Mão invisível: dogma da fé económica segundo o qual a geração de riqueza só é possível dando trabalho e pagando a empregados, o que assegura a justa distribuição da referida riqueza.
"O irritante" - visite e subscreva o canal de vídeopoemas técnicos deste "sujeito passivo" no YouTube em: https://www.youtube.com/@ValdemarRodrigues-zd2uf
domingo, 3 de abril de 2016
sexta-feira, 1 de abril de 2016
A voz de fundo da "cultura": Quanto menos souberes a quantas andas melhor para ti...
«Quanto menos souberes a quantas andas melhor para ti, não te chega para o bife? Antes no talho do que na farmácia; não te chega para a farmácia? Antes na farmácia do que no tribunal; não te chega para o tribunal? Antes a multa do que a morte; não te chega para o cangalheiro? Antes para a cova do que para não sei quem que há-de vir, cabrões de vindouros, ah? Sempre a merda do futuro, a merda do futuro, e eu ah? Que é que eu ando aqui a fazer? Digam lá, e eu? José Mário Branco, 37 anos, isto é que é uma porra, anda aqui um gajo cheio de boas intenções, a pregar aos peixinhos, a arriscar o pêlo, e depois? É só porrada e mal viver é?»
José Mário Branco, FMI, que talvez não soubesse exactamente o que estava a dizer quando disse o que disse...
quarta-feira, 30 de março de 2016
O ser ou não ser da questão angolana
Eis a questão: Angola é ou não é um Estado de direito? Tal como o Estado Novo o foi, e tal como ele constitucional e soberano?
Não terão todas, ou pelo menos quase todas as ditaduras acontecido em Estados de direito?
Não era a Alemanha do III Reich um Estado de direito?
Haverá porventura alguma coisa de errado no Estado de direito? Ou melhor: será possível algum Estado que não seja Estado de direito, e em caso negativo haverá então alguma coisa de errado na próprio conceito de Estado?
E se as respostas forem que é possível um Estado de não direito e que, por exemplo, Angola não é um verdadeiro Estado de direito, que direito será aquele que os juízes e magistrados diariamente nesses países se empenham em aplicar? Será um direito torto ou distorcido? E que nome dar então àqueles que o aplicam? Inconscientes? Loucos? Será que a irresponsabilidade das decisões dos juízes significa o mesmo que não estar consciente delas e das suas consequências para as pessoas reais e concretas?
Foto: aqui
sábado, 26 de março de 2016
quarta-feira, 23 de março de 2016
segunda-feira, 21 de março de 2016
A Minha Moral
Este silêncio magnânimo em que o nada se ouve e se diz de nada,
e porque nada.
A minha moral ao espelho é a minha neurose.
Obrigado.
A imagem, bem ou mal, veio daqui
Descarboniza filho, descarboniza...
Descarboniza filho, descarboniza, antes que os chatos fujam todos para o Egipto!
Fonte: aqui
Com vénia para o José Mário Branco
domingo, 20 de março de 2016
sábado, 19 de março de 2016
Milagres da Fé Económica III - O Valor Subjectivo
Valor Subjectivo: Milagre da fé económica através do qual o valor real das coisas passa a ser determinado pela fé dos economistas.
Milagres da Fé Económica II - A Escolha Racional
Escolha Racional: Milagre da fá económica segundo o qual a Maria-que-vai-com-as-outras age racionalmente e, como tal, é juridicamente responsável pela sua quota parte da dívida do Estado.
quinta-feira, 17 de março de 2016
As aranhas do bem: uma parábola poética sobre as leis e a justiça do Estado
As aranhas do bem tecem as teias
onde aos poucos se apegam.
Quando enfurecem,
já só o próprio cheiro as satisfaz.
terça-feira, 15 de março de 2016
Milagres da Fé Económica I - O IVA
Fonte da imagem: aqui
IVA: Milagre da fé pelo qual o consumidor paga um imposto sem dar por isso, e o agente económico é transformado em cobrador de impostos e depositário de dinheiro que não é seu, igualmente sem dar por isso e sem receber um chavo pelo serviço prestado.
sexta-feira, 11 de março de 2016
Intemporal
Dispo o casaco, tiro a máscara dos dias cansados, a gravata, o cinto
preto e vou-me embora.
