domingo, 15 de agosto de 2010

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Sustentabilidade é Acção - Um blog que se recomenda



É claro que isto das citações mútuas pode parecer algo interesseiro. Mas a verdade é que, não conhecendo pessoalmente a famalicense Manuela Araújo, fui levado a conhecer o seu excelente trabalho de Blog devido às copiosas citações que nele faz, com a minha autorização expressa, do livro "Desenvolvimento sustentável: uma introdução crítica" do qual sou autor. Foi a circunstância fortuita, mas feliz, de nos encontrarmos virtualmente, que me fez começar a acompanhar regularmente o seu Blog, coisa que, devo confessá-lo, vou fazendo cada vez menos com a chamada blogosfera. Inclusivé, acabo por encontrar nele um vídeo recentemente feito em Pombal, com gente conhecida com quem trabalhei há algum tempo (2004 - 2005) no projecto da Alta Velocidade Ferroviária em Portugal. De facto fui durante algum tempo director do engº Tomás Marques no consórcio privado de Gestão Integrada do Projecto de AVF para Portugal, que trabalhou para a RAVE (a minha saída do projecto é pública, tendo manifestado profundas divergências com o mesmo, por exemplo, aqui). O Tomás Marques é um engenheiro do ambiente competentíssimo, e de quem só agora tive de novo notícias através do Blog da Manuela Araújo. Fico feliz por (re)ver a qualidade do seu trabalho, desta vez ao serviço do Programa das Nações Unidas para o Ambiente. Desejo-lhe os maiores sucessos, e que possa nessa organização dar o seu melhor em benefício da sustentabilidade dos povos que sofrem. Deixo pois a ligação para o exceelente Blog Sustentabilidade é Acção, e o voto de que a Manuela Araújo continue por muito tempo a fazer o excelente trabalho de divulgação e de sensibilização para a sustentabilidade que tem vindo a fazer.

terça-feira, 6 de abril de 2010

IV Encontro Nacional de Estudantes de Engenharia do Ambiente

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Trata-se da 4º Edição de um evento para o qual gostaria de chamar a atenção de todos os estudantes de Engenharia do Ambiente pela sua importância enquanto fórum privilegiado para a discussão e partilha de saberes e preocupações sobre o ensino e a prática da Engenharia do Ambiente em Portugal e no mundo. Além disso, trata-se de uma oportunidade única para o encontro dos estudantes e profissionais de Engenharia do Ambiente de todo o país, fomentando assim o enquadramento e a inserção no contexto educacional e sócio-profissional dos futuros Engenheiros do Ambiente. A organização do evento é da APEA - Associação Portuguesa de Engenharia do Ambiente. As inscrições podem fazer-se aqui. Como podem facilmente verificar, é de todo o interesse a inscrição na APEA, não só pelos grandes descontos que se podem obter nos vários eventos organizados pela Associação, mas também por toda a informação de cariz técnico e científico que a APEA dispobibiliza aos seus sócios. Para se tornar membro da APEA consulte informações aqui.

TEXTO DE APRESENTAÇÃO DO IV ENEEA


A APEA – Associação Portuguesa de Engenharia do Ambiente está a organizar o IV Encontro Nacional de Estudantes de Engenharia do Ambiente – ENEEA, dias 7 e 8 de Maio de 2010, em Lisboa.

Com o IV ENEEA pretende-se reformular o sucesso das edições anteriores, proporcionando aos estudantes de Engenharia do Ambiente a interacção e comunicação com o mundo empresarial, incentivando e promovendo a integração dos estudantes numa dinâmica de contacto com as temáticas emergentes no mercado.

O IV ENEEA pretende proporcionar um ponto de encontro entre os estudantes de Engenharia do Ambiente transmitido conteúdos nos domínios relevantes da actualidade ambiental.

Valor de inscrição:

Sócio estudante - 10 €
Não sócio estudante - 40 €

Para se inscrever deve aceder à área reservada a inscrições em eventos do site da APEA!

(Nota: Caso seja sócio da APEA deverá colocar o seu login e password, caso não seja sócio deverá preencher o formulário abaixo e receberá no email o seu login e password)

Saiba aqui como se tornar sócio da APEA para beneficiar de uma redução de 30 € no valor de inscrição no ENEEA! Isenção do pagamento de jóia de inscrição durante o ano de 2010 - aproveite!

sábado, 3 de abril de 2010

Conteúdos do Blogue já disponíveis!

