quarta-feira, 26 de março de 2025

Leituras do tempo DCCXXXI - O suplício do pensamento circum-vertiginoso...

 ... ou da "barata tonta" para usar uma expressão arcaica... às voltas sobre si mesma em desespero por encontrar-se... causando nos outros vertiginosa tontura... parece ser hoje uma triste e recorrente sina desta unidade de exploração portugaliae...  porque não se calam?... porque não mastigam em silêncio o desencanto com a obra... em respeito aos vivos e mortos... porque não deixam falar quem tem autoridade para falar... não haverá ninguém?... quem tem algo de novo a dizer... que não sufoque nem deprima... por favor calem-se ou então vão-se embora... vão pastar para outro lado a tontice do vosso  desespero e incoerência... o que fizeram está feito ok! E está bem à vista... agora mijem-lhe... como diria uma saudosa amiga... que o tempo ao menos poupou a estas endo-dilacerações exasperantes... 

segunda-feira, 24 de março de 2025

Leituras do tempo DCCXXX - Bullshit...

... em estado puro... como o país utópico ou "limpo do mal" (o diabo que escolha) vislumbrado pelo camarada Ventura... do achega achega... é o que resplandece no texto do dito cujo... cuja linha-fina... adiante reproduzida... só por si é um atestado de estupidez passado aos eleitores... aqui vai... «Os eleitores sabem em que partido devem votar para conseguirem viver num país livre de corrupção, de esquemas de dinheiro, de tráfico de influências

domingo, 23 de março de 2025

Leituras do tempo DCCXXIX - Maravilhas da "democracia" dos partidos políticos da unidade de exploração portugaliae... que... graças à lei que obriga o sujeito passivo a financiá-los... podem ficar-se pelos militantes da "famiglia" dos... "founding fathers & closest friends" ...(fica mais bem assim... mais "moderno" e inclusivo)... partidos de gente "geneticamente democrata" (!)... (sem "racismo mau")... boa e ungida pelos santos óleos do sistema financeiro... guardião do mistério da fé monetária... que nos dá paz pão saúde educação e... é claro... habitação...

 Por um lado...

«Comprar uma casa de dois quartos em Portugal exige que uma família poupe, em média, durante mais de 15 anos... o total dos seus rendimentos.» 

Mas, por outro... há quem pergunte...

«Estarão as casas em Portugal preparadas para um sismo? A resposta é não (principalmente em algumas cidades)»

Melhor? Impossível! 
Parabéns aos guardiões e guardiãs da "democracia" portuguesa! Mas perdoem-me: ide para o caralho.

Leituras do tempo DCCXXVIII - Será mau haver duas verdades "scientíficas" à escolha, antagónicas, sobre a mesma coisa...

 ... no caso sobre até que ponto a "estabilidade politica" "afeta" os "investidores" na unidade de exploração portugaliae... ambas "verdades" das "sciências sociaes"... "exatas"... (e "naturalizadas?")...  uma "verdade scientífica" "e-cunómica"... dizendo que "afeta" bué muito (!)...  e outra das  "sciências ivrídicas"... "aplicadas"... dizendo que "nã afeta nadinha"...  ou talvez vendo mais melhor bem de perto (!) a coisa... seja assim... os "investidores estrangeiros" não são  "afetados" ao passo que os  "nacionaes" são bué muito (!)... (tadinhos tadinhos)...  só que então... e permitam-me a arrogância... está resolvida a intranquilidade dos  "investidores nacionaes" em relação à "respetiva" e-cunumia... basta tornarem-se estrangeiros! Espantoso não é? 

sábado, 15 de março de 2025

Leituras do tempo DCCXXVII - Verdes anos...


Conheci este homem extraordinário em 1986, num concerto que deu com os seus músicos na então enorme cantina do edifício C1, da Faculdade de Ciências da UL, ao Campo Grande. Éramos poucos mais os espectadores do que os músicos mas ele tocou como se a sala estivesse cheia.  Nos intervalos das musicas falava connosco e contava uma ou outra historia engraçada. No final, feliz e grato por ter estado ali, cumprimentou-nos a todos - a alguns com demorado abraço - e foi-se embora. Há quanto tempo terá Portugal começado a não-ser?

quinta-feira, 13 de março de 2025

Leituras do tempo DCCXXVI - A história da moral...


A História da Moral 

Você tem-me cavalgado,
seu safado! 
Você tem-me cavalgado, 
mas nem por isso me pôs
a pensar como você.

Que uma coisa pensa o cavalo; 
outra quem está a montá-lo.

Alexandre O'Neill (1924-1986)
Poesias Completas, INCM, 1982

terça-feira, 4 de março de 2025

Leituras do tempo DCCXXIV - A "linha vermelha" da liberdade de expressão que ainda resta...

 ... atinge-se quanticamente quando a coisa observada fede tanto que ao observá-la o observador pode ficar fedendo tanto ou mais que ela... mandam então a hygiene social (!) e a prudência que o observador deixe de observar a deriva dos tempos que correm... malcheirosa... oca... rasteira... deprimente... e passe a dedicar-se a mais perfumadas observações... nem que sejam de libélulas como as do príncipe Hisahito...