O mar chão colorido de peixes, o templo, a porta de casa. O riso de
quem me espera mesmo antes de eu chegar. Esse espaço íntimo e
absoluto, uma flor de lótus, um toque de açafrão.
quarta-feira, 2 de março de 2016
O deus (i)mortal
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
Morrer é só não ser visto
A morte é a curva da estrada ´
A morte é a curva da estrada,
Morrer é só não ser visto.
Se escuto, eu te oiço a passada
Existir como eu existo.
A terra é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é verdade e caminho.
Fernando Pessoa
Fonte: Arquivo Pessoa
A morte é a curva da estrada,
Morrer é só não ser visto.
Se escuto, eu te oiço a passada
Existir como eu existo.
A terra é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é verdade e caminho.
Fernando Pessoa
Fonte: Arquivo Pessoa
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
Clarice Lispector
«Se eu tivesse que me esforçar para te escrever ia ficar tão triste. Às vezes não aguento a força da inspiração. Então pinto abafado. É tão bom que as coisas não dependam de mim.»
Clarice Lispector, Água Viva. 1973
Clarice Lispector (1920-1977). Foto: picada aqui
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
Lição de economia
Para haver crescimento e emprego é preciso que haja economia. Mas para haver economia tem de haver produção e consumo ou seja, consumo de rcursos naturais e produção de entropia no sistema eccológico-económico. A questão não é se vamos ou não explorar e poluir a natureza: é quanto e como vamos fazê-lo para conseguir manter um dado nível de crescimento e emprego.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016
O novo mito de Sísifo
Tem o homem, a montanha e a pedra que deixou de ser como a pedra: tornou-se como a bola de neve que aumenta ao subir e ao descer a montanha. O homem que insiste em empurrá-la para o cimo é o novo homem: o homem da singularidade ou do absurdo exponencial.
Fonte:picado aqui.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
ZIKA... Uma Charada de Inverno no Hemisfério Boreal
Exercício
de engenharia:
Com as treze palavras ou expressões abaixo indicadas
tente construir
uma frase com sentido:
Zika
Campo de concentração
Microcefalia
Eutanásia
Lei
Urgência
Socialismo
Mega-hospitais e grandes
centros hospitalares
Arquitectura
Descarbonização
Nazismo global
Rede transeuropeia
Logística.
sábado, 23 de janeiro de 2016
sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
Definições...
Democracia liberal: sistema de governo onde cada um é livre de escolher o socialismo que quiser.
domingo, 13 de setembro de 2015
Uma leitura pré-eleitoral, condenada a estar sempre actual! No fundo, somos como aquele hamster que corre, corre, corre... e nunca sai do mesmo sítio...
O Carrossel Popular
No carrossel, as crianças alegres e pegajosas de algodão doce
entretêm-se rodando em volta do eixo. Entusiasmadas, experimentam o
potro malhado, a girafa africana, o avião e a furgoneta e, depois
das voltas que o dinheiro consente, vão-se embora azamboadas e algo
tristes pelo fim da festa. A democracia ‒ o modelo de governo que
mais responsabilidade exige aos cidadãos ‒ tende com o tempo a
transformar-se num grande carrossel popular onde os bonecos de
assento fazem as vezes dos políticos, os folgazões são as bases
populares, a música os media de massas, e o
maquinismo é controlado por alguma personagem mefistotélica que se
esconde atrás das cabines, não vá a ilusão desfazer-se! Apesar de
muitos cidadãos preferirem a roda gigante ou o canguru do amor, e de
alguns se esquivarem furtivos ao monótono entretenimento, o
carrossel gira e gira e gira e gira, provando que existe sempre uma
maioria popular que se diverte. Ao fim de mil rodopios, o pior
acontece quando falha a electricidade ou ‒ azar dos azares ‒
quando o preço dos bilhetes aumenta para além das posses populares,
algo que gera nas pobres gentes insofreáveis dores e desconsolos,
pois os malandros dos políticos viajam sempre sem pagar, agarrados
ao carrossel de traseiro tremido mesmo quando já só restam dois ou
três pagantes montados neles. Assim é nas crises em democracia, as
quais podem servir de bálsamo ao povo se, claro está, ele conseguir
chegar ao fundo do problema, que é o seguinte: para
quê andar estupidamente em círculos num cavalo de madeira quando se
pode ter um cavalo a sério capaz de nos levar aonde queremos?
