... para que mude hábitos e costumes... para que adquira "novas" competências "digitais"... recicle mais... coma mais vegetais... e menos chouriços... sais... gorduras letais... trans... e saturadas... açucares... carnes vermelhas... beba menos "vinho"... corra mais... ande mais de bicicleta e a pé... poupe água... compre carro "elétrico" ... masturbe-se mais... leia mais... informe-se mais.. mexa-se mais... trabalhe mais e mais barato... voluntarie-se mais... durma melhor... não abuse das "redes sociais"... informe-se mais... para nao atrair abusadores circunstanciais... não se drogue nos areais... nem nos festivais estivais... não fume mais... tape bem na rua os "órgãos sensuais" (!)... seja "afetuoso" com os animais... mesmo quando lhe matam os pardais... canários... pintassilgos... mandarins... ou outros que tais... estude mais STEM... "erasme-se" mais... migre mais... tenha mais expêriencias internacionais... incluindo as sexuais... e "literacia" financeira... (mas não queira saber demais)... aprenda mais línguas estrangeiras... empreenda mais,,, fuja das urgências dos hospitais... dos apoios sociais.. das escolas "oficiais"... empreenda mais,,, não procrie demais... evite os tribunais... não vote em radicais... não goze com quem trabalha... arrisque mais... aprenda a viver na incerteza... acredite no que dizem os jornais e os telejornais... os discursos ministeriais... e os especialistas-comentadores habituais... flexibilize-se mais... não se estenda demais... especialize-se mais... forme-se mais... foque-se mais... emagreça... não desista... cuidado com o sol... não se deprima... vá ao psicólogo... fale com o banco... pague em prestações suaves... inove mais... seja mais criativo... cuidado com as fraudes digitais... poupe mais... fale com o banco... evite gastar em coisas inessenciais... cuidado com a pele... mantenha-a jovem... rejuvenesça... esqueça os pretéritos vendavais... a inflação e as ruinosas decisões governamentais... cuidado com os alertas de temporais... a vida não é só trabalho... ganhe mais... dedique mais tempo à família e aos amigos... cuidado com as amizades "tócicas"... atenção às previsões do FMI... trimestrais semestrais anuais e quinquenais... as guerras vão gerar mais emprego nos "setores" industriais... atenção às pandemias sazonais... arrisque... viva cada dia como se fosse o derradeiro... poupe mais... empreenda mais... faça cursos STEM online... cuidado com o clima... e os desastres artificiais... prepare-se para o futuro... outra vez... não desista... vá ao dermatologista... o futuro está nas suas mãos... empreenda... arrisque... arrisque... arrisque... cuidado com os olhos... há quanto tempo não vai ao oftalmologista?... trate do seguro de saúde enquanto é tempo... trate do PPR... e o coração como vai?... cuidado... em média 4 em cada 3 que morrem (!) é por causa dele... corra mais... arrisque... proteja-se... empreenda... não tenha medo... cuidado com as hepatites...
Havendo há décadas... para o sujeito passivo comum... uma pressão constante e enorme de mudança... face ao rol de ameaças e oportunidades que supostamente enfrenta.... e à inexorabilidade das grandes transições mundiais... a já velhinha demográfica... e as mais recentes para a sustentabilidade, energética e digital... todas elas promovidas pela ONU e implicando mudanças profundas nos hábitos e costumes de cada um desses sujeitos passivos... por que será que... relativamente a alguns hábitos institucionais que se mostram profundamente perversos, a ONU, à semelhança de muitas outras entidades e instituições, resiste tanto à mudança? Já para não falar do hábito perverso e enganador de falar em países "ricos" e "pobres" usando o falacioso "PIB per capita", falemos por exemplo dos métodos de cálculo da inflação - igualmente perversos por mascararem brutalmente as desigualdades existentes - usados pelos estados e nações que fazem parte da organização. Que esforços fez a ONU nos quase 80 anos da sua existência para mudar esses velhos e perversos hábitos? Havendo consabidamente métodos bastante melhores, apesar de um pouco mais complexos, porque razão não apelou ela já aos seus membros nacionais para passarem a "adotá-los? Outro exemplo que poderia dar-se desta resistência à mudança seriam os métodos de cálculo das taxas de emprego/desemprego da sua OIT, completamente cegos que continuam sendo relativamente à qualidade e à precariedade do emprego. Não é um pouco estranho? Que quem quer que mudemos para melhor aparentemente não queira mudar para melhor?
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