Após a passagem dos ficheiros para a plataforma Box.net, todas as ligações que anteriormente estavam inactivas para o download de ficheiros já se encontram a funcionar. Saudações amigas e votos de uma Boa Páscoa para todos.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

VI Ciclo de Conferências sobre Ambiente e Qualidade de Vida - Torres Vedras

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Fica o convite para este evento que já vai na sua 6ª edição. A organização é da Câmara Municipal de Torres Vedras e do Instituto Superior Poltécnico do Oeste (ISPO). No dia 15 de Abril terei o prazer de moderar a sessão sobre o instante tema da Biodiversidade.

domingo, 14 de março de 2010

SUSTAINABILITY AND CULTURE: THE CASE OF BIJAGÓS ANIMIST COMMUNITIES OF GUINEA-BISSAU



A relação entre cultura e sustentabilidade há algum tempo que me vem atraindo as atenções, e motivado a realizar algum trabalho científico. Foi o que fiz com o caso da comunidade Bijagó do homónimo arquipélago da Guiné-Bissau. Um artigo que será apresentado em Setembro de 2010, na Finlândia, no Fórum sobre "Global Responsibility in Research and Education", a decorrer na Universidade da Finlândia Oriental, no campus de Kuopio. Alguns dados interessantes da muita informação recolhida sobre os povos dessas ilhas maravilhosas que Portugal insiste em ignorar e que desafio todos um dia a descobrirem. Fica aqui o abstract do artigo:

SUSTAINABILITY AND CULTURE: THE CASE OF BIJAGÓS ANIMIST COMMUNITIES OF GUINEA-BISSAU

Keywords: animism, Bijagós culture, nature conservation, sustainability, sustainable agriculture, sustainable forestry.

ABSTRACT

Why were Bijagós – the indigenous peoples of some inhabited islands of Bijagós Archipelago, in the coast of Guinea-Bissau, a region classified by UNESCO as biosphere reserve due to its ecological importance and nearly pristine status of conservation – capable to maintain over centuries a sustainable relation with nature and fragile ecosystems? Why its population didn't grew up extraordinarily during periods of peace in such exuberant and isolated environments? Why their commons have recurrently escaped from “tragedy”? Answers to these questions can be found in cultural factors, including local animist traditions and regimes of property. Bijagó culture challenges the prevailing materialistic conceptions of sustainability, since most instruments currently used to “measure” it are based on the assumption that man and nature are essentially in conflict. For Bidyogo this is simply not a valid assumption. Their culture cannot be conceived as exterior (or anterior) to the so-called "natural" world.

Citação:

Rodrigues, V.J. (2010) - Sustainability and culture: the case of Bijagós animist communities of Guinea-Bissau. Forum on Global Responsibility in Research and Education - Practices in Partnerships and Daily Activities, September 15-17, 2010, University of Eastern Finland, Savonia, Finland.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Foto de Grupo da Visita Técnica do passado dia 13 de Fevereiro de 2009

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Com os créditos devidos ao eng. Luís Lopes, fica aqui a foto de grupo da Visita Técnica do passado dia 13 de Fevereiro de 2009. Foi, a todpos os níveis, uma excelente visita, num dia de sol que pareceu uma benção! Obrigado a todos, e em especial ao eng. João Salgueiro, Presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, que nos acompanhou ao longo de todo o dia.

Artigo em Alemão sobre o Desenvolvimento Sustentável na África Lusófona

Com a ajuda do meu amigo Armin Ehrl, da Baviera, finalizei uma tradução em alemão de um artigo sobre o desenvolvimento sustentável na África lusófona. O artigo, que pode ser descarregado aqui, irá ser publicado brevemente na Alemanha numa revista da especialidade.

