segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Série Fábulas de Esopo I - O Velho. o Rapaz e o Burro


O Velho, o rapaz e o burro 

Um dia, há muito, muito tempo, um velho e o filho resolveram ir ao mercado vender o burro que tinham. Seguiam a pé, pois achavam que venderiam melhor o burro se ele chegasse descansado ao mercado. No caminho, cruzaram-se com alguns viajantes, que começaram a troçar deles: — Olhem aqueles tolos, têm burro e vão a pé. O mais estúpido dos três não é quem se esperaria. O velho não gostou que troçassem dele e disse ao filho que se montasse no burro. Um pouco mais adiante passaram por três mercadores. — Mas o que é que temos aqui?! — disse um deles. — Respeita os mais velhos, meu jovem. Desmonta e deixa o teu pai ir montado no burro, que já é muito velho para ir a pé. Embora ainda não estivesse cansado, o velho mandou apear o filho e montou ele no burro. Andaram um pouco mais até que encontraram um grupo de mulheres que também ia para o mercado com cestos de hortaliças para vender. — Olhem para estes — disse uma delas. — A pobre criança a pé e ele todo repimpado no burro. O velho sentiu-se um tanto ou quanto vexado, mas para se mostrar agradável pediu ao filho que montasse atrás dele no burro. O rapaz obedeceu e continuaram a viagem com os dois montados no burro. Um pouco mais adiante, um grupo de pessoas interpelou-os com indignação: — Mas que crime, será que quereis matar o burrinho? Pareceis mais capazes vós de carregar o burro do que o comtrário. O velho e rapaz não tardaram a desmontar, e passado um bocado, quase a chegarem ao mercado, gerou-se um enorme burburinho ao verem os dois carregando o burro atado num pau que transportavam de ombro a ombro. Juntou-se uma multidão para observar tão estranha cena. O burro não se importava muito de ser carregado aos ombros, mas quando a multidão se aproximou e começou a rir e a troçar, ele desatou a zurrar e a escoucear,e, precisamente quando iam a atravessar uma ponte, as cordas que o prendiam soltaram-se e o burro caiu ao rio e foi arrastado pela corrente. O pobre do velho regressou então tristemente a casa. Querendo agradar a todos, acabou por não agradar a ninguém e ainda ficou sem o burro.

sábado, 15 de novembro de 2014

Série Grandes Mestres - VI

(Lisboa, 1919 — Santa Barbara, Califórnia, 4 1978) 
Engenheiro, poeta, crítico, ensaísta, ficcionista, dramaturgo, tradutor... 

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Série Grandes Mestres - III

Deusa Díkê, Símbolo da Justiça na Grécia antiga. De olhos destapados e... com uma espada na mão direita. (a Iustitia dos romanos, que até hoje vigora, tem os olhos tapados e não tem espada... é a espada do poder que está que a protege...)