sexta-feira, 1 de abril de 2016

A voz de fundo da "cultura": Quanto menos souberes a quantas andas melhor para ti...

«Quanto menos souberes a quantas andas melhor para ti, não te chega para o bife? Antes no talho do que na farmácia; não te chega para a farmácia? Antes na farmácia do que no tribunal; não te chega para o tribunal? Antes a multa do que a morte; não te chega para o cangalheiro? Antes para a cova do que para não sei quem que há-de vir, cabrões de vindouros, ah? Sempre a merda do futuro, a merda do futuro, e eu ah? Que é que eu ando aqui a fazer? Digam lá, e eu? José Mário Branco, 37 anos, isto é que é uma porra, anda aqui um gajo cheio de boas intenções, a pregar aos peixinhos, a arriscar o pêlo, e depois? É só porrada e mal viver é?»

José Mário Branco, FMI, que talvez não soubesse exactamente o que estava a dizer quando disse o que disse...

quarta-feira, 30 de março de 2016

O ser ou não ser da questão angolana

Eis a questão: Angola é ou não é um Estado de direito? Tal como o Estado Novo o foi, e tal como ele constitucional e soberano?

Não terão todas, ou pelo menos quase todas as ditaduras acontecido em Estados de direito?

Não era a Alemanha do III Reich um Estado de direito?

Haverá porventura alguma coisa de errado no Estado de direito? Ou melhor: será possível algum Estado que não seja Estado de direito, e em caso negativo haverá então alguma coisa de errado na próprio conceito de Estado?

E se as respostas forem que é possível um Estado de não direito e que, por exemplo, Angola não é um verdadeiro Estado de direito, que direito será aquele que os juízes e magistrados diariamente nesses países se empenham em aplicar? Será um direito torto ou distorcido? E que nome dar então àqueles que o aplicam? Inconscientes? Loucos? Será que a irresponsabilidade das decisões dos juízes significa o mesmo que não estar consciente delas e das suas consequências para as pessoas reais e concretas?


Foto: aqui

segunda-feira, 21 de março de 2016

A Minha Moral

Este silêncio magnânimo em que o nada se ouve e se diz de nada, 
e porque nada. 
A minha moral ao espelho é a minha neurose.
Obrigado.

A imagem, bem ou mal, veio daqui 

Descarboniza filho, descarboniza...

Descarboniza filho, descarboniza, antes que os chatos fujam todos para o Egipto!

Fonte: aqui

Com vénia para o José Mário Branco

sábado, 19 de março de 2016

Milagres da Fé Económica III - O Valor Subjectivo


Valor Subjectivo: Milagre da fé económica através do qual o valor real das coisas passa a ser determinado pela fé dos economistas.

Milagres da Fé Económica II - A Escolha Racional


Escolha Racional: Milagre da fá económica segundo o qual a Maria-que-vai-com-as-outras age racionalmente e, como tal, é juridicamente responsável pela sua quota parte da dívida do Estado.

quinta-feira, 17 de março de 2016

As aranhas do bem: uma parábola poética sobre as leis e a justiça do Estado

As aranhas do bem tecem as teias
onde aos poucos se apegam. 
Quando enfurecem, 
já só o próprio cheiro as satisfaz.

terça-feira, 15 de março de 2016

Milagres da Fé Económica I - O IVA

Fonte da imagem: aqui


IVA: Milagre da fé pelo qual o consumidor paga um imposto sem dar por isso, e o agente económico é transformado em cobrador de impostos e depositário de dinheiro que não é seu, igualmente sem dar por isso e sem receber um chavo pelo serviço prestado.