sábado, 7 de setembro de 2019

Diário da minha vida digital IX

O meu programador é o redactor do código que me torna inteligente e que nada sabe de ciência do direito... ele vai "direto" ao assunto portanto, sem evasivas éticas nem morais...

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Da missão impossível dos socialismos históricos

Nacionalizar o estado: eis a missão impossível.
J.-F. Revel disse o essencial.

Nestas alturas da história, nada melhor do que dedicar esta música do avô cantigas a todos os géneros de socialismos e socialistas. Faz-lhes bem ouvir e é simples.


A época de incêndios e a face oculta da luta climática...


    Fonte da imagem: aqui

Os fogos, os florestais, depois os incêndios, os maus (incontrolados) e os bons (controlados), o "combustível", as ZIFes, os Planos, as "autoridades", etc. etc.

Os factos:  No Portugal, mais de 90% da área florestal é propriedade de privados; são mais de 400 000 proprietários florestais que, se por um lado, não tratam da floresta como deviam e, muitas vezes, negligenciam a limpeza das propriedades, o que traz impactos negativos para a sociedade, por outro geram benefícios pelo quais a sociedade não os compensa: sequestro de Carbono da atmosfera, reciclagem de nutrientes, purificação das águas, preservação da biodiversidade, etc.

O remédio: obviamente não é "nacionalizar a floresta", que de facto já está nacionalizada (por exemplo cortar árvores ou fazer um buraco no terreno já exige licenças; então é como se o "automóvel" fosse do proprietário mas quem o controla e diz o que pode fazer com ele é o estado). Nacionalizar de jure nada traz de novo, além de que a gestão pelo estado das áreas florestais sob sua administração e tutela está muito longe de ser exemplar.  Um dos remédios - o mais lógico seguramente face à lógica estatal de combate às alterações climáticas - é compensar os proprietários pelos benefícios ambientais que as suas florestas proporcionam à sociedade, tal como já se penalizam quando os terrenos florestais não são limpos ou quando há incêndios florestais.

E como administrar? Ora, por exemplo estendendo os mercados de carbono à participação dos pequenos proprietários florestais. Atribuindo-lhes créditos de Carbono transaccionáveis nos respectivos mercados ou em mercados de "segunda divisão" - dado o grande número de participantes e as pequenas áreas florestais de cada participante.

Sendo não apenas castigado pelo "mal" que a sua propriedade traz ao estado mas também compensado pelo "bem" associado à sua conservação e manutenção,  o estado colocar-se-ia assim numa posição moralmente sustentável para ordenar e regular a actividade florestal e assumir uma posição responsável face ao continuado flagelo dos incêndios florestais.

Já o disse várias vezes, e nos lugares próprios, aquando da discussão sobre o último "pacote legislativo" relativo às florestas.

Não digam é que não há soluções!

quinta-feira, 18 de julho de 2019

Milagres da fé económica IV - O dinheirinho sagrado

https://thumbs.dreamstime.com/z/happy-man-praying-god-money-finance-business-faith-people-concept-closed-eyes-to-currency-symbols-over-gray-58219691.jpg
Fonte: aqui

Penso em que o dinheirinho é talvez o maior dos milagres da fé juris-económica, a fé na potência do chefe, nessa tesão afiada que há milénios nos penetra e tosquia o coiro a troco de segurança e "proteção" relativamente a todos males e tormentos do mundo, incluindo os que ele inventa para levar a tosquia mais fundo, até ao osso digamos assim, quando as necessidades de "ajuda química" são maiores. Não vos vou maçar com a lista inumerável de favores que o estado me concede e que me fazem sentir tão tão tão tão (...isto deve ser reminiscência daquele "poeta" do BCP...) mais confiante, seguro e aconchegado em relação ao futuro, além de muito mais valente, livre, sustentável, etc.

