(carregue sobre a imagem para descarregar uma versão draft do estudo, sem os outputs gráficos do modelo)
Monitorizar e modelar matematicamente a qualidade do ar não é propriamente uma coisa simples, não sendo também uma coisa nova. O que teve de novo o trabalho que aqui apresento foi o facto de nunca ter sido validado em Portugal, com dados de um plano de monitorização que durou mais de um ano, um modelo matemático aplicado à indústria extractiva (usou-se o ISC3 da EPA), e no caso particular a um núcleo de pedreiras situado em plena Serra da Arrábida, a mesmíssima serra que inspirou os versos de Sebastião da Gama, só que hoje bastante mais destruída. O trabalho foi coordenado pelo meu amigo "mineiro" Eng. Mário Bastos, da Visa Consultores, e teve o Nuno Ferreira, meu ex-aluno na Universidade Lusófona, como ajudante de grande competência (o Nuno acabou por basear a sua tese de licenciatura em Engenharia do Ambiente neste trabalho, tendo tido uma excelente nota final), o qual depois deste trabalho passou a integrar os quadros técnicos da Visa.Foram muitos os anos (mais de uma década!) que trabalhei com a Visa, na qualidade de consultor, tendo percorrido o país de lés-a-lés a visitar e a estudar pedreiras e areeiros. Assim de cor, lembro-me de Borba, Vila Nova de Foz Côa, Seixal (aqui foram muitos os areeiros estudados, tendo participado naquele que foi talvez o primeiro estudo integrado de Avaliação do Impacte Ambiental realizado em Portugal para a indústria extractiva), Almoster, Torres Vedras, Alcobaça, Vialonga, Alcácer do Sal, Lagos, Loulé e muitos outros lugares. Fiz um pouco de tudo: ordenamento do território, qualidade da água e do ar, avaliação de impactes sobre o clima, medições de ruído e aplicação de modelos de ruído, etc. Aprendi muito, e jugo que também contribuí para o crescimento dessa magnífica empresa que hoje é a Visa, especializada em estudos na área da geologia aplicada e da engenharia do ambiente. Já passaram muitos anos desde aquele primeiro encontro num rés-do-chão da Parede onde conheci os meus queridos amigos Vítor Correia e Pedro Mimoso. Havemos de continuar...
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