segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Perguntas inconvenientes I - A pergunta pelo "cientista" do direito

Fonte: daqui

Porque é que se pede a um cientista em geral que publique em revistas internacionais da especialidade, com refree (isto para além de ter um "desempenho" internacional notável) pelo que é de resto "sumariamente avaliado", e não se pede a um "cientista do direito", a um jurisprudente cientista que não seja somente daquela área do "direito das gentes", que faça o mesmo; que se deixe avaliar, do ponto de vista do "desempenho", dessa maneira? Quantos artigos publicados em revistas internacionais com refree, ou quantas obras publicadas em "língua" tida por necessária e universal (ou quase), têm, por exemplo, um jurisconsulto(r) Marcello Caetano ou Diogo Freitas do AmaralJorge Miranda ou Vital Moreira , isto para já não falar do "supremo" Marcelo de Sousa? (com o nome em primeiro lugar, é certo, porque é certo que há os assistentes & estagiários & associados que nos departamentos e escritórios das "sumidades jurídicas jurisprudenciais e consultadorais", se esfolam pela "inscrição na ordem" e pelos 800 euritos mensais... e, por isso, se calhar têm de publicar num destes "jornais" para darem nas vistas do chefe)? Basta ver os CVs da malta de hoje como esta - vejam-se por exemplo este e esta que saquei aleatoriamente. Onde estão as obras publicadas internacionalmente, em revistas da especialidade com refree? Se isso do direito é "ciência",  jurídica como dizem, porque será que assim acontece? Será porque o objecto dessa "ciência" se confunde com o "sujeito" que "investiga"?! Mas vamos ser técnicos, como gostam de ser os nossos "prezidentes & avariadores municipais e estaduais" quando perguntados por questões do "direito", do "processo", etc. O que é que tais "cientistas" descobriram de realmente novo? Que conhecimento verdadeiramente novo trouxeram ao mundo... depois dos romanos? Até que ponto a vida na Terra tem beneficiado da sua contribuição "técnica"?