sexta-feira, 30 de maio de 2025

Perguntas repelentes LIV - Por que será que a propaganda esconde...

 ... na medida em que não mostra nem fala dela... a crescente miséria científica das universidades... uma Harvard por exemplo... que antes de Trump II já estava muito longe de ser um paraíso da liberdade de expressão e do livre questionamento científico... "oviamente" com a cumplicidade de cientistas (da maioria seguramente, porque se não não tinha sido como foi), reitores e administradores e... claro est... dos "moedeiros" responsáveis pelas ditas "políticas de ciência"... uma coisa já de si um horror?

... ai ciência ciência Quo ivisti scientia...  mas a verdade é que não foi a primeira vez... longe disso também... o que desta foi... dir-se-á... foi a uma escala nunca vista...  e de maneira bastante sincronizada... agora mijem-lhe... como dizia a minha avó... 

quinta-feira, 29 de maio de 2025

Perguntas repelentes LIII - Será que o espaço comercial estava aberto ao público para os agentes nele entrarem? Ou será que tinham mandato judicial para entrarem no espaço privado?

«[...] Este respondeu-lhes que estariam, pelo menos, quatro, mas assim que os agentes entraram no espaço depararam-se com a existência de vários beliches onde dormiam 29 estrangeiros, divididos entre quartos. [...] »

E se sim, se não, ou se de outra maneira qualquer, não devia a "notícia" clarificá-lo?
Se os agentes entraram com o consentimento do proprietário, por exemplo, porque razão não o diz a  "notícia"? Se foi esse o caso, não seria de questionar a "literacia ivrídica" do proprietário do espaço? Igual talvez à da maioria dos sujeitos passivos da unidade de exploração... que estupidamente se autoincriminam... ao contrario do que fazem as "classes superiores"... designadamente as dirigentes...

Leituras do tempo DCCL - When I need you...

quarta-feira, 21 de maio de 2025

Leituras do tempo DCCXLVIII - Elogio do desemprego...

 Elogio do Desemprego

«Mantenhamo-nos pois, laboriosamente, desempregados!» – concluiu o velho sábio. Absurdo?

Talvez não. Existe na sociedade “moderna” um mal muito maior do que o desemprego. Esse mal é o emprego e aquilo que muitos “empregados” diligentes têm andado, e andam, a fazer. Nas últimas décadas as economias modernas especializaram-se na acção antiética ou seja, no culto da imoralidade: hoje há emprego sobretudo para quem estiver disposto a fazer mal a si próprio e aos outros. Não eram pois inocentes muitas daquelas “ofertas de emprego” para “jovens dinâmicos, ambiciosos e agressivos”. Hoje o pudor talvez exija que não se publicite muito do emprego que por aí vai subsistindo: «Se és jovem, dinâmico e ambicioso, vem ajudar-nos a destruir o que resta da civilização europeia, a degradar a sociedade, começando por nos oferecer a cabeça dos teus familiares e amigos!» – seria talvez uma oferta de emprego consentânea com os tempos que correm. É a esse tipo de “empregos” que se candidatam avidamente, legislatura após legislatura, políticos de fraco calibre e gente nada escrupulosa. As corporações globais ditam as leis e governam na sombra, e os políticos indígenas, ananicados e disformes como aquelas personagens de Fellini, fingem ser eles que mandam, não vá o povo perceber e o poder cair na rua, o que para eles significaria desemprego. Julgam-se indispensáveis, mas aos poucos vão aprendendo como as corporações globais os descartam sem clemência, após o “trabalho” feito. Descurando que outrora cada cão podia escolher entre vários donos, o que lhe permitia alcandorarse sobre o próximo alimentando a sua canina vaidade, os anões políticos não repararam que cada vez mais os donos vão sendo os mesmos, e ignotos proliferam sob os sorrisos falsos e espectrais de CEO diligentes. Sorrisos que cada vez mais dispensam, sem oportunidade de represália, a necessidade de sujar a seda das camisas em obscenos jantares partidários, distritais, municipais e paroquiais, onde até há bem pouco tempo se cozinhavam votos e favores, muitas vezes sob a forma de “empregos”. Um terror pois haver cada vez mais povo “desempregado” sem dever ou senhorio, ainda por cima quando a Preguiça já não é o pecado que era, fruto da inevitável lei da eira e do nabal, da tecnologia, e sobretudo das armadilhas legais imobilizadoras do Estado, cuidadosamente montadas pelo neofeudalismo corporativo governante.

