XX, e que visou conciliar o direito humano ao progresso com o direito da natureza à existência e ao desenvolvimento. A minha teoria nesta reflexão, e que há muito tempo venho defendendo, é a de que tais sínteses, não obstante a sua grande utilidade, tendem a ser facilmente manipuláveis (foi o que sucedeu com o conceito de "desenvolvimento sustentável") e portanto a obscurecer aspectos cruciais que, em cenários mais desfavoráveis, podem acabar por negar ambas as coisas que afirmam. Procuro demonstrar esta teoria reportando-me à actualidade e, concretamente, ao facto de, não obstante o estado actual das economias ocidentais, poucos verem aí um obstáculo importante à sustentabilidade. Se é verdade que sem ambiente não há economia, nem justiça ou democracia, também não deixa de ser verdade que, sem uma economia justa e solidária, e sem democracia, é também o ambiente que está em risco.
Título da comunicação:
Floresta, Direitos Humanos e Direitos da Natureza: Será que Devemos pôr um Preço nos Serviços do Ecossistema?
Nesta comunicação revê-se a questão clássica da dicotomia entre as visões humanista e ecocêntrica da Floresta (entendida como entidade balística), a primeira defendendo o valor instrumental da Natureza e a segunda propondo a ideia de valor intrínseco da mesma, nomeadamente através da consagração de direitos legais. Quase 40 anos após a publicação do famoso livro «Should Trees Have Standing?», de Christopher Stone, a dicotomia mantém-se, agora balizando um conjunto de sínteses intermédias, ou híbridas, tendentes a conciliar posições aparentemente inconciliáveis. Uma das mais bem conseguidas sínteses foi a ideia de sustentabilidade, introduzida no discurso político a partir do início da década de 90 do passado século XX, e que visou conciliar o direito humano ao progresso com o direito da natureza à existência e ao desenvolvimento. Mais recentemente, no âmbito dessa síntese, começou a equacionar-se a possibilidade de valorizar monetariamente a biodiversidade, nomeadamente através da contabilização do valor monetário dos produtos e serviços proporcionados pela Floresta ao homem. Esta ideia deriva do aparente sucesso das políticas relacionadas com a economia e os mercados do carbono, visando nomeadamente a internalização dos custos externos da utilização pelo homem de combustíveis de origem fóissil. Defende-se nesta comunicação a tese de que não é aconselhável, nem prudente, procurar quantificar monetariamente os serviços proporcionados ao homem pela natureza, e nomeadamente pela Floresta. Para tal recorre-se, entre outras, à argumentação da ética ambiental, defendida pelo filósofo norte-americano Mark Sagoff. Regressando de novo ao paradigma da sustentabilidade, propõe-se que as referidas sínteses híbridas, não obstante a sua grande utilidade e pragmatismo, tendem a ser facilmente manipuláveis e portanto a obscurecer aspectos cruciais que, em cenários mais desfavoráveis, podem acabar por negar ambas as coisas que afirmam.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Já é oficial: XI Congresso Nacional de Engenharia do Ambiente vai ser na Universidade Lusófona!
O XI Congresso Nacional de Engenharia do Ambiente (CNEA), um evento bienal de especial importância para os Engenheiros do Ambiente e para a Engenharia do Ambiente, em Portugal irá, pela primeira vez, decorrer na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT), no seu Campus de Lisboa, ao Campo Grande. O Congresso, promovido pela Associação Portuguesa de Engenharia do Ambiente (APEA), e desta vez co-organizado com o Departamento de Engenharia do Ambiente da ULHT, através de uma equipa coordenada pela Profª Doutora Maria da Graça Gonçalves e que integra um grupo de alunos do Núcleo de Estudantes de Engenharia do Ambiente, liderado pela Representante dos Alunos Patrícia Relvas, irá ter lugar durante os dias 20 e 21 de Maio de 2011. Brevemente voltaremos a dar aqui mais pormenores sobre este importante evento, que espero venha a ser um grande sucesso!
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
CLME2001 - 6º CONGRESSO LUSO-MOÇAMBICANO DE ENGENHARIA
(carregue para descarregar o pdf com o tríptico do congresso)
Fica a informação sobre o 6º CONGRESSO LUSO-MOÇAMBICANO DE ENGENHARIA que se irá realizar na cidade moçambicana de Maputo, entre 29 de Agosto e 2 de Setembro de 2011, e que é organizado pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, pela Faculdade de Engenharia da Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique) e pelas Ordens de Engenheiros de Portugal e Moçambique. Para este congresso preparei, em conjunto com o Prof. Engº José A. Teixeira Trigo, uma comunicação intitulada "MULTI, INTER E TRANSDISCIPLINARIDADE EM ENGENHARIA: O CASO PARADIGMÁTICO DA ENGENHARIA DO AMBIENTE EM PORTUGAL", cujo resumo alargado, aceite pela organização, se apresenta seguidamente.
