segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Obviamente...

... o "povo" não pode voar tanto e... tão "baixo"... os aviões comerciais têm muita "informática" e andam a derivados de petróleo, o que significa que causam aquecimento global e são alvos fáceis do "ciberterrorismo"... Seguem-se pois leis severas e normas internacionais irrecusáveis, para que ao mesmo tempo o "ambiente aéreo" e a "rede" fiquem mais "limpos" e mais "seguros"!... e também somente para já um "nadinha" quase insuportavelmente mais caros... batalhões de juristas e advogados estão a esta hora a "trabalhar" no assunto, pelo que se aguardam para breve grandes conferências "mundiais" e colóquios "especializados" sobrre o tema dos "aviões que desaparecem" e da sua "segurança"... debates que vão levar a "humanidade", "democraticamente", a um "consenso" jurídico-científico-legal sobre tão agudas matérias... Mefistóteles obviamente não pára porque, se parasse. um instante só que fosse, morreria... ele olha muito bem aos meios que o podem levar a atingir os seus fins... e a sua imaginação é eficaz e prodigiosa... De lamentar contudo a tragédia humana, o sangue inocente que o "progresso" se habituou a ter de derramar... em oferenda ao divino "bem geral"... "O maior bem para o maior número"... Obviamente, o "comboio da história" tem pressa e não pode parar em todas as "estações" e "apeadeiros", ou sempre que uma criança se lhe atravessa à frente... além disso, as "estações" e "apeadeiros" estão prenhes de cassandras e Velhos do Restelo que, além de atrasarem a "história", podem dar-lhe "azar"...


sábado, 27 de dezembro de 2014

Os falsos "adeuses" à "crise"...

Às vezes é preciso dar um passo atrás ou, talvez melhor, fazer uma brevíssima "pausa" na "grande marcha", para, logo a seguir, poder dar dois em frente... Lenine também fez assim... e depois veio  Stalin...

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Não ser, ou ser apenas aquilo que já fomos, e já não somos...

Na geração dos meus pais era habitual ouvir-se dizer, ou dizer-se de alguém em idade activa: ele "é" isto ou aquilo; e de alguém já aposentado: ele "foi" isto ou "era aquilo"... sendo o "isto" ou "aquilo" a profissão da pessoa: agricultor, serralheiro, pedreiro, padre, professor, médico, engenheiro, etc. etc.

As coisas eram assim: as pessoas acabavam por ser aquilo que faziam, sem prejuízo de também serem aquilos que todos, ou quase todos, eram, e continuamos a ser, pelo menos durante uma parte das nossas vidas: bisnetos, netos, filhos, esposos, pais, avós, bisavôs... a vida, para muitos árdua e materialmente pouco compensadora, parecia contudo ter um sentido...

Depois veio a "aceleração da história", um eufemismo totalitário. Acelerar a história foi o que procuraram fazer Hitler e Stalin, o primeiro acelerando a "selecção natural das raças" e o outro o "rumo ao socialismo". O comboio da história acelerou, e move-se agora rumo a uma "sociedade descarbonizada" e "sustentável"... - Mas cuidado: eu não sou dos que duvidam que a actividade humana altera o clima! Custa-me apenas que tenhamos todos de pagar pelo mal que alguns fizeram ... e continuam olimpicamente a fazer... Não sei quem é a "humanidade"; nunca falei com "ela"; nunca ninguém ma apresentou... Apenas conheço homens e mulheres, particulares e concretos...e muitos deles conheço-os até bem demais  para poder confiar neles, ou recomendá-los para companhia dos meus - poucos mas muito bons, cada vez melhor - amigos ...

A minha geração, tal como as posteriores à minha - uma geração corresponde à idade média à qual as mulheres têm o seu primeiro filho, e por isso agora as gerações são mais extensas, e também menos numerosas... - viveram os tempos da restauração de um nazismo global, uma restauração imaginosa e eficaz, por vezes mais lenta ou atribulada, feita sob a máscara do "social" e do "interesse geral" da "humanidade", e que conduziu às sociedades totalitárias em que hoje vivemos, e às quais as gerações futuras, e algumas presentes, poderão não conseguir sobreviver, se não acordarem depressa para a impostura global em estão mergulhadas ... Dirão que sou pessimista, mais uma das muitas Cassandras que abundam por esse mundo... Não me importo que o façam... antes prefiro estar vivo até morrer, do que morrer vivo e rodeado de gente morta... Parafraseando Pessoa, rodeado de cadáveres adiados que (até já não) procriam...

Este texto é, como facilmente se percebe, uma Mensagem de Natal...

O não ser, ou ser na tangência daquilo que fomos, fez-me pensar naquilo que já fui e que deixei de ser e portanto já não sou...