Nachhaltige Entwicklung im lusophonen Afrika

von Valdemar J. Rodrigues

Afrika ist heute, nach Meinung vieler Wissenschaftler, der Kontinent mit den größten Schwierigkeiten beim anlaufen von Prozessen zu Gunsten seiner ausgewogenen und nachhaltigen Entwicklung. Das lusophone Afrika stellt wohl, trotz seiner situativen Vielfalt keine Ausnahme dar. Der vorliegende Beitrag betont die Notwendigkeit, die afrikanische Realität zu verstehen, einschließlich ihrer Geschichte und Kultur, sowie den Lebensumständen seiner Bevölkerungen und Funktionsbedingungen seiner Institutionen. Diese Faktoren sind nicht unbedingt beschränkt auf die künstlichen, politischen und administrativen Grenzen der geographischen Gebiete. Es soll ermöglicht werden, dass der Westen konstruktiv an dem großartigen Projekt der „Kosmopolis“ auch in Afrika teilhaben kann, das Kant „Friede durch Recht“ nannte oder „universelle Republik“.

Die Geschichte lehrt uns, dass in Zeiten wie der gegenwärtigen, mit ihren Zukunftsängsten, bis hin zur Verzweiflung, es zu besonders riskanten Unternehmungen kommen kann. Die Perspektivelosigkeit darf nicht wieder einmal den Okzident lähmen, insbesondere nicht das Alte Europa, auf seiner Suche nach Möglichkeiten, die Entwicklung mit der Förderung von Menschenwürde und Grundrechten zu verbinden. Es müssen wichtige Entscheidungen getroffen werden, wohlüberlegte Schritte und Strategien, die auf andere Quellen der Legitimität zurückgreifen.

Wie kürzlich Joseph Ratzinger3 nahe legte, muß sich die „Kosmopolis“ dringend als politische Autorität des subsidiären Typs im internationalen Rahmen konstituieren. Ihre Hauptanliegen müssten heute die allgemeine Entmilitarisierung, die Ernährungsgarantie der Völker, der Umweltschutz und die Regulierung der globalen Migration sein. Das Risiko besteht bekanntermaßen darin, dass die o.g. Subsidiarität auf die eine oder andere Weise vergessen wird, oder degeneriert, im Falle totalitärer Herrschaft. Die jüngsten Entwicklungen im Hinblick auf die Europäische Integration und die Pläne zur Bekämpfung der internationalen Finanzkrise sind nicht wirklich geeignet, die zahlreichen Zweifel und Befürchtungen, die noch bestehen, zu beseitigen. (Stichwörter: Afrika, nachhaltige Entwicklung, Umwelt, Angola, Kap Verde, Guine-Bissau, Mosambik, S.Tome & Principe).


Este artigo foi publicado em língua portuguesa, na RILP, sendo a citação a seguinte:

Rodrigues, V.J. (2009) - Desenvolvimento sustentável na África lusófona: uma reflexão. Rev. Int. em Lingua Port., III Série, 22: 149-158.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Pós-Graduação e Mestrado em Gestão da Energia no ISG

O ISG é uma escola do Grupo Lusófona que lançou recentemente uma Pós-Graduação e um Mestrado em Gestão da Energia, uma área de iniludível e crescente importância nos dias que correm. Dado que faço parte, com orgulho, da equipa docente destes dois cursos, não podia deixar de referir aqui a página e os programas dos mesmos, para todos aqueles que desejem introduzir-se nesta interessantíssima área de conhecimento e de actividade profissional.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Estratégias para a Gestão Sustentável dos Recursos Hídricos da Guiné-Bissau

Artigo feito com a colaboração dos Profs. Henrique Coelho e Adelino Silva Soares, e que será publicado no próximo número temático da Revista Internacional em Língua Portuguesa, exclusivamente dedicado ao tema da água. Uma iniciativa da Associação das Universidades de Língua Portuguesa. Para já fica aqui um resumo do artigo por nós produzido:


Estratégias para a Gestão Sustentável dos Recursos Hídricos da Guiné-Bissau

Strategies for Sustainable Water Resources Management in Guinea-Bissau

Valdemar J. Rodrigues, Henrique M. Coelho e Adelino S. Soares

Resumo
A Guiné-Bissau detém um potencial hídrico de grande importância ecológica e económica. A sua gestão e aproveitamento sustentável requerem a definição de estratégias de médio/longo prazo capazes de integrarem os vários aspectos e políticas determinantes do desenvolvimento. Assumem particular relevância neste contexto, para além da necessária operacionalização da gestão, o planeamento integrado e a regular monitorização dos recursos hídricos, quer quantitativa quer sobretudo na óptica da qualidade, bem como a cooperação internacional, especialmente no que concerne à gestão das grandes bacias dos rios internacionais (e.g. Rios Geba e Corubal). A capacitação das instituições é outro dos aspectos que merece destaque, devido à necessidade de aplicar os princípios contidos nas leis nacionais, incluindo os princípios emergentes do direito internancional, bem como de promover um adequado regime institucional de cooperação visando a protecção e o aproveitamento sustentável dos recursos hídricos.

Abstract
Guinea-Bissau owns a water resources potential of major ecological and economic importance. Its management and sustainable use require the definition of medium/long-term strategies capable of integrating the various aspects and policies constraining development. In this context, integrated planning and regular monitoring of water resources, from a quantitative but – mainly – from a qualitative perspective, as well as international cooperation, specially in what concerns the management of shared river catchments of Geba and Corubal rivers, assume paramount relevance. Institutional empowerment is another aspect deserving great attention, due to the necessity of an adequate enforcement and supervision of laws, including those regilations and principles emerging from international agreements and sound environmental practices, as well as of a proper institutional cooperation framework, focused on the protection and sustainable use of water resources.

Palavras-chave: Guiné-Bissau, Recursos hídricos, Estratégias de gestão, Monitorização, Modelação dos recursos hídricos, Quadro institucional

Keywords: Guinea-Bissau, Water Resources, Management strategies, Monitoring, Water resources modeling, Institutional framework

Citação:
Rodrigues, V.J.; Coelho, H.M. e Soares, A.S. (2009) - Estratégias para a gestão sustentável dos recursos hídricos da Guiné-Bissau. Rev. Intern. em Língua Portuguesa, III Série, 22: 77-87.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Visita Técnica à VALORLIS e à SIMLIS

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Uma visita técnica aos sistemas de tratamento de águas residuais e de resíduos sólidos urbanos da VALORLIS e da SIMLIS, organizada pela Direcção do Curso de Engenharia do Ambiente da ULHT e com o apoio das referidas empresas e da Câmara Municipal de Porto de Mós.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Substitruição de plataforma de arquivo online de ficheiros

De início usámos aqui a plataforma FileQube de partilha de ficheiros online. Porém, após vários problemas surgidos com o FileQube (nomeadamente as sistemáticas dificuldades no descarregamento de ficheiros), decidimos mudar-nos para a concorrente BoxNet que, além de tudo, permite a previsualização dos ficheiros e parece ser bastante mais user-friendly. Aos poucos iremos fazendo as substituições, ficando para já apenas algumas mais recentes.

sábado, 31 de outubro de 2009

Primeiras Jornadas de Engenharia do Ambiente da ULHT

Irão ter lugar no próximo dia 14 de Dezembro de 2009, a partir das 14:30, no Auditório Victor de Sá da ULHT, as 1as Jornadas de Engenharia do Ambiente da ULHT. Pretende-se com esta iniciativa lançar e manter um Fórum anual de encontro de estudantes e profissionais de Engenharia do Ambiente, estimulando o contacto com temas e realidades que vão marcando a agenda ambiental em Portugal, na UE e na comunidade dos países lusófonos, e promovendo a integração socioprofissional dos futuros engenheiros. Numa organização conjunta da Direcção do Curso de Engenharia do Ambiente e do Núcleo de Estudantes de Engenharia do Ambiente da ULHT, e com o apoio da Associação Portuguesa de Engenharia do Ambiente, o tema de lançamento das Jornadas será:


"A experiência socioprofissional dos engenheiros do ambiente das escolas portuguesas"


«O exercício da profissão de Engenheiro do Ambiente em Portugal está prestes a fazer 30 anos. As actividades dos engenheiros do ambiente estendem-se actualmente às mais diversas áreas e domínios de interesse social, desde a política à tecnologia, passando pela economia e pela gestão. São seguramente muito poucos os sectores ou domínios específicos de actividade económica que actualmente descuram o contributo positivo da Engenharia do Ambiente para o seu progresso e desenvolvimento. A começar pela educação, onde a educação ambiental é presentemente uma área com grande participação de engenheiros do ambiente; passando depois pela ciência e pela inovação tecnológica, onde se destaca o número crescente de engenheiros do ambiente doutorados e envolvidos em projectos de investigação científica; indo até ao terreno da economia, em que cada vez mais a Engenharia do Ambiente participa como área de competência essencial para o desenvolvimento de sectores como os da energia e dos transportes, da indústria, da agricultura e do turismo; área de grande transversalidade, desde sempre em diálogo com arquitectos e urbanistas, interessados no planeamento e ordenamento das funções vitais do território, e com os engenheiros civis, apostados na construção e manutenção das infra-estruturas indispensáveis ao desenvolvimento, e onde a Engenharia do Ambiente participa quer na avaliação e concepção dos projectos, quer mais recentemente como valência técnica presente em obra a tempo inteiro para o seu acompanhamento ambiental; área que interage cada vez mais com o sector da saúde, dando corpo àquela concepção abrangente de saúde humana há muito defendida pela OMS, em que a qualidade do ambiente adquire uma importância causal e determinante - e já não falando da gestão de resíduos hospitalares, área específica de actuação onde os engenheiros do ambiente se destacam pela sua competência técnica; nos sectores comercial e financeiro, onde se dá cada vez mais relevo aos critérios e às auditorias ambientais; marcando ainda presença nos domínios institucionais que tradicionalmente impendem ao Direito e às Relações Internacionais, e onde a produção legislativa e o acompanhamento e regulamentação de tratados e convenções internacionais na área do ambiente assume especial relevância. São hoje de facto raras as instituições sociais e do mundo económico onde não é notada a presença dos engenheiros do ambiente. Entre elas destacam-se não apenas as empresas, o Estado e as autarquias, mas crescentemente as organizações de cariz internacional e regional como é o caso da União Europeia, da Agência Europeia do Ambiente ou da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), bem como as organizações não governamentais, e em particular as empenhadas na defesa do ambiente. Com uma população em Portugal pouco superior a 2000 profissionais, pode dizer-se que foi impressionante a capacidade mostrada por esses técnicos, ao longo destes quase 30 anos, nomeadamente para que o ambiente passasse a constar da agenda política, tornando-se ultimamente um aspecto central a ter em conta na tomada de decisões sobre matérias relacionadas com o desenvolvimento. Evidenciada esta realidade, importa pois saber quais os sentimentos e expectativas destes profissionais, não só em relação aos objectivos por si alcançados, mas também em relação ao diálogo com outros profissionais e técnicos. E sobretudo no tocante aos desafios futuros. O seu património de experiências e conhecimento é valioso, e daí o interesse em saber o que pensam sobre, e como vêem o desenvolvimento da profissão de Engenheiro do Ambiente. Espera-se que estas primeiras Jornadas de Engenharia do Ambiente da ULHT possam ajudar a compreender os horizontes de uma profissão que, sendo ainda relativamente nova, tem já um assinalável registo de "obra feita", e mostra claros sinais de poder continuar a ser aquilo que sempre desejou ser: uma profissão de futuro.»





O Programa das Jornadas pode ser consultado aqui. Além da presença de vários Engenheiros do Ambiente formados pelas uiversidades portuguesas, irão ainda estar presentes responsáveis da Associação Nacional dos Engenheiros Técnicos.

Um evento com o apoio da:

domingo, 25 de outubro de 2009

Colóquios do Campo Grande sobre ÉTICA E MUNDO CONTEMPORÂNEO

(carrague sobre a imagem para ver o programa dos colóquios)

Participei, no passado dia 10 de Outubro, numa das sessões sobre Ética e Mundo Contemporâneo, um tema oportuníssimo nos dias que correm, integrada no programa geral dos Colóquios do Campo Grande. A sessão em que participei e em que estiveram também o Prof. Doutor João César das Neves (da UCP) e o Prof. Engº José Teixeira Trigo (da ULHT), tratou do tema da Ética Ambiental e do Desenvolvimento Sustentável. Foi um momento e um debate muito agradáveis, e deixo aqui o registo de alguns slides que então apresentei, para memória futura. Um obrigado especial ao Prof. José Fialho, da ULHT, pela sua generosidade e simpatia.

Rodrigues, V.J. (2009) - A Igreja Católica e o Desenvolvimento Sustentável. Colóquios do Campo Grande, Lisboa, 10 de Outubro de 2009.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A Igreja Católica e o Desenvolvimento Sustentável

Deixo-vos aqui o resumo do artigo que foi aceite para publicação, no 1º semestre de 2010, na revista brasileira de Ciências da Religião - História e Sociedade, intitulado "A Igreja Católica e o Desenvolvimento Sustentável".

A Igreja Católica e o Desenvolvimento Sustentável

Valdemar J. Rodrigues*

Resumo

Definitivamente, o catolicismo tem algo a dizer sobre a sustentabilidade e o modo de vida ecológico. Durante cerca de um século, a Igreja Católica amadureceu as suas próprias ideias sobre a ecologia e o desenvolvimento humano, através de um processo profundo de assimilação e (re)interpretação, face à sua doutrina, das principais preocupações e perspectivas ambientalistas de preservação de um planeta ecologicamente sustentável. Se o ambientalismo dominante no Ocidente cunhou o conceito prevalecente de desenvolvimento sustentável, um conceito algo sinuoso que significa coisas diferentes para pessoas diferentes em contextos diferentes, a Igreja Católica respondeu ao desafio com a ideia clara e consistente de desenvolvimento humano integral, que significa o desenvolvimento «de todo o homem e do homem todo». Este artigo examina as razões possíveis de uma não adesão do catolicismo às teorias dominantes sobre o desenvolvimento sustentável, advogando que o desenvolvimento humano integral é de facto o desenvolvimento sustentável devidamente revisto à luz da tradição humanista cristã. Entre outras coisas, este resultado põe em evidência a estreita relação que existe para a Igreja Católica entre espiritualidade e sustentabilidade. De facto muitas tradições religiosas, sejam ou não indígenas ou animistas, têm uma certa propensão para a protecção do ambiente e a conservação da natureza. Em particular as cristãs, dada a crença que têm na imanência do Criador em todas as coisas criadas. Além do mais, a Igreja Católica possui um valioso património de conhecimento prático sobre o modo de vida ecológico, ainda acessível em muitos mosteiros e conventos espalhados um pouco por todo o mundo. Não existe nenhuma razão óbvia para que sejam desprezados estes contributos do catolicismo para a sustentabilidade, ou para que se ignore o conceito de desenvolvimento humano integral sempre que o desenvolvimento sustentável estiver sob escrutínio.

Palavras-chave: catolicismo, ecologia, desenvolvimento, desenvolvimento sustentável, desenvolvimento humano integral
Abstract

Catholicism has definitely something to say about sustainability and ecological living. For about a century, Catholic Church has matured its own ideas about ecology and human development, through a deep process of assimilation and (re)interpretation, in view of its doctrine, of the environmentalist concerns and prospects for the preservation of an ecologically sustainable planet. If dominant Western environmentalism has coined the prevailing concept of sustainable development, a rather sinuous concept that means different things to different people in different contexts, Catholic Church has responded to the challenge with a very clear and consistent idea of integral human development, which means the development «of every man and of the whole man». This paper examines the possible reasons of such non-adherence of Catholicism to the prevailing theories about sustainable development, and advocates that “integral human development” is in fact sustainable development adequately reviewed at the light of Christian humanist tradition. Amongst other things, such result emphasizes the close relation that exists for Catholic Church between spirituality and sustainability. In fact many religious traditions, whether or not indigenous or animist, have a certain propensity towards environmental protection and nature conservation. Christians in particular, given their belief in immanence of the Creator in all created things. Besides, Catholic Church possesses a valuable patrimony of practical knowledge about ecological living, still accessible in many monasteries and convents worldwide. There is no obvious reason to neglect these contributions of Catholicism to sustainability, as well as to ignore the concept of integral human development whenever sustainable development is under scrutiny.

Keywords: Catholicism, ecology, development, sustainable development, integral human development

*Professor Auxiliar da Faculdade de Engenharia e Ciências Naturais da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa. Campo Grande, 376, 1749 - 024 Lisboa – Portugal; Tel. ++351-21-751 55 00; e-mail: vjrodrigues65@sapo.pt

A citação deste artigo, que pode ser integralmente descarregado aqui, é a seguinte:

Rodrigues, V.J. (2010) - A Igreja Católica e o Desenvolvimento Sustentável.Rev. Ciências da Religião - História e Sociedade, Vol. 8, No. 1: 198-233.