Irão ter lugar no próximo dia
14 de Dezembro de 2009, a partir das 14:30, no Auditório Victor de Sá da ULHT, as
1as Jornadas de Engenharia do Ambiente da ULHT. Pretende-se com esta iniciativa lançar e manter um Fórum anual de encontro de estudantes e profissionais de Engenharia do Ambiente, estimulando o contacto com temas e realidades que vão marcando a agenda ambiental em Portugal, na UE e na comunidade dos países lusófonos, e promovendo a integração socioprofissional dos futuros engenheiros. Numa organização conjunta da
Direcção do Curso de Engenharia do Ambiente e do
Núcleo de Estudantes de Engenharia do Ambiente da ULHT, e com o apoio da
Associação Portuguesa de Engenharia do Ambiente, o tema de lançamento das Jornadas será:
"A experiência socioprofissional dos engenheiros do ambiente das escolas portuguesas"
«O exercício da profissão de Engenheiro do Ambiente em Portugal está prestes a fazer 30 anos. As actividades dos engenheiros do ambiente estendem-se actualmente às mais diversas áreas e domínios de interesse social, desde a política à tecnologia, passando pela economia e pela gestão. São seguramente muito poucos os sectores ou domínios específicos de actividade económica que actualmente descuram o contributo positivo da Engenharia do Ambiente para o seu progresso e desenvolvimento. A começar pela educação, onde a educação ambiental é presentemente uma área com grande participação de engenheiros do ambiente; passando depois pela ciência e pela inovação tecnológica, onde se destaca o número crescente de engenheiros do ambiente doutorados e envolvidos em projectos de investigação científica; indo até ao terreno da economia, em que cada vez mais a Engenharia do Ambiente participa como área de competência essencial para o desenvolvimento de sectores como os da energia e dos transportes, da indústria, da agricultura e do turismo; área de grande transversalidade, desde sempre em diálogo com arquitectos e urbanistas, interessados no planeamento e ordenamento das funções vitais do território, e com os engenheiros civis, apostados na construção e manutenção das infra-estruturas indispensáveis ao desenvolvimento, e onde a Engenharia do Ambiente participa quer na avaliação e concepção dos projectos, quer mais recentemente como valência técnica presente em obra a tempo inteiro para o seu acompanhamento ambiental; área que interage cada vez mais com o sector da saúde, dando corpo àquela concepção abrangente de saúde humana há muito defendida pela OMS, em que a qualidade do ambiente adquire uma importância causal e determinante - e já não falando da gestão de resíduos hospitalares, área específica de actuação onde os engenheiros do ambiente se destacam pela sua competência técnica; nos sectores comercial e financeiro, onde se dá cada vez mais relevo aos critérios e às auditorias ambientais; marcando ainda presença nos domínios institucionais que tradicionalmente impendem ao Direito e às Relações Internacionais, e onde a produção legislativa e o acompanhamento e regulamentação de tratados e convenções internacionais na área do ambiente assume especial relevância. São hoje de facto raras as instituições sociais e do mundo económico onde não é notada a presença dos engenheiros do ambiente. Entre elas destacam-se não apenas as empresas, o Estado e as autarquias, mas crescentemente as organizações de cariz internacional e regional como é o caso da União Europeia, da Agência Europeia do Ambiente ou da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), bem como as organizações não governamentais, e em particular as empenhadas na defesa do ambiente. Com uma população em Portugal pouco superior a 2000 profissionais, pode dizer-se que foi impressionante a capacidade mostrada por esses técnicos, ao longo destes quase 30 anos, nomeadamente para que o ambiente passasse a constar da agenda política, tornando-se ultimamente um aspecto central a ter em conta na tomada de decisões sobre matérias relacionadas com o desenvolvimento. Evidenciada esta realidade, importa pois saber quais os sentimentos e expectativas destes profissionais, não só em relação aos objectivos por si alcançados, mas também em relação ao diálogo com outros profissionais e técnicos. E sobretudo no tocante aos desafios futuros. O seu património de experiências e conhecimento é valioso, e daí o interesse em saber o que pensam sobre, e como vêem o desenvolvimento da profissão de Engenheiro do Ambiente. Espera-se que estas primeiras Jornadas de Engenharia do Ambiente da ULHT possam ajudar a compreender os horizontes de uma profissão que, sendo ainda relativamente nova, tem já um assinalável registo de "obra feita", e mostra claros sinais de poder continuar a ser aquilo que sempre desejou ser: uma profissão de futuro.»
Um evento com o apoio da: