quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Definições...

Democracia liberal: sistema de governo onde cada um é livre de escolher o socialismo que quiser.

domingo, 13 de setembro de 2015

Uma leitura pré-eleitoral, condenada a estar sempre actual! No fundo, somos como aquele hamster que corre, corre, corre... e nunca sai do mesmo sítio...

O Carrossel Popular

No carrossel, as crianças alegres e pegajosas de algodão doce entretêm-se rodando em volta do eixo. Entusiasmadas, experimentam o potro malhado, a girafa africana, o avião e a furgoneta e, depois das voltas que o dinheiro consente, vão-se embora azamboadas e algo tristes pelo fim da festa. A democracia ‒ o modelo de governo que mais responsabilidade exige aos cidadãos ‒ tende com o tempo a transformar-se num grande carrossel popular onde os bonecos de assento fazem as vezes dos políticos, os folgazões são as bases populares, a música os media de massas, e o maquinismo é controlado por alguma personagem mefistotélica que se esconde atrás das cabines, não vá a ilusão desfazer-se! Apesar de muitos cidadãos preferirem a roda gigante ou o canguru do amor, e de alguns se esquivarem furtivos ao monótono entretenimento, o carrossel gira e gira e gira e gira, provando que existe sempre uma maioria popular que se diverte. Ao fim de mil rodopios, o pior acontece quando falha a electricidade ou ‒ azar dos azares ‒ quando o preço dos bilhetes aumenta para além das posses populares, algo que gera nas pobres gentes insofreáveis dores e desconsolos, pois os malandros dos políticos viajam sempre sem pagar, agarrados ao carrossel de traseiro tremido mesmo quando já só restam dois ou três pagantes montados neles. Assim é nas crises em democracia, as quais podem servir de bálsamo ao povo se, claro está, ele conseguir chegar ao fundo do problema, que é o seguinte: para quê andar estupidamente em círculos num cavalo de madeira quando se pode ter um cavalo a sério capaz de nos levar aonde queremos? A reflexão especulativa – essa fonte de claridade que ilumina e esclarece o espírito – podia desta forma trazer grandes benefícios ao povo, e fá-lo-ia talvez questionar-se: e afinal, para onde é que realmente queremos ir? Depois de algum tempo de meditação e justa ponderação, poderá até o povo ser levado a indagar sobre delicadas questões práticas, do tipo: porque razão tem ele, para poder exercer na sociedade uma profissão, de sujeitar-se a rigorosas provas e contínuas avaliações, e de possuir formações especializadas, aptidões “culturais” mínimas onde se inclui o domínio da língua do Estado em que estão, a fluência em língua inglesa – a língua “universal” da ciência e da técnica modernas – e a indispensável proficiência no uso das TIC, isto quando para o exercício da profissão de político, métier de enorme responsabilidade pois envolve a tomada de decisões que afectam o bem-estar presente e futuro de todos, nada disso é exigido? Porque razão não se exigem a um presidente de junta, a um membro da assembleia de freguesia, a um candidato à câmara municipal ou a ao parlamento, no mínimo semelhantes avaliações e qualificações? E a prestação de provas públicas para avaliar da sua “cultura geral” e capacidade técnica para administrar a fazenda pública? Alguns, ainda incrédulos e meio aturdidos pelo baque da claridade, poderão alegar que a função política não corresponde a uma actividade profissional no seu sentido comum ou habitual. Fraco argumento entenda-se, pois o amadorismo político podia bem ser a causa da "crise", mas jamais seu remédio. A questão é: o que teria afinal a sociedade a perder com um escrutínio destes? Acaso serão as pessoas mais inteligentes e cultas da sociedade também as mais propensas à corrupção ou ao desmazelo? Mas eis que de novo as luzes acendem, a economia volta a “crescer” e anunciam-se novas promoções (uma corrida grátis a cada duas pagas!) e o carrossel volta a girar. Lá para o Outono, pelo cair da folha, haverá “mudança” de assentos. Ao potro malhado sucederá um esbelto potro de crinas doiradas, e a furgoneta será substituída por um potente mini-avião. Depois, seguir-se-ão os habituais enguiços no maquinismo. A culpa vai ser dos assentos, do Mefistóteles ou então daquelas aves agoirentas, tipo Cassandras, que não se juntam ao povo no alegre rodopiar. Necessário e importante é que o carrossel continue a girar, a girar, a girar... mostrando como é forte a democracia! 

