«A explicação é, talvez, demasiado simples, mas para isso é preciso compreender um pouco da lógica industrial agropecuária. Nas "repúblicas de advogados" (neste caso, nos "impérios de advogados") primeiro há que deixar "engordar" bem as reses; dá-se-lhes boas jus-vitaminas e jurisprudenciais suplementos de "engenharia financeira" que as ajudam a engordar. Quando elas já estão bem gordinhas, usam-se técnicas várias de boato e "fuga de informação privilegiada" (vulgo, de bufaria) para as "abater", isto ao mesmo tempo que se vai junto delas em "auxílio". É uma "cura jurídica" de emagrecimento; uma "morte" lenta, suave e sempre juridicamente bem acompanhada. No final, dependendo da "proteína" disponível, as reses escanzeladas talvez escapem à crueldade do espigão... As vítimas - se as houver de facto, e muitas vezes há-as - recebem a publicidade e o "carinho" das multidões, e fruem desse sentimento de vingança que Homero dizia ser, de todos, o mais doce. A "justiça" corresponde então a isso simplesmente: à "transformação criativa" do produto e das rendas do crime em "justos" honorários de advogados, tal como em taxas e custas processuais da dita...»
Valdemar Rodrigues, 3 de Novembro de 2017, comentado aqui.
E disse o mestre ao discípulo em plena era digital: «Não temas o algoritmo inteligente sempre apostado em fazer-te desaparecer do seu mundo se lhe desagradas; enquanto podes e não é tarde demais, afasta-te dos ecrãs e vai analógico ao encontro dos teus amigos. Abraça-os, beija-os, joga à bola ou vai vai à praia com eles; faz alguma coisa com o teu corpo que o deles também possa sentir, e verás então se eles verdadeiramente gostam ou não.»