...aconteceu, às zero horas (do Tempo Universal Coordenado ou do Meridiano de Greenwich?)... o Reino (des)Unido abandonou a (des)União Europeia, certo?
... Vejamos... Afinal já não há aquela "UE boa", do Norte, que trabalhava que se fartava e pagava as contas, e aquela "UE má", do Sul, caloteira e preguiçosa, que vivia muito muito acima das suas possibilidades e da sua produtividade (ora aí está!)? Havia e já não há, é? Todavia há agora a "UE má" que já não é a mesma outra vez e passou a ser "má" por outras razões, designadamente por causa desses aventuras populistas e pós-nazis? Ora, pelo menos não há dúvida de que há na UE uma "Hungria má" por exemplo, que decidiu até criminalizar a ajuda aos migrantes. Ergo, a UE divide-se ainda (e sempre?) em "UE boa" e "UE má". Além disso, ´é muito "óvio" que ainda há países da Europa fora da Europa (?!), países que não pertencem à UE, como é o caso da Suiça, ergo, de facto, persiste (e persistirá sempre?) uma Desunião Europeia, adiante referida por dUE...
... Agora, será o Reino Unido Desunido ou não? Ora, não há dúvida de que há uma "Escócia má" (em relação a um "RU bom" lá dentro) insatisfeita com a saída (de si) da UE, e também há uma Irlanda partida em duas, há bastante tempo aliás, sendo uma membro do "RU mau" (por fora, em relação à "dUE boa") e outra independente do RU e que até aderiu à UE no mesmo dia e ano em que o RU, outrora "bom", aderiu. A questão parece colocar-se na fronteira da Irlanda consigo própria - eu sei como estas questões são dificílimas, daí só os mais eminentes juristas terem competência para as julgarem - pois cada m2 de território conquistado pela "Irlanda boa" (face ao "atual" RU que passou de "bom" a mau face à"dUE boa") à "Irlanda má" é bom para a "dUE boa". Mas seja como for, por causa da Escócia "má por dentro e boa por fora" ou das apetitosas fronteiras da Irlanda consigo mesma, também parece que o RU é, na verdade, senão já um Reino Desunido, pelo menos um Reino Unido a Caminho da Desunião, adiante designado RUcd...
... Agora, depois do "divórcio", a dUE e o RUcd vão tentar chegar a uma re-união. Centenas de escritórios de advogados e milhares de barristeres estão já mobilizados e a tratar da papelada do (re)casamento noutros moldes jurídicos. Como facilmente se compreenderá, os custos estimados do processo são incalculáveis, ou seja, seguramente elevadíssimos mas impossíveis de estimar. Têm até ao final do ano para conseguirem a fórmula jurídica "ideal" (a "fórmula de Deus ou Grande Fórmula do Grande Bem Comum de Todes Nózes"), o que, do ponto de vista do saudável namoro entre as partes contraentes, não parece ser muito tempo. Mas, como se sabe, razão é razão do "inteleto" e conhaque é conhaque, ou melhor, uisque é uísque, e a chatice é que o melhor uísque é sempre o escocês...
... por fim, resta dizer apenas que, apesar de todos estes fortíssimos abalos júridico-telúricos no Planeta Terra, tudo na Terra permanece hoje igual ao que era ontem; os Himalaias estão no mesmo sítio e o Oceano Atlântico também; há o mesmo efeito esquentador de "nózes todes" sobre o clima terrestre, mas para contrabalançar há a forte esperança no admirável mundo novo digital, nesse mundo IoT-descarbonizado que oxalá não nos carbonize a todos ou grande parte de "nózes"... sim... sempre essa memória do gás... do "duche" que não foi antes da alegre sopinha mas sim antes da incineradora... é impossível esquecer isso, tal como o genocídio dos bósnios em que a dita dUE vergonhosamente consentiu ainda ontem... em 1995...
(... é como se uma parte de nós sempre morresse quando a morte de outros humanos acontece inexplicavelmente e por razões não naturais... eu sinto que já morri várias vezes antes de ter nascido... e que até morrer (outra vez) não poderei esquecer a "crise" bancária de 2007-8 e a vergonhosa barbárie humana que lhe sucedeu... e continua alegremente a acontecer aí nas barbas da dUE...)
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