Valdemar J. Rodrigues

domingo, 6 de setembro de 2015

sexta-feira, 24 de julho de 2015

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Adraga, Sintra

http://www.serradesintra.net/praias-de-sintra
Adraga, Sintra. Fonte: picado aqui.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Teilhard de Chardin (1881 — 1955): Quem tiver ouvidos que oiça

«O século passado conheceu as primeiras greves sistemáticas nas fábricas. O próximo século não terminará sem uma ameaça de greve na Noosfera.»

Teilhard de Chardin, Le Phénomène humain,1955

PS: Isto devia interessar às chamadas empresas "criativas", à indústria da "cultura" e à chamada aposta "política" na "inovação"...

sexta-feira, 26 de junho de 2015

James Ensor, 1860-1949

Jus romanum, o Pato de Goethe, o Estado Global, arquitectado mas sem governo à vista, e uma Nação de tecnocratas sem poiso... assim não vamos lá, nem com a "ajuda" do Papa Francisco...


Prefiro a Erica....



quinta-feira, 7 de maio de 2015

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Contra o ortografês e a "normalização cerebral"



 
Tenho estado publicamente contra essa merda de "acordo" ainda escrevia no DN Jovem, estávamos no início da década de 1990. A técnica, que o f.d.p. do Estaline tanto gostava, não se combate com mais técnica: combate-se com Arte e com vernáculo, e com um murro nos cornos se necessário for, a la Nietzsche, homem que como qualquer não ignorante saberá nunca foi nem anti-semita nem fascista. Não existem "organismos oficiais". Existem - na natureza - apenas organismos. Uns pensam; outros, nem por isso.

domingo, 5 de abril de 2015

Engenharia do Ambiente da Lusófona: Factos que falam por si...

http://www.a3es.pt/pt/resultados-acreditacao/engenharia-do-ambiente-25 



Um Mestrado totalmente restruturado e reorganizado que obteve acreditação por 6 anos! por parte da A3ES, e uma Licenciatura, reconhecida em Portugal pela Ordem dos Engenheiros Técnicos e, internacionalmente. pela FEANI. Eis o trabalho em que eu e o prof. Jorge Costa - que se afastou da univesidade há cerca de um ano, optando por processar judicialmente a univesidade pelos danos que esta lhe causou - nos empenhámos arduamente, muitas vezes à custa da nossa vida pessoal e do tempo que não era o da Lusófona. Nunca antes o curso alcançara tanto reconhecimtno. Deus sabe - mas não apenas Ele - as condições actuais de funcionamento de tais cursos... Todos sabemos o trabalho que dá construir alguma coisa de bom, e a facilidade com que se destrói o tabalho feito. Apelo aos antigos e actuais alunos que se movam em defesa de algo que nós, entre outros colegas e funcionários generosos e competentes que felizmente ainda vai havendo na universidade, fizemos sobretudo por eles, a pensar neles e também com a sua preciosa ajuda. Não caberia aqui a lista de nomes de actuais e ex-alunos de Engenharia do Ambiente da ULHT que tornaram possíveis tantas e tão construtivas acções e eventos.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Era uma vez uma universidade...


É com muita pena minha que me vejo obrigado a fazer este post, e espero que os actuais e ex-alunos da Lusófona que me conhecem possam vir a perdoar-me, pois na verdade o que escrevo é para seu bem, e visa mostrar que o declínio da ULHT é recente, e foi muito pronunciado após o "caso Relvas" em 2012. Aos colegas professores na ULHT, com os quais sempre estive solidário, deixo, para que reflictam um pouco, as seguintes palavras de Hannah Arendt:

«Onde todos são culpados, ninguém o é; as confissões de culpa coletiva são a melhor salvaguarda contra a descoberta dos culpados, e o tamanho do crime a melhor desculpa para não se fazer nada.» - Arendt, H. (2006 [1969/70]) – Sobre la violencia. Madrid: Alianza Editorial, p. 87

Aí vai então o excerto da minha página da Wikipedia, actualizada hoje:

Valdemar José Correia Barbosa Rodrigues...

