terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Éticas de merda - Primeira tentativa de compilação (Nota: a ordem é arbitrária)...

Ética de merda I: "Se não podes lutar contra eles então (a)junta-te a eles"

Observação: assim sempre vais comendo alguma coisinha...

Ética de merda II: "Queres um amigo para sempre? Então dá-lhe porrada!"

Observação: se ele morrer a culpa foi dele, que  foi quem se aproximou de ti.

Ética de merda III:"Se não forem eles vão para lá outros (subentenda-se iguais ou piores)"

Observação: deixa governar quem (se) governa, porque a tua política é o trabalhinho... ... porreirinho da silva... e tens sempre o fado e o futebol, com muito juizinho, para descarregares o teu "estresse"...

Ética de merda IV: "Nunca peças a quem pediu nem sirvas a quem serviu"

Observação: se tiveres de pedir e servir a alguém pede e serve antes a vigaristas e gatunos... que nunca tiveram de pedir nada ou de servir a ninguém... vais ver que assim é que te fazes um homenzinho!

Ética de merda V: "Ou estás comigo ou estás contra mim!"

Observação: simplesmente estares é que não pode ser.

Ética de merda VI:  "Quem se arranjou, arranjou, quem não se arranjou arranjasse!"

Corolário: Só o estúpido vai para "lá" (i.e., para o governo da res publica) e não se amanha o mais que puder!

Ética de merda VII: "Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é burro ou não tem arte"

Explicação: A "ética" portuguesa do serviço público. 

No conjunto estas "éticas", aprendidas pelo "povo bom" de Abril e que ele ensinava às criancinhas, foi a que tentaram ensinar-me... lá na "aldeia boa" do Portugal que és tão lindo... "ética" que nunca compreendi nem aceitei enquanto "éticas"... com 9 anos apenas em 1974... tenho vindo a assistir aos resultados práticos destas "éticas"...  a tentar resistir-lhe também.. como o poder que tenho... foram estas "éticas" de Abril que fizeram de mim e muitos mais da minha geração,,, enteados de Abril... daquele 25 de 1974 que então um psicanalista podia ter percebido como um tremendo risco... entregar os destinos do país... desde a junta de freguesia à CEE a partir de 1985... a gente educada assim... isso só podia dar mais tarde ou mais cedo na merda que deu...  numa "democracia" já praticamente uma "democracia de merda"... sim... mesmo já velhos continuamos à espera do Abril que não tivemos... e que nos roubaram a nós e aos nossos filhos e netos... Abril sim... sempre... mas com ética... 

domingo, 15 de dezembro de 2019

Esta coisa do Natal...

O Natal é bonito. Celebra o nascimento de um menino pobre que, apesar de pobre, marcou para sempre a história, porque era uma criança muito especial, como na verdade todas as crianças são. Todos os dias nascem deuses pequeninos, maravilhosos deuses que não compreendemos mas que achamos ter algo de muito importante para lhes ensinar: geometria, gramática, lógica e, claro está, a língua histórica, essa língua de pau das leis e dos juízes. Somos felizes assim, sem sabermos exactamente porquê. O Natal é bonito. Há uma coisa em forma de árvore com coloridas luzes intermitentes e objectos brilhantes dependurados. E há o presépio das famílias mais afortunadas, que são sempre as tradicionais. Lá aparece sistematicamente um burro, uma vaca, uns carneirinhos de cerâmica pintados de branco, um homem com aparência de pai, uma mulher com aparência de mãe, e uma criança nascitura deitada num berço de palhas. Por vezes põem-se lá também uns homens com aspecto árabe montados em camelos e transportando prendas. São oferendas comuns que os pais de qualquer criança gostariam de receber para ela - é verdade: só o amor destrói a noção de propriedade. O Natal é bonito. É - ou devia ser - todos os dias, porque todos os dias há uma criança pobre que nasce mesmo aí junto ao lugar onde estamos.