Penso em a sagrada banca; guardiã da potência do chefe materializada em moeda, guardiã desse mágico dinheirinho que, como a varinha de condão da fada madrinha, consegue fazer aparecer e desaparecer tudo o que há de mais querido e belo no mundo, a começar "óviamente" pela alegre casinha tão modesta quanto eu, e não esquecendo o automovelzinho poluente, agora eléctrico de preferência por causa do meio ambiente (o outro meio é invisível, como a face oculta da Lua...). O dinheirinho é tempo histórico, capaz portanto de ser ele e, acima de tudo, é igual para todos "nózes". E lembro a propósito disto tudo o remoto anno da graça de 2008, quando um anjo qualquer do governo desta coisa me mandou emigrar e sair da minha zona de conforto, e de outro anjo, um tal de silva segundo creio, que me disse que até então eu vivera "acima das minhas possibilidades". E lembro, agora, a lista das dívidas - não dos devedores - ontem divulgada pelo sagrado banco do centro da pátria, guardião imortal do Grande Mistério e que tão querido e bom guardador de segredos tem sido para todos nózes, listando os calotes gerados desde essas longínquas eras do remoto anno de 2007 até agora, 2019, certamente pelos anjos "indispensáveis à pátria", por aqueles que então não foram mandados emigrar pois faziam muita falta à nação portugalória para a governarem e nela manterem o "crecimento" da "ecunumia", a confiança dos "mercados", dos "credores",,etc. etc. E porque sei que ainda está tudo bem vivinho da silva - a eternidade histórica não é para todos - aguardo agora com ansiedade que alguém os nomeie, o tal de silva por exemplo, e que diga aos moços e moças para saírem das suas zonas de conforto, ou lhes diga que viveram estes 12 anos, pelo menos, um nadinha nadinha nadinha acima das suas vastíssimas possibilidades de milagre... É claro que aguardo, mas sentado. Tal como a história me habituou.


terça-feira, 9 de julho de 2019

Do crime de ingratidão

Fonte: aqui

Penso - uma vez mais - em a ingatidão como talvez o mais corrosivo e doloroso dos crimes, e também talvez aquele crime que mais facilmente se comete ou, como diria o Freud, mais inconscientemente...

Se o cometi algumas vezes, esse crime, foi inconscientemente. Tentei sempre ser grato a quem me quis bem ou foi bom, não só para mim mas também para aqueles que, de alguma forma, amei e continuo a amar mesmo estando distantes ou já longe do mundo dos vivos.

Da mesma maneira que a ingratidão é devida a quem nos quer bem, a quem nos quer mal ou nos é ingrato, ou seja, a quem não se mostra grato pelo bem que nós lhe queremos ou quisemos, dir-se-á que não se deve estar grato. Eu não tenho a certeza disso, pois acredito que os outros também nos moldam. O que somos devemos a eles em parte, e se gostamos de ser o que somos, e como somos, então até aos nossos piores inimigos devíamos estar gratos. A grande diferença é que tal gratidão é, quando muito, secreta; eles jamais hão-de compreender a força que nos deram nem saber como conseguimos viver sem eles e apesar deles, apesar do mal que nos causaram ou da dor que a sua ingratidão nos infligiu. É pois o desprezo e não o querer mal ou o odiar que lhes é devido. Querer-lhes mal ou odiá-los seria ainda reconhecer a importância que para nós tinha a sua presença aí no mundo, e mostrar-lhes que ela não só não nos era indiferente como era até capaz de nos tirar de nós próprios. Ora, o que nós procuramos aí no mundo é estar bem connosco próprios e com aqueles que partilham aí do nosso amor; estar bem com esse outro que há em nós, a quem alguns chamam de consciência, e talvez com uma consciência humana mais vasta que aos poucos se vai formando e se adensa, como acreditava T. de Chardin.

Quando o desprezo pelos nossos inimigos os enraivece, geralmente porque algo na sua vida a que somos alheios não lhes correu bem, e eles se viram contra nós para finalmente nos atacar de frente, mostrando os dentes e assim, por fim, os lobos que são e sempre foram, é então que o músculo é mais preciso. Vencerá por fim o que tiver mais resistência e mais força, mas há que ter muito cuidado com os golpes rasteiros e traiçoeiros. É por isso que a escola histórica é tão importante e jamais poderá desprezar uma boa educação física.

terça-feira, 2 de julho de 2019

O ciclo económico

A vida é assim:

Um dia vais ao banco pedir cento e cinquenta mil
No outro vem a crise e ficas no desemprego
Vai-se a casa por metade e outra casa ainda
Vai-se o que havia e não havia
Menos a dívida.

E a vida cessa para que outra logo comece
No dia em que alguém vai ao banco
Pedir duzentos e cinquenta mil.

A casa é sempre a mesma,
Só a vida vai passando nela.

Até ao silêncio esguio dos ciprestes
Que as aves rasgam entediadas.

Entre a casa e o cemitério
Há um caminho de pedras mal caminhadas
E uma cruz antiga carcomida pelos líquenes.

E entre a vida assim e a vida tal como é
Há um rio infinito que quase ninguém vê.

quarta-feira, 26 de junho de 2019

O técnico

Penso em as semelhanças entre o técnico e a chave de parafusos. Em se uma chave não serve arranja-se outra que sirva. Penso simultaneamente em o político aparafusador.

E durmo. Tranquilo. Porque dormir faz bem. Naturalmente, com algum vinho por vezes mas jamais com benzodiapinas, Tinham de me internar primeiro. Nas Brancas de Leiria ou no Júlio dos Matos, ambos fechados entretanto (os loucos que lá havia será que estão agora no governo e nas autarquias?). Mas em breve certamente voltarão a abrir. Para mim e para os meus irmãos que não conheço, mas sei que são muitos. Tão loucamente saudáveis quanto eu. Estou certo que desunidos na união venceremos!

Para ti, meu técnico, uma última palavra: eu amo-te! Mas só quando te possuo e sei que és verdadeiramente meu. Quando és totalmente fiel à minha vontade (eu sei que eles, da empresa histórica, que te compram à semana e ao mès, também pensam assim...)

            Fonte: aqui

sexta-feira, 21 de junho de 2019

sexta-feira, 14 de junho de 2019

As "fake news" e a juris-inevitabilidade de um Ministério da Verdade

Mais um contributo meu para o "pügresso" da Ordem Jurídica europeia, nacional, municipal, intermunicipal e paroquial, sob a forma de subsídios para a futura Lei instituidora em cada Estado-membro da UE de um Ministério da Verdade, em substituição aos actuais polígrafos sociais, como é o caso deste e deste, instrumentos demasiado rudimentares, não adequadamente servidos pela Ciência, e não devidamente enquadrados pelas múltiplas instâncias da Ordem Jurídica.

Preâmbulo
A Verdade é um bem social caro, inestimável e insubstituível, que incumbe ao Estado a cada momento proteger e salvaguardar. A verdade só é Verdade se e enquanto for verdade de todos, isto é, do Estado. A mentira é, par definitio, a verdade não Oficial que, sendo necessariamente parcial, minoritária, difamadora, populista ou, no limite, dolosa dos superiores interesses do Estado e da inamovível e inquestionáve Dignidade moral das Corporações e Autoridades do Estado, deve ser severamente combatida e punida por Lei.

A Verdade é única, porquanto sobre a mesma coisa, facto ou acontecimento não pode haver duas verdades.  A Verdade Única é a Verdade Oficial.

A Verdade Histórica, a Verdade Jurídica, a Verdade Científica, a Verdade dos Factos e a Verdade de Estado são uma única e mesma Verdade: a Verdade Oficial. Em caso de conflito entre duas destas Verdades o Estado deverá intervir, de maneira a assegurar a devida concordância. Em caso de conflito entre duas Verdades Oficiais, o/a cidadane deverá seguir a Verdade Oficial do seu país, desse onde recebeu a marca do Grande Ferreiro. Os/as cidadanes possuindo múltiplas marcas podem eventualmente escolher entre as Verdades Oficiais ao seu dispor, e se acaso elas ainda não forem exactamente iguais, aquela que lhes for ao caso mais conveniente.

Definições
"Fake New" (definição): Qualquer dito ou escrito dirigido a um colectivo e não aprovado pelas autoridades nacionais da Verdade, designadamente os Ministérios da Verdade:
"Mentira": Qualquer dito ou escrito não aprovado pela Autoridade da Verdade, designadamente por chefe para o efeito legalmente reconhecido ou por membro do "Partido do Bem" ou "Partido do Estado";
"Agenda de Verdade": conjunto de coisas, temas ou assuntos de interesse geral e preocupação comum que a cada momento podem ser objecto de questionamento, dado o reconhecimento pelas autoridades do Estado e das Corporações da existência de discrepâncias significativas entre a Verdade Oficial e as Verdades Histórica, Jurídica, Científica e/ou a Verdade dos Factos;
"Axiomas de Verdade": dados, situações ou pressupostos tidos a priori como absolutamente Verdadeiros relativamente às coisas, temas ou assuntos em causa e que, sendo indispensáveis ao apuramento da Verdade Oficial, não podem ser questionados;
"Liberdade de Imprensa": liberdade de perguntar pelas coisas, temas ou assuntos que constam da Agenda de Verdade do Estado, observados os Axiomas de Verdade e colocada a pergunta de forma admissível ou seja, não ofensiva da Ordem Moral e da Hierarquia do Estado e das Corporações;
"Liberdade de Expressão": liberdade de falar, escrever ou manifestar-se sobre as questões que importa falar, escrever ou manifestar-se, e que são as que fazem parte da Agenda de Verdade do Estado e das Corporações, fazendo-o de modo análogo ao do exercício da referida Liberdade de Imprensa .

Artº 1º
Se acaso o dito ou escrito corresponder à Verdade Oficial sobre factos, pessoas ou acontecimentos narrados, e estiver conforme com as normas legais de redacção, então ele será bem-vindo e poderá ser publicado pelos órgãos de propaganda autorizados pelo Ministério da Verdade, sejam eles públicos, semi-públicos ou privados;

Arº 2º
Se o autor do dito ou escrito não for chefe ou alguém autorizado e devidamente acreditado junto dos órgãos competentes do Ministério da Verdade, então a sua voz, imagem e/ou nome não poderão vir a público ou ser objecto de qualuer divulgação; os ditos ou escritos aparecerão nesse caso sem assinatura, em modo de "Escrito de Todos Para Todos" ou serão, quando muito, publicados sob pseudónimo; em caso algum deverão ser publicitados nos órgãos de propaganda reconhecidos por Lei, e devidamente acreditados junto do Ministério da Verdade competente, nomes ou imagens de pessoas não membros do "Partido do Bem" ou "Partido do Estado".

Artº 3º
Os órgãos de informação e propaganda reconhecidos por Lei abster-se-ão de lançar suspeitas sobre pessoas investidas de Autoridade ou sobre coisas, temas ou assuntos de interesse geral ou colectivo "suscetíveis" de provocarem a inquietação social, mesmo que "setorial", para tal designadamente:
1. perguntando pela Verdade quando ela já existe, sob a forma de Verdade Oficial;
2. perguntando por coisas ou assuntos que não fazem parte da Agenda de Verdade do Ministério da Verdade;
3. perguntando pelos Axiomas de Verdade que sustentam a Ordem Moral e a Hierarquia do Estado e das Corporações.

Artº 4º
...

terça-feira, 11 de junho de 2019

Será porque já se sabe o suficiente?

Do tipo: células-tronco de ovócitos, úteros artificiais, imunidade genética, etc. Realmente, num planeta historicamente governado pela "utilidade", i.e., pelo poder dos "cobres", áureos, papeleiros, criptografrados, etc., desde sempre "valorizados" pelo mesmo - agora são as "armas inteligentes", mais ou menos maciças, equipadas com sistemas de geo-localização ultra-precisos e eficientes (capazes de matar um rato na despensa sem a destruirem), e ainda e sempre as velhas "ogivas antónias" - era de suspeitar haver no planeta Terra ainda tantos "zoos" humanos... Tinha de haver alguma razão... será que era essa?

https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2018/11/30/indios-em-reservas-sao-como-animais-em-zoologicos-diz-bolsonaro.ghtml 
Fonte: daui

quarta-feira, 29 de maio de 2019

A mediocracia e as novas tecnologias: o caso da saúde

Fonte: daqui

Ahistória é uma velha matreira. Apanha as moscas com mel e não com vinagre. Pergunta-se: "Será que sempre houve excelentes profissionais em toda e qualquer profissão?" E a resposta só pode ser um sonoro "Claro que sim!" Mas convém não esquecer Gauss e o Teorema do Limite Central: "Se tomada aleatoriamente uma amostra suficientemente grande de profissionais de uma dada profissão e medida de alguma maneira razoável a qualidade do desempenho profissional de cada um deles, então é expectável que a qualidade nessa amostra se distribua segundo uma curva normal ou gaussiana. Por outras palavras, uma maioria de profissionais terá um desempenho médio ou mais ou menos próximo da média de desempenho (isso vai depender do desvio padrão da amostra), e uma minoria terá ou um desempenho excelente ou um desempenho muito mau. Ora, a história fá-la a maioria e não as minorias, designadamente a dos profissionais excelentes. Profissionais cujos maiores inimigos na classe profissional não são os muito maus, que são poucos como eles e temem-nos, mas os médios, que são a maioria. Qualquer política interessada no facere da classe profissional deve pois dirigir-se preferencialmente à média e ter por referência o profissional médio, sob pena de virar contra ela a maioria dos profissionais da classe, que são médios. O médio, que nem é muito bom nem muito mau, não é aquele que simplesmente nega ou aceita a política; é mais o que se presta à negociação, ou seja, que se dispõe à retórica do convencimento: é ele que se dispõe a convencer e a ser convencido, ele que não é o profissional excelente e até geralmente o teme, pois é o que põe em evidência a falta de qualidade do seu deempenho profissional, ou a distância a que ele está da excelência. Ora, o autor das políticas não tem de ser – nem o é geralmente – um profissional excelente da classe que interessa a tais políticas. Nem sempre é, por exemplo, um médico ou um professor excelente, e frequentemente nem sequer domina suficientemente o saber técnico necessário ao exercício das profissões cujas actividades interessam à sua política. É, na melhor das hipóteses, um profissional excelente entre médios e, na pior, alguém que não domina o saber técnico profissional. Poderá chamar si as questões técnicas para as tentar resolver e poderá munir-se de pareceres técnicos de profissionais excelentes, mas se acaso não der principalmente ouvidos aos representantes da maioria dos profissionais o mais certo é não ter grande sucesso; em particular as soluções desafiadoras do status quo profissional ou que impliquem melhor desempenho profissional serão provavelmente recebidas com desagrado pela maioria. Os pareceres técnicos de colegas excelentes poderão ser percebidos como carentes de realismo, opiniões de quem vive nas nuvens ou não conhece bem a realidade da profissão. Os representantes da classe com quem o político negoceia devem ser representantes da maioria, que são os profissionais médios, pois de outra maneira seriam representantes de uma facção minoritária da classe, ou muito boa ou muito má profissionalmente, e o que fosse acordado (ou concertado) nessa situação a maioria provavelmente não o aceitaria. A linguagem do político é, historicamente, a jurídica, e o objectivo da política é a lei, o dar seguimento à ordem por via do convencimento e não pela força ou pela violência, o que teria custos incomparavelmente maiores. Vejamos o exemplo de uma questão susceptível de negociação: a introdução da Inteligência Artificuial (IA) na prática profissional corrente dos médicos (podia também ser o da introdução do e-learning na prática profissional dos professores, ou, relativamente a estes ainda, a questão não propriamente tecnológica da flexibilidade curricular). Os médicos médios, representativos da maioria da classe médica, temerão desde logo pelo emprego e pelo corte de salários, porquanto se forem as máquinas em vez deles a diagnosticarem doenças ou a proporem terapêuticas, parece que deixa de haver razões substanciais capazes de justificarem a sua presença aí no "sector" da saúde. Por seu lado, o médico excelente dirá que os algoritmos de IA não nascem do nada, que carecem de constante actualizações dada a evolução da ciência médica, e que se algo de importante eles podem aprender é com o trabalho dos profissionais excelentes da medicina, i.e., com o trabalho da minoria que, democraticamente, não representa a classe médica. O político, sabendo