Alguns anões queixam-se dos banqueiros, evitando a todo o custo lembrar-se de quem esteve ao balcão, que foram eles, os zelosos bancários. Num mundo que se vira assim do avesso, quando o chão se revolve em tectónicos sobressaltos, nem o melhor garçon se equilibra – concluem. Pois afinal tão ladrão é o que fica à espreita como aquele que vai à vinha, ou será ao “contrário”? O ridículo das personagens torna-se amiúde soez, o que prova que até para a indignidade humana existe uma Estética. Insistem que são os sapatos que fazem o bailarino. Que a economia não avança por falta de produtividade. Mas avança para onde? – pergunta o velho teólogo enquanto a câmara roda noutro plano mostrando as pernas das bailarinas. «O que andam a fazer, senão mal uns aos outros e à sociedade, tantos “empregados” diligentes da nossa sociedade?» – ouve-se longitudinalmente sob o furor ascendente da claque. Noutro canal, um pensador debita: «O segredo da boa economia passou sempre ao longo da história por duas coisas elementares: produzir, individualmente ou no seio familiar, qualquer coisa de útil para a comunidade, e poder aceder livremente a um espaço público de trocas de bens e serviços diferenciados: o “mercado”, no seu verdadeiro e original sentido.». Ninguém presta atenção. O falo da turba atinge o pico do golo, e o sémen da paz tomba sobre ela efémero mas eficaz. Acolá, uma jovem obesa rejubila por cima de uma balança. «Que horror não serem obrigados a ver-nos! Não saberem quem somos quando inquiridos na sondagem... isso não devia acontecer!» – diz um anão professor de Leis. Mas acontece. «Acontece que as sociedades modernas mutilaram essa complexa simplicidade, transferindo para a corporação o locus da produção e para o Estado a regulação de toda a actividade económica. Entre a base produtiva e o consumidor final de bens e serviços montou-se uma vastíssima rede de interesses e relações intermediárias que hoje proíbem a livre troca de bens e serviços. Ou restringem-na a tal ponto que tornam absolutamente vulnerável e insegura a existência humana. Eis o nó górdio da questão!» – diz o ancião diante da folha do mar que descai. «À actividade dessa rede que essencialmente nada produz, e onde proliferam agiotas e especuladores, deu-se o nome de “gestão”, algo digno de gentios, não de aristocratas de pensamento ou de gente culta e civilizada. A “gestão moderna” criou e mantém entre aqueles que produzem e aqueles que consomem um sentimento de ansiedade permanente, uma ansiedade que coloca o homem permanentemente ao nível da besta, quando não da ratazana de esgoto esfaimada e insaciável. Ela transformou em selva o jardim do homem civilizado. Fê-lo em nome da “civilização”, herdando do colonialismo a ideia perversa de que o ser diferente, ou desconhecido, é por defeito o incivilizado ou selvagem. Civilizado porém é o homem que é senhor de si mesmo e do seu tempo; é aquele que produz criativamente. O homo laborans ou seja, o empregado, representa o homem na sua condiçãomais degradante e indigna, no seu estado puramente contingente e instrumental: representa o homem que não é reconhecido pelos outros homens como um fim em si mesmo. Há por vezes mais humanidade num sem-abrigo do que num empregado diligente que, tal como os ratos, sempre proliferam na insalubridade. Se nas crises se procura atenuar a responsabilidade social pelo desemprego, também se devia nas crises e fora delas acabar com esse reconhecimento absurdo pelo “mérito social” de “dar emprego” e “ter muitos empregados”. O trabalho humano civilizado não devia ser tripalium, sede de medos e sevícias. Devia ser antes “desemprego criativo”, para mais em sociedades avançadas tecnologicamente onde é cada vez mais evidente a dispensabilidade do trabalho humano. E de que viverá o “desempregado criativo”, poderão perguntar os anões políticos e os seus eficientes “empregadores”? Ora bem: viverá daquilo que sempre viveu o homem civilizado ou seja, da sua arte e do seu génio, da sua livre participação na economia ou seja, no antigo e original mercado de trocas de bens e serviços; viverá dos dividendos da livre expressão e da plena participação na vida política enquanto cidadão e igual, usufruindo para tal dos espaços de liberdade e justiça criados e mantidos pelas sociedades avançadas para o efeito.

Valdemar J. Rodrigues

In: Textos Vadios, pp. 24-26. Sintra: Ed. Autor,, 2012

Leituras do tempo DCCXLVII - E...suddenly... a Guiné-Bissau ascende ao topo...

