quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Coisas que se aguardam com "espetativa"...

- Teoria do deus-robô, criador do adão-robô, da eva-robota, do céu digital e de todo o universo robótico;
- O " pecado original" do ser-robô;
- Definição do conceito jurídico de robô e robota, de identidade e nacionalidade robótica;
- Estudos metafísico-teológicos sobre moral e religiosodade robótica;
- Advento da filosofia robótica e da teoria do Estado-robô;
- Technoleviatã e demais obras proeminentes sobre a sociedade digital, a vontade geral e o bem comum robóticos; formulação de teorias da justiça robótica e do contrato robô-social;
- Consagração de deveres e direitos contitucionais aos seres robô, desde logo o direito à vida robótica;
- Personalidade jurídica e responsabilidade civil e criminal dos seres-robô:
- Inclusão do princípio de não descriminação de robôs e robotas;
- Sindicatos de robôs e demais associações de robôs e robotas;
- A rôbo-psicologia, a rôbo-psiquiatria e a sexualidade robótica;
- O desenvolvimento do ramo do "direito das máquinas", e dos respectivos códigos, a acrescentar aos diversos ramos do direito já existentes, e nomeadamente ao direito do trabalho;
- etc. etc.

Adenda clarificadora: Os robôs não pensam. Pensar não é a mesma coisa que cogitar, não é o mero inteligir da inteligência. Os robôs não falam com o outro que há neles (eles são 1 em 1, ao contrário do humanos que, ao pensar, são 2 em 1) nem se perguntam pelo significado da vida e da morte, por exemplo. A questão é pois o pensar, e se o intelecto, na sua agitação juntamente com a da vontade, puder impedir o pensar, o que acontece é que os humanos deixam de pensar ou seja, deixam de ser humanos e tornam-se iguais aos robôs. Os robôs (e "robotas", já agora!) são utilíssimos, existem há milhares de anos sob a forma de escravos ou "animais humanos", e por isso oxalá nos libertem definitivamente do trabalho. Para quê? Ora, para que possamos pensar e, dessa maneira, possamos ser humanos. Parece que a maior dificuldade da empresa são os próprios estados, com suas leis arcaicas ainda apostadas na defesa dos chamados direitos de "propriedade intelectual"... uma coisa que vem na Constituição dos EUA...

Se os robôs e as robotas fossem de facto inteligentes, há muito que tinham assumido o governo-de-si... Para mais clarificação sobre o pensar, leia-se:  https://readinggroupcork.files.wordpress.com/2012/07/hannah-arendt-the-life-of-the-mind.pdf

Do mostrar que sempre esconde da notícia: exemplo

Mostra a notícia:

«Os empréstimos concedidos às famílias caíram 1,6%. A evolução foi causada pela quebra no segmento da habitação, que representava mais de 80% do total

O que esconde a notícia, por exemplo, é que...

«em compensação, o "segmento" das dádivas das famílias à banca tem aumentado exponencialmente. E parece que vai continuar a aumentar, agora por culpa do Trump, do Brexit, etc....»

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Da verdade ou falsidade das notícias

Será verdadeira ou falsa esta notícia? A questão está mal colocada, pois não é a notícia em si que é falsa ou verdadeira, mas sim os factos que lhe correspondem ou a forma como ela diz que as coisas são ou aconteceram. As notícias em si mesmas são sempre verdadeiras, no sentido em que acontecem, ou sempre falsas, no sentido em que não reflectem na perfeição os factos e acontecimentos que expõem através de um medium: a linguagem. O que há a saber é porque razão uma notícia chega e não outra ou nenhuma, e desta maneira e não daquela. A pergunta essencial, ou primeira, remete para o significado da notícia, e não para o seu conteúdo de verdade ou falsidade. 

Um Feliz Ano Novo de 2017 para todos! Com mais tempo para pensar, que significa mais tempo com aquele com quem falamos, em silêncio, quando pensamos.