Em 1981 era Operador de Empilhador na Cerâmica do Canteirão, em Valado dos Frades, Nazaré;
Em 1982 era Praticante de Balcão de 1º Ano na loja de pronto-a-vestir Firmo, Alberto e Trindade Lda., em Alcobaça;
Em 1984 era Fiel de Armazém na COOPSPAL - Cooperativa de Consumo da Spal, em Alcobaça;
Em 1985 era Encarregado na mesma COOPSPAL;
Em 1992 era Engenheiro do Ambiente;
Em 1989 era Professor de Matemática na Escvola Secundária do Monte da Caparica;
Em 1993 era Professor de Quimicotecnia e Técnicas Laboratoriais de Química na Escola Secundária Stuart Carvalhais, em Queluz;
Em1992 era Consultor em Economia da Energia, dos Transportes e do Ambiente no CEEETA;
Em 1995 era Investigador da JNICT;
Em 1998 era Assistente na Universidade Lusófona de Humanidades e Tenologias
(ULHT);
Em 2003 era  Professor Auxiliar na ULHT;
Em 2009 era  Director dos Cursos de Licenciatura e Mestrado em Engenharia do Ambiente da ULHT;
Em 2013 voltei a ser apenas Professor na ULHT, desde 2012 com a categoria de Associado;
Em 2014, aos 49 anos de idade, voltei a ser apenas o Valdemar, sem os prefixos ou sufixos que, na verdade, nunca procurei nem nunca me interessaram... a Lusófona é uma escola prática e moderna: quando um professor adoece, ao fim de poucos meses ela substitui-o por outro - outros no meu caso - e simplesmente deixa-o sem "horas" caso ele "decida" voltar ao trabalho, i.é., o professor fica sem trabalho e sem salário... isto deve fazer parte da "excelência" do seu ensino...
Em 2015 ainda não sei bem o que vou ser... se souberem alguma coisa de mim, por favor informem...

Bom Natal e um Feliz Ano Novo de 2015 para todos, inimigos incluídos!

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Série Fábulas de Esopo I - O Velho. o Rapaz e o Burro


O Velho, o rapaz e o burro 

Um dia, há muito, muito tempo, um velho e o filho resolveram ir ao mercado vender o burro que tinham. Seguiam a pé, pois achavam que venderiam melhor o burro se ele chegasse descansado ao mercado. No caminho, cruzaram-se com alguns viajantes, que começaram a troçar deles: — Olhem aqueles tolos, têm burro e vão a pé. O mais estúpido dos três não é quem se esperaria. O velho não gostou que troçassem dele e disse ao filho que se montasse no burro. Um pouco mais adiante passaram por três mercadores. — Mas o que é que temos aqui?! — disse um deles. — Respeita os mais velhos, meu jovem. Desmonta e deixa o teu pai ir montado no burro, que já é muito velho para ir a pé. Embora ainda não estivesse cansado, o velho mandou apear o filho e montou ele no burro. Andaram um pouco mais até que encontraram um grupo de mulheres que também ia para o mercado com cestos de hortaliças para vender. — Olhem para estes — disse uma delas. — A pobre criança a pé e ele todo repimpado no burro. O velho sentiu-se um tanto ou quanto vexado, mas para se mostrar agradável pediu ao filho que montasse atrás dele no burro. O rapaz obedeceu e continuaram a viagem com os dois montados no burro. Um pouco mais adiante, um grupo de pessoas interpelou-os com indignação: — Mas que crime, será que quereis matar o burrinho? Pareceis mais capazes vós de carregar o burro do que o comtrário. O velho e rapaz não tardaram a desmontar, e passado um bocado, quase a chegarem ao mercado, gerou-se um enorme burburinho ao verem os dois carregando o burro atado num pau que transportavam de ombro a ombro. Juntou-se uma multidão para observar tão estranha cena. O burro não se importava muito de ser carregado aos ombros, mas quando a multidão se aproximou e começou a rir e a troçar, ele desatou a zurrar e a escoucear,e, precisamente quando iam a atravessar uma ponte, as cordas que o prendiam soltaram-se e o burro caiu ao rio e foi arrastado pela corrente. O pobre do velho regressou então tristemente a casa. Querendo agradar a todos, acabou por não agradar a ninguém e ainda ficou sem o burro.

sábado, 15 de novembro de 2014

Série Grandes Mestres - VI

(Lisboa, 1919 — Santa Barbara, Califórnia, 4 1978) 
Engenheiro, poeta, crítico, ensaísta, ficcionista, dramaturgo, tradutor... 

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Série Grandes Mestres - III

Deusa Díkê, Símbolo da Justiça na Grécia antiga. De olhos destapados e... com uma espada na mão direita. (a Iustitia dos romanos, que até hoje vigora, tem os olhos tapados e não tem espada... é a espada do poder que está que a protege...)