MULTI, INTER E TRANSDISCIPLINARIDADE EM ENGENHARIA: O CASO PARADIGMÁTICO DA ENGENHARIA DO AMBIENTE EM PORTUGAL
Valdemar J. Rodrigues*1 e José A.Teixeira Trigo2
1Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Depart. de Engª do Ambiente - Lisboa, Portugal
2Faculdade de Engenharia e Ciências Naturais da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias - Lisboa, Portugal
*Email: sec.ambiente@ulusofona.pt
RESUMO
Para Karl Popper, os problemas ultrapassavam em muito as fronteiras das disciplinas. A ideia de que as disciplinas existiam autonomamente, sendo distinguíveis entre si pela matéria que investigavam, não passava para o filósofo de um resíduo do tempo em que se acreditava que qualquer teoria devia começar por definir o seu próprio conteúdo [Popper, 2003 (1963)]. As divisões e subdivisões do conhecimento científico seriam, fundamentalmente, o resultado de contingências históricas, e a consequente disciplinaridade o principal alvo dos esforços interdisciplinares visando combater o problema da fragmentação do conhecimento e da perda de visão de conjunto da realidade os quais, segundo Ortega y Gasset [1998(1930)], se vinham agravando desde finais do século XIX. Porém, os resultados de tais esforços parecem hoje estar muito aquém do esperado, tendo sido já em 1987 identificadas cerca de 8530 áreas do conhecimento resultantes quer da especialização, quer da sobreposição interdisciplinar de áreas pré-existentes [Klein, 1999]. Ou seja, cerca de um século de esforços de interdisciplinaridade, aos diversos níveis, terão contribuído mais para o surgimento de novas especializações do que para uma verdadeira compreensão geral dos problemas, em contraponto à especialização [Frodeman et al., 2001]. As engenharias, por definição áreas do conhecimento onde se observa a confluência disciplinar [Finch, 1961] e que estão por natureza ligadas à realidade e seus problemas [Borgmann, 1999], constituem um universo particularmente interessante para o estudo das relações disciplinares e das dinâmicas que se podem observar a esse nível, nomeadamente aquelas que levam ao aparecimento de novas disciplinas ou especializações. No mundo ocidental, a interação entre ciências e engenharias intensificou-se ao longo de todo o século XX, e em especial nas suas últimas décadas, procurando dar resposta a problemas tão reais como a pobreza, as enfermidades humanas, os desequílibrios demográficos e alimentares, o consumismo e a degradação ambiental. O reconhecimento de que nenhum desses problemas era passível de uma abordagem puramente disciplinar levou as ciências naturais a atravessarem as fronteiras com as ciências sociais, e vice-versa. Foi claramente esta “transgressão” que diferenciou, originalmente, a Engenharia do Ambiente das áreas “clássicas” de engenharia pois, como notaram Soulé e Press (1998), nenhuma outra pôs tanta ênfase em aspectos como a participação pública dos cidadãos e ONGs nos processos de tomada de decisão [e.g. Beck, 1992]; a necessidade de uma mudança de paradigma cultural e económico [e.g. Beck, 1992; Tisdell, 1991], ou o contributo da educação para uma cidadania sustentável [Orr, 2004], de modo a que as sociedades pudessem alcançar o objectivo da sustentabilidade. Nenhuma outra área da engenharia terá requerido para a sua acção técnica o estabelecimento de tantas pontes entre as ciências naturais e as ciências ditas sociais e humanas [Rodrigues, 2009]. No contexto já de si interessante das engenharias, a análise do caso da Engenharia do Ambiente – ela mesma um reflexo das tendências ocidentais obseravadas em matéria de prioridades para a acção em defesa do ambiente e de resposta institucional, por exemplo ao nível dos órgãos da administração pública, das universidades, dos centros de investigação, das empresas e das agremiações de carácter científico ou profissional – fornece elementos de grande valia para a compreensão dos desafios que actualmente impendem às engenharias. É a partir desse prisma que se procura responder nesta comunicação a algumas questões essenciais, como sejam: será que a Engenharia do Ambiente, desde que surgiu em Portugal nas universidades (novas) de Aveiro e Lisboa nos anos de 1977/78, acabou por adquirir o estatuto de disciplina especializada no seio das demais engenharias? Terá, nesse sentido, a sua natureza original, inter e transdisciplinar, mais focada no Todo do que nas partes (e, nessa acepção, mais holística e pós-moderna) sofrido entretanto alguma mudança fundamental? Ou terá, pelo contrário, de algum modo já cumprido o essencial da sua missão transdisciplinar? Como evoluiu ao longo deste período o relacionamento entre a Engenharia do Ambiente e as áreas tradicionais de engenharia? Ter-se-ão estas entretanto tornado mais interdisciplinares e holísticas, e doravante menos positivistas e cartesianas, não obstante o próprio Francis Bacon ter reconhecido que «A Natureza para ser comandada tem de ser obedecida.» [Sassower, 1995]? Poderão estar as áreas tradicionais de engenharia, a prazo, condenadas a algum processo transdisciplinar ou de fusão? E por último, mas não menos importante nesta comunicação: que campo de actuação específico se pode actualmente reservar à disciplina de Engenharia do Ambiente? Não obstante as respostas a cada uma destas questões, destaca-se a conclusão de que a Engenharia do Ambiente, quer como profissão quer enquanto disciplina técnica, deverá continuar a afirmar-se, tirando partido daquelas que são as suas principais referências identitárias: a visão holística dos problemas do desenvolvimento e uma ética singular que, mostrando-se hoje algo sinuosa, deve, julgamos, manter no essencial os princípios defendidos pelos seus fundadores, entre eles John Muir, Henry Thoreau e Aldo Leopold. Em particular, a renúncia irreflectida ao princípio do valor intrínseco dos bens (e serviços) da natureza é potencialmente perigosa. Por outro lado, a situação de ambivalência que marca o exercício profissional da Engenharia do Ambiente poderá perturbar o longo caminho que tem pela frente, pois ao mesmo tempo que procura autonomizar-se como disciplina técnica (o que teoricamente conseguiu com a criação, em 1999, do Colégio de Engenharia do Ambiente no seio da Ordem dos Engenheiros), o seu espectro de acção profissional, demasiado largo por natureza, poderá acabar por diluir-se irreversivelmente. A questão podia colocar-se hoje, prosaicamente, da seguinte forma: existirá actualmente algum domínio de actividade, ou acto formal de engenharia, que esteja legalmente ou do ponto de vista prático apenas reservado à Engenharia do Ambiente? O facto é que a excessiva hibridização disciplinar evidenciada em estudos recentes [e.g. Lameira et al., 2006], tal como a crescente redundância ao nível das áreas de investigação, a crescente mobilidade profissional, ou os problemas relacionados com a transição dos antigos cursos para o regime de Bolonha, prometem desafiar, não somente a Engenharia do Ambiente, mas a totalidade das disciplinas de engenharia. Do lado das oportunidade, merece ser realçado aquilo que é comum aos avanços mais recentes em matéria tecnologias da informação, ciência dos materiais, biotecnologia, engenharia da energia, toxicologia, entre outras: a sua convergência à escala dos átomos e das moléculas, que se designou genericamente de nanotecnologia. Esta nanoconvergência fornece não só uma comunidade de propósitos ao nível da Engenharia do Ambiente, com enorme potencial, como uma linguagem científica comum que, de baixo para cima, de certo modo reconstitui a unidade epistemológica essencial da Physis grega [Bettencourt, 2007]. E sugere subliminarmente uma solução para aquilo que parece ser a persistente dificuldade das sociedades aspirantes à sustentabilidade: o porem em prática, na sua verdadeira acepção, o chamado “princípio da integração”.
REFERÊNCIAS
Bettencourt, A. 2007. A questão do ambiente e ensino da sua ciência. Actas do Encontro Luso-Angolano em Ciências doAmbiente/II Congresso Nacional de Ciências do Ambiente, Èvora: Universidade de Évora.
Beck, U. Risk society: towards a new modernity. Londres: Sage, 1992
Finch, J. K. 1961. Engineering and science: a historical review and appraisal. Technology and Culture, 2, 318-32.
Frodeman, R. Mitcham, C. & Sacks, A.B. 2001. Science, Technology, and Society Newsletter, 126-127: 1-5.
Klein, J.T. Crossing boundaries: knowledge, disciplinarities, and interdisciplinarities. Charlottsville: University of Virginia Press, 1999
Lameira, S. (coord.) et al. – O sector do ambiente em Portugal. Lisboa: Instituto para a Inovação na Formação (INOFOR), 2006
Ortega y Gasset, J. A rebelião das massas. Lisboa: Relógio D'Água editores, 1998 (1930)
Borgmann, Albert. Holding on to reality: the nature of information at the turn of the millennium. Chicago: University of Chicago Press, 1999.
Orr, D.W. Earth in mind: on education, environment, and the human prospect. Washington: Island Press, 2004
Popper, K. Conjecturas e refutações. Coimbra: Almedina, 2003
Rodrigues, V.J. Desenvolvimento sustentável: uma introdução crítica. Parede: Principia, 2009
Sassower, R. Cultural collisions: postmodern technoscience. New York: Routledge, 1995
Soulé, Michael E. & Daniel Press. 1998. What is environmental studies?" Bioscience, 48 (5): 397-405.
Tisdell, C. Economics of environmental conservation. Amsterdam: Elsevier Science Publishers, 1991
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Instituto de Defesa Nacional - Colóquio sobre Ambiente, Ordenamento do Território e Defesa Nacional
(carregue sobre a imagem para ampliar)
Fui gentilmente convidado pelo Exmo. Sr. Director do Instituto de Defesa Nacional (IDN), Major-General Vítor Daniel Rodrigues Viana, para participar como orador num Colóquio sobre Ambiente, Ordenamento do Território e Defesa Nacional, a ter lugar no próximo dia 1 de Fevereiro, pelas 10 horas, no Auditório do IDN, na Calçada das Necessidades, 5, em Lisboa. Aceitei com muito gosto, e aproveito para convidar todos os habituais frequentadores deste espaço, e em particular os alunos de Engenharia do Ambiente da ULHT, a estarem presentes. O tema é interessantíssimo e a entrada é livre. As inscrições devem ser feitas online, aqui: