...ai filha... vê bem ao que isto chegou...
uns tesos rústicos...
ainda mais tesos que o teso Trump...
uma austera apagada e vil tesura...
que é como quem diz murcheza...
que falta sinto dos tempos da Callas...
do outro fascismo...
quando a gente saía com eles para jantar
naqueles lugares incríveis...
o vinho a dez salários mínimos a bouteille...
a preços correntes de 1950...
sem paridade de poder de compra...
o champagne...
as ostras o lavagante...
tudo sem olhar a menú...
sem maltratar garçons...
sem a palhaçada dos cartões...
tudo por nós e para nós...
depois o motorista gentil...
a subida ao jacto...
a ópera em Milão...
depois... depois...
tudo nas calminhas...
sem aquela miserável pressa...
das "agendas"...
um olho em nós os outros dois no Iphone...
uma coisa paupérrima...
indigna até de proletários...
aquelas noites sob as estrelas polinésias...
aqueles iates de 60 metros...
que nem dava para amarrar em Saint Tropez...
aquelas ilhas privadas imunes à cóvide & cia....
aquilo é que era riqueza bilionária...
toda por nós e para nós...
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