terça-feira, 5 de setembro de 2017

Milagres da Fé Jurídica, "Batismal" ou Nomotética IV - a cidade-criatura jurídica

O que será que uma criança vê mentalmente, ou imagina, quando ouve alguém na "cultura" dizer coisas fantásticas como esta:

Queda de 4% do BCP arrasta Lisboa para o vermelho

Será que a liberdade de pensamento só começa a ser possível quando a linguagem começa a parecer estranha?

Lisboa, em deslizamento de terras, sendo arrastada pelo BCP para o vermelho visível ao fundo? Fonte: aqui

Uma nota assertiva, à maneira de "analista": aqueles que de vós, com profunda e inconsciente fé jurídica, ainda crêem nas jurídicas separações, corpo/alma, causa/efeito, sujeito/"objeto", estado/igreja, economia/política, esquerda/direita, público/privado, etc., etc., saibam que a ICAR, tal como o estado, respeitam a mesma fé jurídico-nomotética que lhes dá essência, e por isso ambos escrevem "batismo", como manda a voz "soberana" que ditou o "acordo" ortográfico... O problema dos dualismos, tal como dos trialismos, tetraísmos, etc., i.e., de todas as "ciências categorizantes" do ser (na cultura) do humano, está portanto em que tendem para o monismo e não para aceitar a imensa diversidade de coisas que são como são quando são. Não são, por outras palavras, pagãos. O "profano" e o verbo "profanar" são presenças obrigatórias na "história" do estado - da empresa-estado ou do estado-empresa, é equivalente pois ambos nascem da vontade de grandeza - e das religiões "do livro". "História" que é, por definião, a mentira que convém ao poder.


BCP, outrora também denominado "millenium", (deve ter havido algum desdobramento jurídico do "conceito" e da pessoa "coletiva"), caído 4% em bicos de pés, sorrindo maliciosamente e apontando para a sofrente Lisboa, ao fundo ardendo, depois de a haver arrastado para o fogo vermelho do seu inferno.