domingo, 28 de abril de 2019

Dos ilustres filósofos desconhecidos. Estranhamente dir-se-á... mas convém não esquecer o esgoto de império romano que isto é... nas palavras de Sena... o exemplo maior para o mundo do pior que tudo pode ser...


Elizabeth Anscombe

(Limerick Irlanda, 19 de março de 1919 — Cambridge, Reino (des)Unido, 5 de janeiro de 2001)

Nem me parece que o João Carlos Espada se haja alguma vez  lembrado dela , ele que também deve ter escrito bastantes vezes a palavra "consequencialismo"...

E se...

... a chamada "crise da adolescência" não fosse mais afinal do que uma crise que a história impõe ao ser na cultura do humano, para o destruir, tal como o Édipo se destruiu a si próprio, exilado-se e arrancando os próprios olhos?

sábado, 27 de abril de 2019

Da grande revolução de agora que era ontem e será amanhã


Para a história continuar, quando o absurdo a invade e corrompe a cidade até esta se dividir em duas, tomando posições para o próximo sacrifício humano em massa - há que purgá-la dos maus infecciosos, que são os não muitos que ainda pensam por si, já que os outros, que são sempre um pouco mais, são úteis aos bons, para a marcha histórica do trabalhinho. A Terra roda e nela não pode ser sempre dia ou sempre noite, à excepção desses lugares polares frios habitados, a Norte, por ursos, e, a Sul, por pinguins. A preparação para a revolução é o mais importante para que o acontecer da revolução seja uma revolução-de-si mas jamais o pareça.  Para que a história continue a ser essencialmente o que é desde o início, uma interminável dança. A purga deve naturalmente ser feita pelos revolucionários, e alguns deles talvez sintam a dada altura uma estranha leveza, como se a empresa revolucionária que ao início lhes pareceu tão temerária e difícil surgisse agora estranhamente leve e facilitada. Ora, isso é já o efeito daquela preparação para a revolução. Mas como se prepara afinal uma revolução? Certo é que todas as revoluções precisam de apoio financeiro e de uma propaganda eficaz. Sem dinheiro e sem propaganda não há revoluções, e quando o absurdo invade a história e a corrompe por dentro a história corre o risco de deixar de ser, esse que é o pior de todos os riscos. A história sem movimento é como o universo sem lei da gravitação: ninguém sabe ao certo para onde vão os astros e as estrelas arriscam colidir umas contra as outras numa desordem legal assustadora - pensa o deus Sol e pensam os seus dignitários ou regentes. Mas qualquer propaganda precisa de uma agenda o mais fechada e completa possível. Para cada item da agenda há que pensar pelo menos em duas saídas possíveis, diferentes mas igualmente inócuas para a lei gravitacional que mantém a história, tal como é, em movimento de rotação. Quando tiverem de escolher, os "jovens" revolucionários escolherão entre as opções dadas, e porém convencidos de terem sido eles a escolhê-las. A frase "os velhos não fazem revoluções" é certa só até certo ponto; o que alguns "velhos" fazem é mesmo prepará-las cuidadosamente, de maneira que os "jovens" acreditem nelas e, ao fazê-las, acreditem que são eles que as estão fazendo; porém o que os "jovens" historicamente fazem é seguir o plano rigorosamente estudado e delineado pelo "velhos sábios" da cidade que estão sempre dos dois lados; ainda do lado onde a noite dorme, e já do lado onde o Sol acordou. Eles simplesmente esperam, pois a noite e o dia é para eles indiferente; é apenas sinal de que a Terra se move e continua a mover-se, e com ela a interminável história humana pela qual tanto se bateram nestes últimos 5% do tempo de existência humana. A agenda dos "jovens" tem hoje no topo a "luta contra o aquecimento global" e, par extentio, a luta descarbonizadora e desmaterializadora contra os seres poluentes e tóxicos da cidade. Por detrás das suas globais manifestações há um "velho" em especial que se ri: Sófocles e o seu Édipo.

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Do ser revoltado

Penso em a pergunta: "Será que eu sou um ser revoltado?" Ora, é claro que sim! À semelhança de Deus aliás.

quinta-feira, 18 de abril de 2019

Penso em que historicamente a verdade depende do número...

... e não só o poder, como dizia a minha querida Hannah Arendt... parece até que a conheci ou andei na escola com ela...


Foto: daqui


Penso em eu que ainda aconteço, porque careço da neuroplasticidade que a história espera de mim...

Penso em que a neuroplasticidade chamava-se antes ir atrás do rebanho, atirar-se ao poço só porque os outros se atiram, ser "maria vai com deus", etc.

Foto: daqui

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Reality check I: afinal os camiões autónomos ainda não são; afinal as sociedades ainda não se desmaterializaram; afinal o "novo mundo" digital ainda não é...

... afinal o tempo de gestação de um novo ser humano continua a andar à volta de nove meses...

- como irá o ser na história tirar partido disto para o seu imprescindível movimento?
- o que será quando a Internet colapsar?
- ou os serviços de telecomunicações?
- ou...

talvez fosse bom pensar nisso...

... porém o que estará agora na agenda parece ser a  "nova" lei seca... a cruzada contra o "sal" e o "açucar" como se não houvesse vários sais e açucares...
... e, claro, sempre, a luta contra a liberdade em nome da liberdade... é "urgente" legislar sobre as "fake news"... para que a "verdade" seja aquilo que o legislador quer, quando, onde e como ele quer...

,,, histórico portanto.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Do ser cidade

A cidade é o lugar onde cada um desconhece completamente a esmagadora maioria dos outros, apesar de não ter a consciência disso, porque os "conhece de vista" ou como se diz "virtualmente" através dos meios de comunicação de massas, como é o caso agora das chamadas "redes sociais"....

A cidade, como criatura jurídica, tem tanto de bom como de mau, como qualquer criação técnica do ser na cultura, mas o que tem de bom e de mau é à sua escala: à escala do grande.


Fonte: daqui