Foi - e "teoricamente" ainda é - professor na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa desde 1998/199918 , actualmente com a categoria de Professor Associado Foi Director nesta Universidade, entre 2009 e 2013, dos cursos de Licenciatura e Mestrado em Engenharia do Ambiente ministrados pela Faculdade de Engenharia da ULHT, integrando ainda o corpo docente do Instituto Superior de Gestão onde colaborou até 2012 no Mestrado em Gestão da Energia. Acedeu em 2013 ao convite para integrar o Centre for Interdisciplinary Development and Research on Environment, Applied Management and Space (DREAMS), unidade de I&D da ULHT da qual em Março de 2015 ainda era responsável o Prof. João Corte-Real, catedrático da Univ. de Évora, mas onde nunca chegou a desenvolver qualquer actividade de investigação. Pediu a demissão dos cargos de direcção de cursos na Univ. Lusófona em Setembro de 2013, após ter manifestado por diversas vezes, nos órgãos próprios da universidade, a sua discordância com a "gestão do dossier Relvas", e com o facto de os custos materiais e morais dessa "gestão" estarem a ser sobretudo suportados pelos professores e alunos, reflectindo-se na degradação geral das condições para um ensino de nível univesitário. Acresceu o facto de, ao fim de 15 anos de serviço ininterrupto na Univ. Lusófona, e após ter assumido cargos de direcção de cursos, continuar na condição de "prestador de serviços", pago à hora, em função do número de alunos inscritos a cada disciplina, alunos que, para a ardilosa administração da ULHT, só contam como "inteiros" se estiverem inscritos à totalidade de UCs do semestre, correspondente a 30 ECTS. Após a sua demissão ter sido finalmente aceite, em Novembro de 2013, continuou, até Maio de 2014, a assegurar a docência das unidades curriculares das quais era habitualmente responsável. Em Março de 2014, com uma carga horária completa, correspondente a 12 horas semanais de aulas, em período laboral e pós-laboral - até às 23 horas - o seu salário líquido como Professor Associado, com responsabilidades não apenas docentes mas também de investigação científica, não chegava a mil eurros. Os subsídios de férias e Natal que haviam sido pagos regularmente até 2012, desde então e até Abril de 2015 nunca mais foram pagos. Sindicalizado desde 2005, inscrito no SNESUP, viu até Março de 2014 as suas quotas sindicais serem-lhe mensamente descontadas pela COFAC, CRL - a cooperativa titular da Univ. Lusófona. Subitamente, a partir de então não mais lhe foram feitos os descontos. Denunciou em Julho de 2014 a situação insustentável vivida na ULHT à autoridade competente - a IGEC Inspecção Geral da Educação e Ciência - baseando-se no seu caso particular e no dos cursos que dirigiu e onde leccionou, dando conta das constantes ingerências da administração da COFAC, nomeadamente através do então administrador-adjunto Manuel José Damásio - o mesmo que agora diz n'O Público não falar em nome da Lusófona - em assuntos do foro científico e pedagógico dos cursos, o que punha em causa o princípio da autonomia científica e pedagógica das faculdades e dos seus órgãos competentes nessa matéria: os Conselhos Científicos e Pedagógicos. Denunciou ainda a situação degradante de muitos professores com doutoramento que, com responsabilidades pela regência de unidades curriculares e pela obrigatória investigação, recebiam mensalmente quantias irrisórias, em muitos casos de poucas centenas de euros, e viam o seu trabalho limitado pela falta de condições e equipamentos laboratoriais, situação agravada pela circunstância de estarem dem causa não só licenciaturas mas também mestrados. Estranhamente, em Abril de 2015 sinda não lhe tinha sido comunicada qualquer decisão por parte da ACT, para onde a IGEC decidiu remeter a sua queixa, considerando-a um "assunto laboral". Relativamente ao Sindicato SNESUP, teve a ingrata experiência de uma reunião com um dos seus advogados, "encarregue da Lusófona", durante a qual alguém, que se intitula de jurista, teve o desplante de encolher os ombros perante tão óbvias injustiças e irregularidades, rendendo-se à ideia de que o "legal" neste país equivale ao "justo". Mais tarde não se queixem os advogados se forem substituídos por "máquinas judiciárias" de uma "justiça científica"... obviamente que para os pobres que são a maioria...

Desde Maio de 2014 encontra-se em situação de baixa médica, devido ao agravamento do seu estado de saúde, nomeadamente à sua retinopatia diabética causada pela diabetes tipo I diagnosticada quando tinha 14 anos de idade. Pediu reiteradamente  ao serviço de recursos humanos da ULHT as declarações normalmente exigidas pela Segurança Social à entidade empregadora para que o doente possa usufruir do direito aos complemento dos subsídios de férias e Natal de 2014, mas, até Abril de 2015, não obteve nenhuma resposta.

Sintra, 3 de Abril de 2015

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Felizmente há luar!

Sttau Monteiro deu mote, mas não é de uma revolução liberal falhada que vou falar. Do que falo é do mundo de abstracções em que vivemos, e da necessidade de separarmos ficção e realidade, sem termos de cair em materialismos ou outros "ismos". Quando se ouve "Portugal isto", "Bruxelas aquilo" ou a "Grécia aqueloutro" já quase não reparamos que tais "seres" inexistem enquanto tal, e ganham vida apenas nesse mundo ficcionado de abstracções. Abstracções geralmente sem beleza nem grandeza. "Portugal" pode até exportar automóveis para a "Alemanha", mas eu não conheço nenhum "Portugal" e não conheço nenhuma "Alemanha". Tais seres nunca me foram apresentados, nunca falei com eles nem eles alguma vez se dignaram almoçar comigo. Os automóveis que "Portugal" exporta até podem ter sido feitos numa "fábrica alemã" que está em "Portugal", isso pouco me importa. Sei é que não existem seres tais como "fábrricas alemãs" – que ideia ridícula a de haver fábricas que falam como os animais de La Fontaine; que falam e ainda por cima numa língua tão difícil de entender como é a alemã ... – "Berlim" ou "Lisboa". Nunca amei nenhuma "Lisboa", contudo amei os belos versos livres de Irene:
Irene Lisboa - picado aqui

Escrever

Se eu pudesse havia de... de...
transformar as palavras em clava!
havia de escrever rijamente.
Cada palavra seca, irressonante!
Sem música, como um gesto,
uma pancada brusca e sóbria.
Para quê,
mas para quê todo o artifício
da composição sintáctica e métrica,
este arredondado linguístico?
Gostava de atirar palavras.
Rápidas, secas e bárbaras: pedradas!
Sentidos próprios em tudo.
Amo? Amo ou não amo!
Vejo, admiro, desejo?
Ou não... ou sim.
E, como isto, continuando...

E gostava,
para as infinitamente delicadas coisas do espírito
(quais? mas quais?)
em oposição com a braveza
do jogo da pedrada,
da pontaria às coisas certas e negadas,
gostava...
de escrever com um fio de água!
um fio que nada traçasse...
fino e sem cor... medroso...
Ó infinitamente delicadas coisas do espírito...
Amor que se não tem,
desejo dispersivo,
sofrimento indefinido,
ideia incontornada,
apreços, gostos fugitivos...
Ai, o fio da água,
o próprio fio da água poderia
sobre vós passar, transparentemente...
ou seguir-vos, humilde e tranquilo?

O "ser" "Portugal" inexiste, mas felizmente há o "ser" Lua e o seu insubstituível luar. A Lua existe na sua beleza grandiosa e economicamente inútil, até que alguém se aproprie dela e passe a "representá-la" e a "falar" em seu nome... O que há na verdade são sempre esses alguéns...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Um perfeito disparate!

António Costa deixa antever as "grandes medidas" do seu próximo (des)governo socialista democrático, que em Outubro próximo irá - inevitavelmente, pensa ele, as Grandes Lojas do Bem que o "elegeram" e os meios de intoxicação social que o apoiam - suceder ao actual governo de coligação da social-democracia com a democracia social - o CDS era isso: o Centro Democrático Social...

Costa é um "ambientalista" feroz e convicto apostado, por todos os meios, em "purificar" o "ar" da "sua" cidade e em lutar contra o aquecimento global causado pelas classes sociais mais poluentes e desqualificadas. que insistem em andar por Lisboa em carros do Século passado... que ainda não adquiriram o estatuto de "históricos", pois esses, tal como os Ferrari de 2014,  devem poluir bastante menos concerteza... Uma intolerável falta de sentido de "progresso" e de "modernidade" portanto... A história infelizmente está cheia de "purificadores" do ar e de outras coisas... Costa não vai ser o primeiro, nem concerrteza o último a querer "purificar" a "nossa sociedade"... mas convém ter cuidado e, obviamente, evitar também por todos os meios votar nele em Outubro próximo...


A lei municipal é perversa, tipicamente ao estilo pombalino-napoleónico de outro Costa para muitos de má lembrança, irracional, discriminatória, cheia de "excepções" mal amanhadas, e não vai resolver nenhum problema de "qualidade do ar" em Lisboa. A "assembleia municipal" que a aprovou, os juristas que trataram da indispensável "parecerística", o governo "social-democrata" que assobiou para o ar como se nada fosse, e o presidente da república, que, como habitualmente, "não acha oportuno comentar",  deviam todos sentir vergonha de ter nela consentido, mas a vergonha tornou-se um bem muito mais escasso do que o ar limpo das cidades. Para "descentralizar", o dr. Costa não hesitará decerto em aplicar a "medida" a outras cidades e vilas portuguesas, e estendê-la a aviões e caciheiros, para que assim todo o Portugal fique definitivamente mais "limpo" e mais "puro"...

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015