 ... das nações (!) psico-sexo-desenvolvidas (!!)... mostrando como o salto quântico trumpiano é possível... passar do nada a tudo ... com a tremenda força do nervo "inteletual"... do "bem" scientificamente "bom"... pobres bijagós que certamente nada sabem destes "avanços" das sciências naturo-sociaes (!)... (eu sei que a propaganda faz isto para nos desgastar... mas vai chegando a hora de a mandar à merda... a hora de não a ver nem ouvir que a fará colapsar.... e já parece faltar muito pouco....)...

quinta-feira, 15 de maio de 2025

Perguntas repelentes LI - Ainda há mesmo quem engula...

 ... tretas destas? E destas e...

Sínteses VIII - O "inteletual"... habitual...

 ... o  "inteletual" de gema... o "vulto"... que come pouco e come mal... dado a êxtases do foro psico-sentimental-social... a esperanças vãs na obra espiritual... tal e qual... criatura occipital... lambendo o lobo frontal... com medo do soco oficial... ávido da migalha sexual... na escola e no jornal... no hospital e no altar... do sistema judicial... coisa que lambe os testículos ao macho alfa conquistador... predador... para o bem e para o mal... quase-herói nacional...  e rasteja... rasteja... rasteja... e dilacera... dilacera... dilacera... o que é simplesmente... tal como é.,.. para que talvez possa ser outra coisa... morra o "inteletual"... habitual... oficial... tradicional... morra! Pim! Vota Joana Amaral!

quarta-feira, 7 de maio de 2025

Leituras do tempo DCCXLVI - O Luís Vidigal... que se auto-intitula "especialista em governação eletrónica"...

... fala-nos hoje dos perigos «da concentração sem escrutínio»... do tecno-info-poder digital... capaz de controlar os "corpos e mentes " das massas sujeitas passivas (!)...  e diz ele de que (!) o maior perigo não é a existência das tecnologias que permitem fazer tal controlo mas sim... «o vazio político.»... que para ele se resume a «um quadro legal, ético e democrático capaz de lhes impor limites.» Ora... eu diria de que (!) esse vazio significa algo mais básico: é que não há políticos... ou... se os há... não se vêem... é como se estivessem abrigados dos tecno-info-banco-perigos junto ao quadro "elétrico"... capaz de os fazer desaparecer... com um simples clique-"apagão"...

... não haver políticos significa... (parafraseando o bardo de Águeda)...  não haver «alguém que resista»... «alguém que diga Não!»... à recolha massiva de dados pessoais e biométricos...  e ao info-negócio associado... que vem de há décadas mas só há "poucochinho"... se panunicornizou (!)... muito graças decerto sem dúvida (!) às uébes samites e às comunicações nelas feitas ao mundo pelos mais destacados "eletro"-governantes..     Ora... se se deixa que isso aconteça à luz do dia e «sem escrutínio»... como diz o Luís... só pode ser porque ou não há políticos ou os políticos que há andam escondidos... a tratar de "eleger" aqueles que... depois de analisados pessoal, cerebral e biometricamente... se fazem passar por políticos... e que as tecno-info-banco-máquinas da propaganda... que os cobardes escondidos controlam...  tratarão de apresentar às massas (sujeitas passivas) como políticos e candidatos a políticos ... ou seja... gente sob apertada tecno-banco-info-vigilância... que vai fazer o que é necessário fazer... ou seja... pouco, nada ou geralmente muito pior que isso...

... e o Luís... que não é nenhum aprendiz... e anda certamente à procura da fórmula (mágica?) para a boa governação "eletrónica" das massas... (sujeitas passivas)... só se espalha completamente ao comprido (!) quando vem com a lenga-lenga pseudo-inclusiva do "nózes" isto... "nózes" aquilo... diz ele assim e eu comento...

 «Já falhámos com os dados pessoais e já chegámos tarde às redes sociais.» - Falhou quem? Chegou tarde quem? Ele? Os amigos dele? Quem não o contratou para assessor de governação "eletrónica"?

Leituras do tempo DCCXLV - O Matuto e a mudança...

«[...] Por estes dias, os políticos andam por aí aos magotes apelando à mudança. Não há político que não grite (e como gritam) pela “mudança”. Esta insistência na “mudança” é uma maçada – pondera o Matuto. É um vírus, um vício sem cura. Coisa irritante. Duma grande falta de chá. O Matuto prefere o agasalho das rotinas e das ideias conservadoras, mesmo que ligeiramente puídas. [...]»