A reflexão especulativa – essa fonte de claridade que ilumina e
esclarece o espírito – podia desta forma trazer grandes benefícios
ao povo, e fá-lo-ia talvez questionar-se: e afinal,
para onde é que realmente queremos ir?
Depois de algum tempo de meditação e justa ponderação, poderá
até o povo ser levado a indagar sobre delicadas questões práticas,
do tipo: porque razão tem ele, para poder exercer na sociedade uma
profissão, de sujeitar-se a rigorosas provas e contínuas
avaliações, e de possuir formações especializadas, aptidões
“culturais” mínimas onde se inclui o domínio da língua do
Estado em que estão, a fluência em língua inglesa – a língua
“universal” da ciência e da técnica modernas – e a
indispensável proficiência no uso das TIC, isto quando para o
exercício da profissão de político, métier de enorme responsabilidade pois envolve a tomada de decisões que
afectam o bem-estar presente e futuro de todos, nada disso é
exigido? Porque razão não se exigem a um presidente de junta, a um
membro da assembleia de freguesia, a um candidato à câmara
municipal ou a ao parlamento, no mínimo semelhantes avaliações e
qualificações? E a prestação de provas públicas para avaliar da
sua “cultura geral” e capacidade técnica para administrar a
fazenda pública? Alguns, ainda incrédulos e meio aturdidos pelo baque da
claridade, poderão alegar que a função
política não
corresponde a uma actividade profissional no seu sentido comum ou
habitual. Fraco argumento entenda-se, pois o amadorismo político
podia bem ser a causa da "crise",
mas jamais seu remédio. A questão é: o que teria afinal a
sociedade a perder com um escrutínio destes? Acaso serão as pessoas mais
inteligentes e cultas da sociedade também as mais propensas à
corrupção ou ao desmazelo? Mas eis que de novo as luzes acendem, a
economia volta a “crescer” e anunciam-se novas promoções (uma
corrida grátis a cada duas pagas!) e o carrossel volta a girar. Lá
para o Outono, pelo cair da folha, haverá “mudança” de
assentos. Ao potro malhado sucederá um esbelto potro de crinas
doiradas, e a furgoneta será substituída por um potente mini-avião.
Depois, seguir-se-ão os habituais enguiços no maquinismo. A culpa vai ser dos assentos, do Mefistóteles ou então daquelas aves agoirentas, tipo Cassandras, que não se juntam ao povo no alegre rodopiar. Necessário
e importante é que o carrossel continue a girar, a girar, a girar... mostrando como é forte
a democracia!
Valdemar J. Rodrigues
domingo, 6 de setembro de 2015
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
sexta-feira, 24 de julho de 2015
quarta-feira, 15 de julho de 2015
quinta-feira, 9 de julho de 2015
Teilhard de Chardin (1881 — 1955): Quem tiver ouvidos que oiça
«O século passado conheceu as primeiras greves sistemáticas nas fábricas. O próximo século não terminará sem uma ameaça de greve na Noosfera.»
Teilhard de Chardin, Le Phénomène humain,1955
PS: Isto devia interessar às chamadas empresas "criativas", à indústria da "cultura" e à chamada aposta "política" na "inovação"...
domingo, 28 de junho de 2015
sexta-feira, 26 de junho de 2015
James Ensor, 1860-1949
Jus romanum, o Pato de Goethe, o Estado Global, arquitectado mas sem governo à vista, e uma Nação de tecnocratas sem poiso... assim não vamos lá, nem com a "ajuda" do Papa Francisco...