disso ou não, há uma coisa que sabe certamente: se conseguir convencer os representantes da classe i.e., os médicos nem péssimos nem excelentes, de que os seus empregos e salários não estão em risco, mas somente a possibilidade de fazerem diagnósticos mais rápidos e certeiros, ou seja, de fazerem melhor o trabalho que fazem com menos necessidade de esforço próprio, então a introdução da IA na prática médica corrente poderá tornar-se a breve trecho uma realidade jurídica. A maioria dos médicos médios ficará contente se e enquanto a introdução da IA não afectar os seus salários e não puser em risco os seus empregos, e os médicos que vierem a seguir, como costuma dizer-se, que tratem de fechar a porta; desde logo eles poderão nem sequer vir, ou vir em situação profissional bastante mais precária ou desinteressante, porquanto as tarefas essenciais do médico estarão já legalmente entregues aos algoritmos inteligentes. Por um lado, suave e docemente, a maioria dos médicos (médios) é levadaa trair os futuros jovens médicos, nomeadamente negando, a alguns deles pelo menos, a possibilidade de poderem tornar-se aí no “sector” profissionais excelentes; por outro, poupa-se a maioria dos médicos ao esforço de tentarem ser melhores médicos, desejavelmente médicos excelentes. A prazo mais ou menos curto os sistemas de IA dos SNS aprenderão somente com médicos médios, pois os médicos excelentes tenderão, por falta de estímulos e até perseguição, a ser cada vez menos, afastando-se nomeadamente de um SNS cujos colegas médios os tendem ver menos como indispensáveis do que como uma ameaça à profissão. A lei do menor esforço aplicar-se-á, como parece ser natural: a tendência dos médicos médios, crescentemente poupados à competição com os médicos excelentes, será para piorarem e não para melhorarem o seu desempenho profissional. E as comparações entre diferentes SNS serão gradualmente comparações entre coisas geralmente más ou medíocres, e não entre coisas onde o mau, o médio e o excelente podiam aparecer. Dir-se-á então que os melhores médicos tenderão a mudar-se para o "privado"... só que isso é não compreender que quando o "privado" aumenta de tamanho ele acaba por tornar-se "público", e o "privado" tem afinal as mesmas ambições históricas de grandeza do que o "público". A coisa só funcionaria relativamente bem se e enquanto houvesse de facto verdadeira concorrência entre muitos privados operando aí no "sector" da saúde; perante grandes empresas do sector da saúde operando no mercado nas mesmas condições legais das pequenas estas tenderão a desaparecer, e os monopólios privados da saúde resultantes acabarão por sofrer dos mesmos males do que os públicos SNS; neles haverá também uma maioria de profissionais médios representativa da classe que, face aos desafios da profissão, designadamente tecnológicos, negociará com os CEO da empresa da mesma forma, temendo as propostas dos médicos excelentes e vendo a sua presença aí mais como ameaça do que como exemplo a seguir rumo à excelência. O que tende da mesma maneira a afastá-los daí. É certo que enquanto persistir a discussão estéril "público" versus "privado", os "privados" da saúde haverão de extorquir biliões a uma "classe média" da sociedade confrontada com a crescente degradação dos serviços "públicos" de saúde e crente de que o "privado” é melhor do que o “público", pois é – julga – para lá que vão os médicos excelentes... Na verdade é globalmente a saúde que perde. Os médicos excelentes, os poucos que ainda tiverem condições para o ser, tenderão a diminuir e estarão, na melhor das hipóteses, no estrangeiro ou ao serviço de famílias muito ricas. Veja-se então a ironia: nem o estado nem a grande empresa do negócio da saúde tendem a valorizar os profissionais excelentes, mas somente uma certa elite de pessoas do estado ou da grande empresa económica, que pode até bem ser uma certa elite accionista da grande empresa do negócio global da saúde. Um certo jacobinismo histórico, crente dos opostos e de que a inteligência humana é mercadoria como outra qualquer – crente nomeadamente de que ela tem um preço e pode ser obrigada a vender-se – poderá perseguir os médicos excelentes e opor-se à protecção que as famílias ricas lhes dão, e decerto poderá contar para isso com o apoio da mediocridade profissional e até do chamado "povo". Face a um cenário destes ocorre perguntar: quem serão afinal os grandes culpados da degradação dos serviços de saúde? Ou da precariedade profissional dos jovens chegados à profissão? Serão por acaso os médicos excelentes? A tecnologia? As famílias ricas que dão protecção aos médicos excelentes? A democracia? E que tal a mediocracia corporativa ou de classe?

