Parece haver, de facto, um futuro que aguarda pelos "jovens", e que passa por coisas como essa misteriosa "universidade sem professores" - vejam o vídeo a seguir onde, a certa altura, o locutor diz que os "professores" são quem propõe os "projetos" que os alunos, em grupo, sempre, irão desenvolver... afinal há ou não há nela "professores"? A maiêutica tem destas coisas; quando se dá à luz já não nos podemos permitir o luxo do engano. Digo-vos o que aprendi: na cultura há muito que o mal vem de pantufas e o maior mal geralmente pelas melhores razões. Boa noite.
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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
Do futuro que aguarda pelos jovens
É bonito mas encalhei nesta parte: «[...] para que os jovens possam enfrentar com garantias o futuro que os aguarda.» Ou seja, há um futuro que espera os jovens e não jovens que são o futuro? O que terá acontecido? Deve ser da minha velhice, ou então do meu copo meio vazio.
Fonte: aqui
Parece haver, de facto, um futuro que aguarda pelos "jovens", e que passa por coisas como essa misteriosa "universidade sem professores" - vejam o vídeo a seguir onde, a certa altura, o locutor diz que os "professores" são quem propõe os "projetos" que os alunos, em grupo, sempre, irão desenvolver... afinal há ou não há nela "professores"? A maiêutica tem destas coisas; quando se dá à luz já não nos podemos permitir o luxo do engano. Digo-vos o que aprendi: na cultura há muito que o mal vem de pantufas e o maior mal geralmente pelas melhores razões. Boa noite.
Parece haver, de facto, um futuro que aguarda pelos "jovens", e que passa por coisas como essa misteriosa "universidade sem professores" - vejam o vídeo a seguir onde, a certa altura, o locutor diz que os "professores" são quem propõe os "projetos" que os alunos, em grupo, sempre, irão desenvolver... afinal há ou não há nela "professores"? A maiêutica tem destas coisas; quando se dá à luz já não nos podemos permitir o luxo do engano. Digo-vos o que aprendi: na cultura há muito que o mal vem de pantufas e o maior mal geralmente pelas melhores razões. Boa noite.
domingo, 18 de fevereiro de 2018
O "professor-investigador" intermitente
Fonte (imagem etexto): aqui
ὁ
δὲ Ἰησοῦς ἔλεγεν Πάτερ ἄφες αὐτοῖς
οὐ
γὰρ οἴδασιν τί ποιοῦσιν
Lucas,
23:34
Fonte: aqui
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018
Eles sabem tudo e não esquecem nada
Eles
sabem tudo; sabem que eu sei, e que os iludidos não sabem, os que
eles alavancaram e que lhes foram tão úteis enquanto tantos como
eu houve para, trabalhando, destruirem. Eles sabem que eles, os iludidos, nada
sabem, apesar de Prometeu os haver insuflado de esperança, tal como
a mim e aos meus irmãos em espírito, essa terrível esperança que ficou na caixa de Pandora, para
gáudio dos deuses e alívio dos pastores de homens. Eles sabem
que a ignorância nada sabe, mas esperam que eu, que aprendi e julgo saber o
essencial, me vingue, pois a vingança, como escreveu o tal de
Homero, é o mais doce dos sentimentos. Esperam que eu não corra a
salvar os iludidos, porquanto sabem que eu sei que foram eles os autores materiais do crime que levou à desgraça. E que a sua hora chegou finalmente, pois há muito que ela chega sempre da mesma
maneira: ao holocausto menor sucede o maior e a traição é a tábua da lei. Os iludidos acharam-se sábios e insubstituíveis mas afinal, como sempre sucede, não eram. Foram úteis enquanto houve trabalho para fazer; agora que o trabalho está praticamente concluído chegou a sua vez. Entretanto, como é habitual, endividaram-se e toleraram leis que os haverão de liquidar. É assim desde os tempos de Moisés, pelo menos. Eles, os homens de génio superior, sabem que a inteligência sempre foi um bem escasso, e
mesmo que não fosse sabem, com Prometeu, que ela sempre
cede diante da necessidade. Eles não esquecem a parábola de Zaratustra que vem
no Ortogal, a páginas 95, nem a verdade de Lúcio
Enobarbo, que na história ficou mais conhecido por Nero, esse insensível imperador que, segundo reza a lenda, se entreteve a compor com a sua lira
enquanto Roma ardia. Eles sabem tudo e sabem que eu sei; eles sabem tudo e não esquecem nada. A menos que esqueçam o facto de não serem deuses, pois nesse caso a sua sorte é a mesma dos iludidos. Haverá já acima deles um génio mais sabedor e menos esquecido do que eles, um génio empenhado em destrui-los, e abaixo como sempre uma multidão de vassalos ignorantes dispostos a servi-lo.
domingo, 4 de fevereiro de 2018
O ódio dos pequenos...
... ou a raiva, a ira, etc., não os honra de qualquer maneira, como julgava Sartre e também Sorel, por exemplo quando dirigido ao "homem branco" - a quem a história chamou "colonizador" - ou ao patráo, ao "rico", etc.; honra-os só quando dirigido ao monstro colossal e absurdo, ao brutal Leviatã, "público" ou "privado" não interessa, por natureza socialista (ou fascista, quando se excita ou se enche de tesão), que na cultura do humano há muito se instalou para tornar "necessárias" e "legais" toda a sorte de arbitrariedades, misérias e injustiças. Que outra coisa senão ódio pode o pequeno sentir diante da cega criatura que o esmaga e anula, isto ao mesmo tempo que o seduz: vem meu filho, junta-te a nós nesta marcha contra os canhões que faz a história, não percas a oportunidade de matar, roubar e trair em "união que faz a força", em grupo ou grande associação: tu sabes que quantos mais formos menor é a chance de sermos julgados; tu sabes, ou, se não sabes, ficas agora a saber, que o crime só é crime enquanto for uma minoria a perpetrá-lo. É por isso que não há "estados assassinos", estados "mentalmente doentes" ou "julgamentos de estados"; isto apesar de haver "associações criminosas" e "colectivos de dementes". Sê pois demente meu filho e vem fazer connosco, em nosso nome e em grande escala, aquilo que jamais poderias fazer sozinho. Sê grande a matar, a roubar e a trair e vais ver como ainda acabas glorificado e transformado em herói. O ódio só é mau até ser grande ou seja, até ser "ódio de muitos", não foi isso que te ensinaram? É aí que passam a chamar-lhe "justiça".