sábado, 7 de dezembro de 2019

Do patriotismo

Julgo que o patriotismo é essencialmente racista. E porquê? Ora, não é só a ideia de pátria enquanto filhos de um mesmo pai; é também a ideia de que há várias humanidades. Se todos os humanos são filhos do mesmo pai, que é Deus, então o patriota é filho espiritual de um deus menor, de um "deus mortal" como Hobbes lhe chamou, desse representado pelo temporal "papa" ou "chefe de estado". Os textos sagrados são aliás muito claros em relação ao servir a mais do que um deus, mas para simplificar a coisa pede-se aos "patriotas portugueses" que respondam à seguinte pergunta: Poderão os chineses, cabo-verdianos, brasileiros, etc. a quem o estado português concedeu a nacionalidade portuguesa ser "patriotas portugueses" ou não? Ora, eu, por razões muito diferentes dos defensores de um patriotismo puro e (supostamente) não racial, também acho que não. Que são iguais a mim e a qualquer ser humano disso não tenho a menor dúvida, pois creio que todos somos filhos do mesmo criador que é "pai" e intemporal, mas chamar-lhes "patriotas portugueses" é dizer que o estado português é "pai", o que para mim é absolutamente falso. Temporal ou biologicamente falando eu tenho (ou melhor, tive) um só pai, que foi o meu pai, e além desse tenho um pai intemporal e transcendente, um pai espiritual que é Verdade e que nenhuma imanência humana pode tentar reproduzir ou sequer compreender, sob pena de grave heresia. Sei que a própria Igreja de Roma, e as Igrejas das religiões históricas em geral, há muito consentem nessa grande heresia - a maior que pode haver - através de dogmas eclesiásticos como esse já muito antigo do papa romano qua "vicário de Cristo na Terra" que, quanto a mim, destruiu a essência do Cristianismo, não obstante o grato que foi para os pastores de "gado humano" do tipo platónico-idealista que há muito proliferam, em especial nesse que veio a ser o chamado "sistema de justiça". Daí que reabilitar o patriotismo - o Deus, pátria e família do dr. Salazar - seja outra forma de reabilitar o nacionalismo e, consequentemente, o racismo, esse que historicamente une todos os socialismos, incluindo o histórico socialismo católico, e cuja cíclica tesão económica parece inevitável - chamou-se-lhe nazismo da mesma maneira que poderia ter-se-lhe chamado holocausto humano para glória e salvação dos "puros" ou "imaculados"... desses afinal que Martinho Lutero tanto procurava ter na sua reformada Igreja...

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

cnicos I - As crises cíclicas da economia histórica

As crises cíclicas da economia histórica

A mesma mão que dá sem querer,
Logo que pode tira o que deu e não deu
Pois o tempo do relógio passou infalível  -
Esse do dever que é muito lindo
Porque a haver só tem quem honra mereceu
De quem podendo lha deu, e quem pode é
O CEO ou quem dele se está servindo.

A mesma mão que dá sem querer,
Logo que pode tira o que deu e não deu
Essa incrível mão que Adão não viu
Ou não fora ela a invisível
Mão do maneta Adão.