Prefiro a Erica....
Prefiro a Erica....
quarta-feira, 17 de junho de 2015
quinta-feira, 7 de maio de 2015
sexta-feira, 1 de maio de 2015
Contra o ortografês e a "normalização cerebral"
Tenho estado publicamente contra essa merda de "acordo" ainda escrevia no DN Jovem, estávamos no início da década de 1990. A técnica, que o f.d.p. do Estaline tanto gostava, não se combate com mais técnica: combate-se com Arte e com vernáculo, e com um murro nos cornos se necessário for, a la Nietzsche, homem que como qualquer não ignorante saberá nunca foi nem anti-semita nem fascista. Não existem "organismos oficiais". Existem - na natureza - apenas organismos. Uns pensam; outros, nem por isso.
domingo, 5 de abril de 2015
Engenharia do Ambiente da Lusófona: Factos que falam por si...
Um Mestrado totalmente restruturado e reorganizado que obteve acreditação por 6 anos! por parte da A3ES, e uma Licenciatura, reconhecida em Portugal pela Ordem dos Engenheiros Técnicos e, internacionalmente. pela FEANI. Eis o trabalho em que eu e o prof. Jorge Costa - que se afastou da univesidade há cerca de um ano, optando por processar judicialmente a univesidade pelos danos que esta lhe causou - nos empenhámos arduamente, muitas vezes à custa da nossa vida pessoal e do tempo que não era o da Lusófona. Nunca antes o curso alcançara tanto reconhecimtno. Deus sabe - mas não apenas Ele - as condições actuais de funcionamento de tais cursos... Todos sabemos o trabalho que dá construir alguma coisa de bom, e a facilidade com que se destrói o tabalho feito. Apelo aos antigos e actuais alunos que se movam em defesa de algo que nós, entre outros colegas e funcionários generosos e competentes que felizmente ainda vai havendo na universidade, fizemos sobretudo por eles, a pensar neles e também com a sua preciosa ajuda. Não caberia aqui a lista de nomes de actuais e ex-alunos de Engenharia do Ambiente da ULHT que tornaram possíveis tantas e tão construtivas acções e eventos.
sexta-feira, 3 de abril de 2015
Era uma vez uma universidade...
É com muita pena minha que me vejo obrigado a fazer este post, e espero que os actuais e ex-alunos da Lusófona que me conhecem possam vir a perdoar-me, pois na verdade o que escrevo é para seu bem, e visa mostrar que o declínio da ULHT é recente, e foi muito pronunciado após o "caso Relvas" em 2012. Aos colegas professores na ULHT, com os quais sempre estive solidário, deixo, para que reflictam um pouco, as seguintes palavras de Hannah Arendt:
«Onde todos são culpados, ninguém o é; as confissões de culpa coletiva são a melhor salvaguarda contra a descoberta dos culpados, e o tamanho do crime a melhor desculpa para
não se fazer nada.» - Arendt, H. (2006
[1969/70])
– Sobre la violencia. Madrid: Alianza Editorial, p. 87
Aí vai então o excerto da minha página da Wikipedia, actualizada hoje:
Valdemar José Correia Barbosa Rodrigues...
Foi - e "teoricamente" ainda é - professor na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa desde 1998/199918 , actualmente com a categoria de Professor Associado Foi Director nesta Universidade, entre 2009 e 2013, dos cursos de Licenciatura e Mestrado em Engenharia do Ambiente ministrados pela Faculdade de Engenharia da ULHT, integrando ainda o corpo docente do Instituto Superior de Gestão onde colaborou até 2012 no Mestrado em Gestão da Energia. Acedeu em 2013 ao convite para integrar o Centre for Interdisciplinary Development and Research on Environment, Applied Management and Space (DREAMS), unidade de I&D da ULHT
da qual em Março de 2015 ainda era responsável o Prof. João Corte-Real,
catedrático da Univ. de Évora, mas onde nunca chegou a desenvolver
qualquer actividade de investigação. Pediu a demissão dos cargos de
direcção de cursos na Univ. Lusófona em Setembro de 2013, após ter
manifestado por diversas vezes, nos órgãos próprios da universidade, a
sua discordância com a "gestão do dossier Relvas", e com o facto de os
custos materiais e morais dessa "gestão" estarem a ser sobretudo
suportados pelos professores e alunos, reflectindo-se na degradação geral
das condições para um ensino de nível univesitário. Acresceu o facto
de, ao fim de 15 anos de serviço ininterrupto na Univ. Lusófona, e após
ter assumido cargos de direcção de cursos, continuar na condição de
"prestador de serviços", pago à hora, em função do número de alunos
inscritos a cada disciplina, alunos que, para a ardilosa administração da
ULHT, só contam como "inteiros" se estiverem inscritos à
totalidade de UCs do semestre, correspondente a 30 ECTS. Após a sua demissão
ter sido finalmente aceite, em Novembro de 2013, continuou, até Maio de
2014, a assegurar a docência das unidades curriculares das quais era
habitualmente responsável. Em Março de 2014, com uma carga horária
completa, correspondente a 12 horas semanais de aulas, em período
laboral e pós-laboral - até às 23 horas - o seu salário líquido como
Professor Associado, com responsabilidades não apenas docentes mas
também de investigação científica, não chegava a mil eurros. Os subsídios de
férias e Natal que haviam sido pagos regularmente até 2012, desde então e até Abril de 2015 nunca mais foram pagos.
Sindicalizado desde 2005, inscrito no SNESUP, viu até Março de 2014 as
suas quotas sindicais serem-lhe mensamente descontadas pela COFAC, CRL - a
cooperativa titular da Univ. Lusófona. Subitamente, a partir de então
não mais lhe foram feitos os descontos. Denunciou em Julho de 2014 a
situação insustentável vivida na ULHT à autoridade competente - a IGEC
Inspecção Geral da Educação e Ciência - baseando-se no seu caso
particular e no dos cursos que dirigiu e onde leccionou, dando conta das
constantes ingerências da administração da COFAC, nomeadamente
através do então administrador-adjunto Manuel José Damásio - o mesmo que agora diz n'O Público não falar em nome da Lusófona - em assuntos
do foro científico e pedagógico dos cursos, o que punha em causa o
princípio da autonomia científica e pedagógica das faculdades e dos seus
órgãos competentes nessa matéria: os Conselhos Científicos e Pedagógicos. Denunciou
ainda a situação degradante de muitos professores com doutoramento que,
com responsabilidades pela regência de unidades curriculares e pela
obrigatória investigação, recebiam mensalmente quantias irrisórias, em
muitos casos de poucas centenas de euros, e viam o seu trabalho limitado
pela falta de condições e equipamentos laboratoriais, situação agravada
pela circunstância de estarem dem causa não só licenciaturas mas também
mestrados. Estranhamente, em Abril de 2015 sinda não lhe tinha sido
comunicada qualquer decisão por parte da ACT, para onde a IGEC decidiu
remeter a sua queixa, considerando-a um "assunto laboral". Relativamente ao
Sindicato SNESUP, teve a ingrata experiência de uma reunião com um dos
seus advogados, "encarregue da Lusófona", durante a qual alguém, que se intitula de jurista, teve o desplante de encolher os ombros perante tão
óbvias injustiças e irregularidades, rendendo-se à ideia de que o
"legal" neste país equivale ao "justo". Mais tarde não se queixem os advogados se
forem substituídos por "máquinas judiciárias" de uma "justiça
científica"... obviamente que para os pobres que são a maioria...
Desde Maio de 2014 encontra-se em situação de baixa médica, devido ao
agravamento do seu estado de saúde, nomeadamente à sua retinopatia
diabética causada pela diabetes tipo I diagnosticada quando tinha 14
anos de idade. Pediu reiteradamente ao serviço de recursos humanos da ULHT as declarações normalmente exigidas pela Segurança Social à entidade empregadora para que o doente possa usufruir do direito aos complemento dos subsídios de férias e Natal de 2014, mas, até Abril de 2015, não obteve nenhuma resposta.
Sintra, 3 de Abril de 2015
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
Felizmente há luar!
Sttau Monteiro deu mote, mas não é de uma revolução liberal falhada que vou falar. Do que falo é do mundo de abstracções em que vivemos, e da necessidade de separarmos ficção e realidade, sem termos de cair em materialismos ou outros "ismos". Quando se ouve "Portugal isto", "Bruxelas aquilo" ou a "Grécia aqueloutro" já quase não reparamos que tais "seres" inexistem enquanto tal, e ganham vida apenas nesse mundo ficcionado de abstracções. Abstracções geralmente sem beleza nem grandeza. "Portugal" pode até exportar automóveis para a "Alemanha", mas eu não conheço nenhum "Portugal" e não conheço nenhuma "Alemanha". Tais seres nunca me foram apresentados, nunca falei com eles nem eles alguma vez se dignaram almoçar comigo. Os automóveis que "Portugal" exporta até podem ter sido feitos numa "fábrica alemã" que está em "Portugal", isso pouco me importa. Sei é que não existem seres tais como "fábrricas alemãs" – que ideia ridícula a de haver fábricas que falam como os animais de La Fontaine; que falam e ainda por cima numa língua tão difícil de entender como é a alemã ... – "Berlim" ou "Lisboa". Nunca amei nenhuma "Lisboa", contudo amei os belos versos livres de Irene:
Irene Lisboa - picado aqui
Escrever
Se eu pudesse havia de... de...
transformar as palavras em clava!
havia de escrever rijamente.
Cada palavra seca, irressonante!
Sem música, como um gesto,
uma pancada brusca e sóbria.
Para quê,
mas para quê todo o artifício
da composição sintáctica e métrica,
este arredondado linguístico?
Gostava de atirar palavras.
Rápidas, secas e bárbaras: pedradas!
Sentidos próprios em tudo.
Amo? Amo ou não amo!
Vejo, admiro, desejo?
Ou não... ou sim.
E, como isto, continuando...
E gostava,
para as infinitamente delicadas coisas do espírito
(quais? mas quais?)
em oposição com a braveza
do jogo da pedrada,
da pontaria às coisas certas e negadas,
gostava...
de escrever com um fio de água!
um fio que nada traçasse...
fino e sem cor... medroso...
Ó infinitamente delicadas coisas do espírito...
Amor que se não tem,
desejo dispersivo,
sofrimento indefinido,
ideia incontornada,
apreços, gostos fugitivos...
Ai, o fio da água,
o próprio fio da água poderia
sobre vós passar, transparentemente...
ou seguir-vos, humilde e tranquilo?
O "ser" "Portugal" inexiste, mas felizmente há o "ser" Lua e o seu insubstituível luar. A Lua existe na sua beleza grandiosa e economicamente inútil, até que alguém se aproprie dela e passe a "representá-la" e a "falar" em seu nome... O que há na verdade são sempre esses alguéns...
sábado, 7 de fevereiro de 2015
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
Um perfeito disparate!
António Costa deixa antever as "grandes medidas" do seu próximo (des)governo socialista democrático, que em Outubro próximo irá - inevitavelmente, pensa ele, as Grandes Lojas do Bem que o "elegeram" e os meios de intoxicação social que o apoiam - suceder ao actual governo de coligação da social-democracia com a democracia social - o CDS era isso: o Centro Democrático Social...
Costa é um "ambientalista" feroz e convicto apostado, por todos os meios, em "purificar" o "ar" da "sua" cidade e em lutar contra o aquecimento global causado pelas classes sociais mais poluentes e desqualificadas. que insistem em andar por Lisboa em carros do Século passado... que ainda não adquiriram o estatuto de "históricos", pois esses, tal como os Ferrari de 2014, devem poluir bastante menos concerteza... Uma intolerável falta de sentido de "progresso" e de "modernidade" portanto... A história infelizmente está cheia de "purificadores" do ar e de outras coisas... Costa não vai ser o primeiro, nem concerrteza o último a querer "purificar" a "nossa sociedade"... mas convém ter cuidado e, obviamente, evitar também por todos os meios votar nele em Outubro próximo...
A lei municipal é perversa, tipicamente ao estilo pombalino-napoleónico de outro Costa para muitos de má lembrança, irracional, discriminatória, cheia de "excepções" mal amanhadas, e não vai resolver nenhum problema de "qualidade do ar" em Lisboa. A "assembleia municipal" que a aprovou, os juristas que trataram da indispensável "parecerística", o governo "social-democrata" que assobiou para o ar como se nada fosse, e o presidente da república, que, como habitualmente, "não acha oportuno comentar", deviam todos sentir vergonha de ter nela consentido, mas a vergonha tornou-se um bem muito mais escasso do que o ar limpo das cidades. Para "descentralizar", o dr. Costa não hesitará decerto em aplicar a "medida" a outras cidades e vilas portuguesas, e estendê-la a aviões e caciheiros, para que assim todo o Portugal fique definitivamente mais "limpo" e mais "puro"...
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
sábado, 3 de janeiro de 2015
sexta-feira, 2 de janeiro de 2015
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
Obviamente...
... o "povo" não pode voar tanto e... tão "baixo"... os aviões comerciais têm muita "informática" e andam a derivados de petróleo, o que significa que causam aquecimento global e são alvos fáceis do "ciberterrorismo"... Seguem-se pois leis severas e normas internacionais irrecusáveis, para que ao mesmo tempo o "ambiente aéreo" e a "rede" fiquem mais "limpos" e mais "seguros"!... e também somente para já um "nadinha" quase insuportavelmente mais caros... batalhões de juristas e advogados estão a esta hora a "trabalhar" no assunto, pelo que se aguardam para breve grandes conferências "mundiais" e colóquios "especializados" sobrre o tema dos "aviões que desaparecem" e da sua "segurança"... debates que vão levar a "humanidade", "democraticamente", a um "consenso" jurídico-científico-legal sobre tão agudas matérias... Mefistóteles obviamente não pára porque, se parasse. um instante só que fosse, morreria... ele olha muito bem aos meios que o podem levar a atingir os seus fins... e a sua imaginação é eficaz e prodigiosa... De lamentar contudo a tragédia humana, o sangue inocente que o "progresso" se habituou a ter de derramar... em oferenda ao divino "bem geral"... "O maior bem para o maior número"... Obviamente, o "comboio da história" tem pressa e não pode parar em todas as "estações" e "apeadeiros", ou sempre que uma criança se lhe atravessa à frente... além disso, as "estações" e "apeadeiros" estão prenhes de cassandras e Velhos do Restelo que, além de atrasarem a "história", podem dar-lhe "azar"...
sábado, 27 de dezembro de 2014
Os falsos "adeuses" à "crise"...
Às vezes é preciso dar um passo atrás ou, talvez melhor, fazer uma brevíssima "pausa" na "grande marcha", para, logo a seguir, poder dar dois em frente... Lenine também fez assim... e depois veio Stalin...
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
Não ser, ou ser apenas aquilo que já fomos, e já não somos...
Na geração dos meus pais era habitual ouvir-se dizer, ou dizer-se de alguém em idade activa: ele "é" isto ou aquilo; e de alguém já aposentado: ele "foi" isto ou "era aquilo"... sendo o "isto" ou "aquilo" a profissão da pessoa: agricultor, serralheiro, pedreiro, padre, professor, médico, engenheiro, etc. etc.
As coisas eram assim: as pessoas acabavam por ser aquilo que faziam, sem prejuízo de também serem aquilos que todos, ou quase todos, eram, e continuamos a ser, pelo menos durante uma parte das nossas vidas: bisnetos, netos, filhos, esposos, pais, avós, bisavôs... a vida, para muitos árdua e materialmente pouco compensadora, parecia contudo ter um sentido...
