E disse o mestre ao discípulo em plena era digital: «Não temas o algoritmo inteligente sempre apostado em fazer-te desaparecer do seu mundo se lhe desagradas; enquanto podes e não é tarde demais, afasta-te dos ecrãs e vai analógico ao encontro dos teus amigos. Abraça-os, beija-os, joga à bola ou vai vai à praia com eles; faz alguma coisa com o teu corpo que o deles também possa sentir, e verás então se eles verdadeiramente gostam ou não.»
segunda-feira, 15 de janeiro de 2018
Diário da minha vida digital - I
Ainda defeco. Ou seja, ainda sinto ao defecar que as fezes são reais. Que ao querer libertá-las elas existem independentemente da minha vontade ou da de alguém. Existem por assim dizer independentemente da vontade ou do desejo da mente, ou do espírito. Embora preferisse que não fosse assim, digamos que as fezes existem por si, materialmente, sem que a força do meu algoritmo as detenha. Sei que defeco, e que ao defecar penso nas fezes, e, logo, existo. Tudo pode ser já fruto do algoritmo, ou da vacina, mas a verdade é que ainda sinto.
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