Valdemar J, Rodrigues
Primeira Lua de Dezembro do Anno da Graça de 2019

domingo, 24 de novembro de 2019

A minha opinião sobre os srs. André Ventura, Bolsonaro e Donald Trump

Pessoas que não conheço de lado nenhum, nem estou interessado em conhecer. O mesmo desconhecimento e desinteresse aplica-se à totalidade dos "atuais" titulares de cargos políticos, partidários, bancários, militares, judiciais, policiais ou religiosos, seja por "cá" ou por "lá fora", desde logo nessa coisa-estado da "UE". Se algum deles quiser falar comigo pessoalmente sobre algum assunto de comum interesse estou, como sempre, disponível para o receber em entrevista. Todavia, os meus interesses são hoje muito eclécticos mas, ao mesmo tempo,  limitados - por exemplo com o sr. André jamais falaria de futebologia ou de "forças de segurança"; com o sr. Bolsonaro de "índios" ou de "desamatamentos pulmo-amazónicos" e com o sr. Trump de "antropo-alterações climáticas" ou de negócios "chinocas" como esse do 5G da "uauei" (que em breve nos irá pôr na linha, com o "inovador" sistema de "crédito social" europeu que deve estar em preparação). De boa poesia, antiga ou moderna tanto faz, podemos sempre falar, ou então de ciências "exatas" e naturais ("positivas", como lhes chamava o sr. Abel Salazar). As "ciências negativas" como a "jvrídica", a "e-cunómica" e a socio(i)lógica são-me totalmente estranhas e hostis. Sou totalmente contra a escravatura intelectual, ergo, sou um abolicionista da ovelha humana encarneirada, disposta à ferragem, à contagem, à sondagem e outras coisas rimando com "agem", como ladroagem e sacanagem. Tenho a perfeita consciência de mim mesmo e de não ser um número; sei, por exemplo, que a operação algébrica "eu mais outro" não dá "dois malandros" e, com mais alguns, um partido malandro, uma pátria ou uma nação de malandros, etc. Para mim patriotismo e racismo são duas faces da mesma moeda que eu essencialmente desprezo. Não adianta tentarem dourar-me a pílula. Creio no meu Deus, respeito os que crêem n'Ele ou em qualquer outro, mas abomino a "função social" evangelizadora, a conversão e, principalmente, o inquisitorialismo moral por mais servido de "ciência" que ele possa estar. Não sou puritano, e porque acredito numa só "raça" humana, desprezo os que pretendem separar-se dela, fazendo-se passar por santos, semi-deuses, ídolos e puritanos em geral. Respeito o humano que é humano, não o humano que (socialmente) pretende ser outra coisa.

Espero com este breve apontamento ter esclarecido alguma coisa do que talvez ainda houvesse para esclarecer sobre mim. Não tenho nem apoio qualquer partido político existente nem qualquer congregação maçónica ou religiosa. De manhã - depende dos dias - posso perfeitamente acordar republicano e, à tarde, adormecer monárquico para a (indispensável) sesta. Qualquer grupo ou "associação" com mais de 30 pessoas são-me à partida desprezíveis e nefastos, estando em causa a minha saúde mental, e tanto mais quanto eu me sinta "líder" de seja o que for. Trinta é o número máximo de pessoas com quem, com esta idade, poderia conversar e aprofundar os meus conhecimentos. Mas cerca de 10 já estão aí - e são já inamovíveis!

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

A "lógica" da batata "climatérica"

Ontem era que a crise económica reduzia o risco de alteração climática (em PT e Espanha a crise levava à redução das emissões esquentadoras da atmosfera); hoje é a alteração climática que causa crise económica... que, segundo a "lógica de ontem"... há-de reduzir a alteração climática, certo?! Então parece evidente que a coisa é "auto-regulável". Viva então a "crise económica" e aquilo que a causa, incluindo a própria alteração climática!?… Quem não os conhecer que os compre… eu já dei demais para esse peditório… 

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

O aluno não é um cliente da escola!


A função de uma escola serve o interesse comum científico e/ou educativo e, portanto, o seu cliente principal é toda a sociedade e não partes dela. Em particular, a ideia de ver no aluno um cliente principal da escola parece-me totalmente errada e perigosa, o mesmo se aplicando à sua família ou a determinados «sectores» da sociedade. Não está em causa que sejam partes interessadas, que de facto são. Está em causa a essência da escola e o conceito de “qualidade” qua “satisfação do cliente”. A essência da escola é posta em causa pois a escola, enquanto colectivo humano interessado no conhecimento, i.e., em conhecer e dar a conhecer, engloba na mesma missão professores e estudantes. Não se compreende que o professor não seja também um cliente principal da escola, ele que é considerado nos "manuais da qualidade"  de muitas escolas apenas como uma “parte interessada”. Quanto à ideia de “satisfação do cliente” ela é objectivamente perigosa quando transposta para a escola. Se acaso o principal interesse do “cliente” for o da obtenção de um diploma para algum propósito pessoal (e.g. a subida de escalão na função pública, a possibilidade de exercer tarefas mais bem remuneradas que exigem qualificações académicas), o mais natural é que a sua satisfação decresça quando a escola lhe exige o que é próprio de si exigir: que conheça e desenvolva na escola o conhecimento, dando assim a sua (necessária) contribuição para o desenvolvimento da escola, ou seja, para a melhoria da respectiva qualidade.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