Depois veio a "aceleração da história", um eufemismo totalitário. Acelerar a história foi o que procuraram fazer Hitler e Stalin, o primeiro acelerando a "selecção natural das raças" e o outro o "rumo ao socialismo". O comboio da história acelerou, e move-se agora rumo a uma "sociedade descarbonizada" e "sustentável"... - Mas cuidado: eu não sou dos que duvidam que a actividade humana altera o clima! Custa-me apenas que tenhamos todos de pagar pelo mal que alguns fizeram ... e continuam olimpicamente a fazer... Não sei quem é a "humanidade"; nunca falei com "ela"; nunca ninguém ma apresentou... Apenas conheço homens e mulheres, particulares e concretos...e muitos deles conheço-os até bem demais para poder confiar neles, ou recomendá-los para companhia dos meus - poucos mas muito bons, cada vez melhor - amigos ...
A minha geração, tal como as posteriores à minha - uma geração corresponde à idade média à qual as mulheres têm o seu primeiro filho, e por isso agora as gerações são mais extensas, e também menos numerosas... - viveram os tempos da restauração de um nazismo global, uma restauração imaginosa e eficaz, por vezes mais lenta ou atribulada, feita sob a máscara do "social" e do "interesse geral" da "humanidade", e que conduziu às sociedades totalitárias em que hoje vivemos, e às quais as gerações futuras, e algumas presentes, poderão não conseguir sobreviver, se não acordarem depressa para a impostura global em estão mergulhadas ... Dirão que sou pessimista, mais uma das muitas Cassandras que abundam por esse mundo... Não me importo que o façam... antes prefiro estar vivo até morrer, do que morrer vivo e rodeado de gente morta... Parafraseando Pessoa, rodeado de cadáveres adiados que (até já não) procriam...
Este texto é, como facilmente se percebe, uma Mensagem de Natal...
O não ser, ou ser na tangência daquilo que fomos, fez-me pensar naquilo que já fui e que deixei de ser e portanto já não sou...
Em 1981 era Operador de Empilhador na Cerâmica do Canteirão, em Valado dos Frades, Nazaré;
Em 1982 era Praticante de Balcão de 1º Ano na loja de pronto-a-vestir Firmo, Alberto e Trindade Lda., em Alcobaça;
Em 1984 era Fiel de Armazém na COOPSPAL - Cooperativa de Consumo da Spal, em Alcobaça;
Em 1985 era Encarregado na mesma COOPSPAL;
Em 1992 era Engenheiro do Ambiente;
Em 1989 era Professor de Matemática na Escvola Secundária do Monte da Caparica;
Em 1993 era Professor de Quimicotecnia e Técnicas Laboratoriais de Química na Escola Secundária Stuart Carvalhais, em Queluz;
Em1992 era Consultor em Economia da Energia, dos Transportes e do Ambiente no CEEETA;
Em 1995 era Investigador da JNICT;
Em 1998 era Assistente na Universidade Lusófona de Humanidades e Tenologias
(ULHT);
Em 2003 era Professor Auxiliar na ULHT;
Em 2009 era Director dos Cursos de Licenciatura e Mestrado em Engenharia do Ambiente da ULHT;
Em 2013 voltei a ser apenas Professor na ULHT, desde 2012 com a categoria de Associado;
Em 2014, aos 49 anos de idade, voltei a ser apenas o Valdemar, sem os prefixos ou sufixos que, na verdade, nunca procurei nem nunca me interessaram... a Lusófona é uma escola prática e moderna: quando um professor adoece, ao fim de poucos meses ela substitui-o por outro - outros no meu caso - e simplesmente deixa-o sem "horas" caso ele "decida" voltar ao trabalho, i.é., o professor fica sem trabalho e sem salário... isto deve fazer parte da "excelência" do seu ensino...
Em 2015 ainda não sei bem o que vou ser... se souberem alguma coisa de mim, por favor informem...
Bom Natal e um Feliz Ano Novo de 2015 para todos, inimigos incluídos!
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
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