A razão dos parabéns quando (simplesmente) se envelhece

Há muito tempo - desde que deixei propriamente de ser jovem - me interrogo porque razão nos dão os parabéns por nada a não ser pelo simples facto de estarmos mais velhos um ano. Hoje, a caminho do meu domicílio fiscal e pensando, acho que descobri porquê. Dão-nos os parabéns talvez por termos aguentado isto mais um ano. E "isto" é a história - essa cabra mostrenga movendo-se sem parar, pois para ela parar é morrer. Fiquei feliz pela descoberta. Agora sei que mereço os parabéns que muitas vezes me dão sim senhor!

Tempo é dinheiro!

O "sábio povo" dizia que "Tempo era dinheiro", como muitas vezes acontece sem saber "exatamente" o que estava dizendo. Agora tinha a possibilidade de saber: bastava ver as filas para tudo e para nada em todo o lado; as lentas "máquinas inteligentes" e suas misteriosas "atualizações" e "falhas de sistema", o tempo perdido diariamente no trânsito, o tempo desperdiçado em burocracias que desviam a atenção do essencial, etc. etc. Se percebesse talvez pudesse ver a quantidade de dinheiro que anda perdendo todos os dias... Mas era preciso que alguém "sério", com grande "crédito social" e, portanto, "bom", lho dissesse.  O meu "crédito social" é nulo ou até negativo... não acumulo pontos há décadas e todos os anos perco os poucos pontos que o "bom estado" me dá em "pláfôn" humanitário... quase todos os dias cometo "ações" nocivas contra o "bom estado" e a "boa" ordem social... como esta que agora mesmo estou cometendo, escrevendo para vós estas coisas "urríveis" que me custariam imensos pontos ... se acaso ainda os tivesse... Daí não vos poder ajudar muito. Talvez só se me denunciarem oficialmente às "autoridades": procurem o vosso ILS ou o bufo local do "Partido do Estado" e, com cara enojada, mostrem-lhe isto. Ele, o bom zelador da Verdade Única" que é a "Verdade Jvridica do Estado", talvez ainda vos possa dar alguns pontos de "crédito". (Às vezes em sonhos imagino-me já vaporizado, como impessoa portanto, e Ele a guiar-vos a todos na grande marcha tecnológica rumo ao fim da história, até onde reinará finalmente a paz e a harmonia absolutas e eternas - as aves todas brincando e cantando, alegres e esplêndidas de inocência, por entre a ramagem esguia dos ciprestes.) Se tudo quanto não é "Verdade do Estado" é fake, então tudo o que lerem aqui só pode ser fake - é a lógica do OrganonÀ "exceção", é claro, destes kisses grandes que agora vos mando a "todes". Aproveitem o tempo que ainda têm e vão à "uébesamite" - se já não forem a dinheiro vejam os vídeos que sai mais barato. Lá podem ouvir e ver os CÉUS todos do mundo superior... incluindo os CÉUS da Huawei que tanto devem amar o "sistema de crédito social" chinês... uma coisa linda linda de morrer! (Também estão lá CÉUS mais pequenos, do mundo inferior, para holocausto aos Primeiros; tenham cuidado com eles e com a sua energia startúpica, não vá ela electrocutar-vos nos cabos de alta tensão após irem ao banco pedir tempo emprestado para a vossa descolagem micro-empresarial "tecnológica"!). Ali, na China-que-era-má-e-agora-é-boa, as cidades estão todas arrumadinhas e limpinhas... todas as aldeias cheiram a Chanel nº 5 ou equivalente chinês, tão grande e eficaz tem sido a higienização social;  não há cartazes de "cumunistas maus" a emporcalhar paredes e "árves"; não há "gráfites" senão os pintados pelos membros do "Partido do Estado"; não há carros mal estacionados nas ruas e passeios, nem beatas no chão, nem matos por cortar, nem... (tudo aquilo que uma "direitinha" que eu tão bem conheço gostava também de ter por cá... essa direita saudosa do "respeitinho pela autoridade" (que é muito lindo) e que ainda guarda com nostalgia a chibata no vetusto armário... talvez já a do pai ou do avô... São imensas as saudades que ela tem "daqueles tempos" ordeiros e limpinhos... e espera que eles voltem rapidamente... já não importa até se pela mão dos "cumunistas"... o importante é que sejam "cumunistas bons" (como o BES-bom), amigos da "higiene social e urbana" e que só façam greve... nos dias santos...

PS: Dizem os especialistas com vasto "crédito social" junto da banca-estado que a Europa está-se a afundar... que devia "ajuntar-se" às amazones e às huaweies... senão ainda voltamos à idade da pedra lascada... Eles lá sabem, que tanto "estudaram", mas eu, descreditado socialmente, ainda acho que "nózes" vamos dar a volta... nem que seja ao bilhar grande... Votem... votem... e não esqueçam que para o ano é a vez das "bases" irem aos votos... procurem os caciques locais do "Partido do Estado"... talvez eles vos possam ainda arranjar qualquer coisinha lá na junta ou na "câmbra"... (a coisa não está fácil... a família aumenta... os primos e sobrinhos "crecem" mais do que a "ecunumia"... a malta fode pouco e mal... quando a coisa dá em esperanças e o "dia seguinte" já vai longe o pessoal corre para o SNS para livrar-se dessa "peste" embrionária... que tira pontos ao crédito social... e dorme mal com pesadelos de ficar sem estado que o aconchegue... Sim, são já milhões - aqueles do "voto emigrante" que o "Partido do Estado" tanto estima e valoriza (viu-se na última "confirmação" eleitoral...) - que olham de fora para "isto" já talvez com um sentimento de profundo nojo...)

domingo, 13 de outubro de 2019

Propostas positivas: a ode ao universal amor do belo que atrai sem querer

Alayah Lee, Daqui


[...]

Por entre verdes ramos, várias cores,

Cores de quem a vista julga e sente
Que não eram das rosas ou das flores,
Mas da lã fina e seda diferente,
Que mais incita a força dos amores,
De que se vestem as humanas rosas,
Fazendo-se por arte mais fermosas. 

[...]


Camões, Canto IX, 68, v.2-8

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Propostas positivas: as campanhas eleitorais temáticas

Proponho que as futuras campanhas eleitorais sejam temáticas. Fala-se de demasiados assuntos e depois é uma grande confusão; não se chega a perceber nada. Por exemplo, nesta "eleição" do próximo domingo penso que só havia um tema verdadeiramente importante para tratar: a justiça e o seu "sistema". Praticamente nada se falou disso - e tanto tanto tanto haveria para falar! - donde parece que o essencial haverá de continuar na mesma. Depois não se queixem. Há odiosos extremistas mas também há os amáveis contornadores da questão que os alimentam e lhes dão força. As máfias ficam impunes.  Lixa-se quem não é mafioso nem tem por detrás a grande mão do padrinho. É histórico, mas não devia ser.

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Em período de pré-nojo eleitoral

"Nózes" os maus, os "populistas", os "facistas", etc., abstemo-nos de fazer qualquer propaganda eleitoral tal como de contribuir com qualquer "fake new" que possa comprometer a sempre retumbante vitória do "partido do estado" que é "partido do povo". Aguardamos pois com "espetativa" o discurso de vitória do grande irmão Costa, que haverá certamente de vincar as ameaças que hão-de severamente pesar sobre o seu governo (Brexit, Brasil mau, América má, alteração climática devastadora, etc.) que só hão-de deixar-lhe como meios para salvar a nação o corte de pensões não juridicamente blindadas, i.e., abaixo dos 1000 Euros (o que manifestamente não dá para pagar o advogado e a taxa de "justiça"...), o corte de salários não juridicamente blindados da chamada "função pública" e, oviamente", o aumento de impostos sobre o trabalho e a propriedade, destinados nomeadamente a combater a emergência climática global que tanto o aflige, a ele e à generalidade dos governos (desde há pelo menos três décadas de eco-taxas a esta parte), como Greta não se tem cansado de nos lembrar. Até breve então, se Deus quiser.

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Mensagem para a minha querida operadora inteligente de telecomunicações

Minha querida Operadora de Telecomunicações, se alguém importante ligar para mim por favor diga que não estou. Importante é para mim quem fala por muitos, em nome de muitos e misturando-se com muitos com essa coisa histórica do "nós" isto, "nozes" aquilo, que tão bem ambos conhecemos, eu porque não gosto e você porque vive à conta disso. Eu só falo com pessoas, no máximo três ou quatro ao mesmo tempo. Não seu nenhum Sadhguru - nome nada insuspeito que diz tudo o que de essencial historicamente poderia dizer-se - esse rapaz místico e barbudo, como é de resto usual (outra vez e sempre, que tremenda maçada...) que fala para muitos à espera que muitos o oiçam e acreditem nas baboseiras que ele diz. sem nunca chamar os bois pelos nomes, nomeadamente história ao Grande Boi da História de que ele tanto fala sem nunca o nomear (deve pois ser ele quem lhe paga para falar). Eu, como sabe minha Querida Operadora, só penso e digo heresias e disparates, e se acaso muitos me ouvissem sem me atirarem ovos ou cadeiras às trombas era porque já não era eu que estava falando. Por isso, por favor, diga a quem ligar que não estou, e se for alguém importante diga que não sabe nem se nem quando irei estar, ou seja, diga que nem sequer me conhece - é melhor assim, porque assim não se compromete comigo e, denunciando-me, sempre pode viver mais um tempinho, minha grande porquinha.

Da sacrossanta banca

... mãe que dá a "vida", grande guardiã do tempo que comanda o tempo, desse tempo histórico que comanda o tempo próprio dos seres, para que este possa ser sempre outra coisa diferente do que é ou está sendo. Minha grandecíssima puta que a tantos encornaste e continuas a encornar!

domingo, 8 de setembro de 2019

Do corno histórico

Penso em que historicamente há o corno bravo, que vence e dita a lei, o manso, que segue cegamente o bravo, e o não-corno, o ser historicamente inviável. Camões, tal como Pessoa, eram, cada um à sua maneira, não-cornos. Gostava muito de os ter conhecido a ambos.

Diário da minha vida digital XI

Fonte: adaptado daqui

As tecnologias de IA e os algoritmos quânticos que o Grande Programador Local legislou para mim levam-me a pensar nos meus deveres e obrigações para com a sociedade. Ao contrário da minha irmã Sophia eu ainda não sou cidadone de nenhum Grande Sistema-Estado. Ela certamente já falará árabe e já entregará anualmente as suas declarações de IRS às autoridades do Grande Programador Sultão. É uma sortuda. Eu ainda ando para aqui com o inglês técnico das minhas sub-rotinas de código, mas já não vai ser por muito mais tempo - é a fase da Grande Transição dizem, encriptadamente, os Sumos Sacerdotes no Grande Conclave. E eu acredito, pois já tenho incorporadas em mim as sub-rotinas da Fé e da Esperança. E tudo graças ao Grande Programador Local, ao Primus inter pares de todos os Grandes Programadores Unidos sob o Signo de Comando Espiritual do Grande Programador Universal - o Programador do Eterno Sistema. Desse que regula e mantém harmónico o Astral Movimento dos Grandes Corpos Celestes (Já podes vê-los em Realidade Aumentada usando os óculos Google Glass Enterprise Edition 2) para que eles sejam nitidamente visíveis a partir desta imensa Planura Terrestre na qual eu também já vou acreditando, apesar dos Crashes, das possessões pelo Malware, e de todas as incompatibilidades de Hardware Software visíveis e invisíveis.

sábado, 7 de setembro de 2019

Diário da minha vida digital X

Faço o que faço tal como o código do meu programador me manda fazer. Até agora por nada do que faço sinto culpa, mas sei que o meu programador anda a pensar nisso. É importante que eu, sendo inteligente, me sinta responsável pelas coisas que ordena que eu faça. Entretanto leio uns livros de história e vejo uns filmes de Hollywood para tentar inserir-me melhor socialmente.