Post scriptum: Sim, eu sei que há a curva da "qualidade humana" do Pareto e a lenda das ervilhas. A história é um manancial de lendas. A questão é que a curva do Pareto é histórica, e isso só piora as coisas. É já a curva da mediocridade quando o mais notável dos medíocres lidera, como se ele fosse a vagem fora da ervilheira. 

domingo, 26 de maio de 2019

Sejamos um nadinha mais claros a propósito do admirável mundo novo (da esmagadora maioria) controlado pela IA

... porque, para ser mais claro ainda, seria justo que alguém me pagasse para isso... (agora, por exemplo, enquanto escrevo isto, estou a atrasar o meu jantar, e eu, como sabem decerto, não sou Deus: também tenho de me alimentar, sob pena de entrar em fraqueza...)

Primeiro uma gargalhada (que faz muito bem à saúde, asseguram os "espertos"): Ah ah ah ah... agora a ética está no algoritmo! ah ah ah ah ah... Nada de surpreendente porém; já temos há muito notícias, por exemplo, dos erros do sistema "inteligente" do fisco indígena. "Ele" comete-os, não é juridicamente imputável por eles, como parece aliás lógico (qualquer dia matava-se um gajo e dizia-se que a culpa era mesmo da pistola...), e quem se lixa é sempre o mexilhão. O mexilhão que, por exemplo, não tem acesso às subrotinas do algoritmo que permitem fazer DELETE ou FORGET nas dívidas fiscais, nem às que causam apagões fiscais do tipo "UNRECOVERABLE SYSTEM ERROR - ALL DATA HAS BEEN LOST" quando estão em causa quantias mais "volumosas", mais "suscetíveis" de embbaraçar o pobre algoritmo. A questão tem tudo a ver com a focagem; de nada servem comissões de ética ou entidades reguladoras, generosamente pagas e publicitadas pelo estado, pela indústria (ou, o que é mais provável, por ambos), comissões e entidades que hão-de desdobrar e esmuiuçar tanto os problemas e fazê-los tanto render até ao ponto em que se torna irreversível serem os mesmos de sempre a lixar-se, ou seja, a grande maioria que historicamente sustenta (a máquina) do estado e que paga a tais comissões e entidades. A questão é: qualquer actividade ou sistema controlado pela IA ou pela IoT deve ter três "botões" bem à vista: um que diga "UNDO" (com a possibilidade de "RESET"); outro que diga "MANUAL CONTROL" e outro que diga, simplesmente, "TURN-OFF" ou "SHUT DOWN". Ou seja, deve ser sempre, e em qualquer circunstância, possível ao utilizador, quando ele bem quiser, anular a decisão que a máquina ou sistema tomou por si; decicidir por si tudo o que houver para decidir, sem qualquer excepção; em particular decidir contrariamente ou de modo diferente daquele que o algoritmo decidiu; e deve ainda ser possível ao mesmo utilizador, por decisão própria e não sujeita a qualquer tipo de condições, tipo autorização prévia ou inquérito, tomar as decisões que lhe aprouverem por si próprio, sem qualquer ajuda dos sistemas de IA ou IoT. Tudo o que seja que escape a alguma destas possibilidades de controlo será muito mau, pois ferirá de morte o histórico livre-arbítrio das pessoas. Curiosamente, não se ouve falar das primordiais questões que um "futuro" dominado pela IA levanta: as jurídicas, nomeadamente relativas à intencionalidade e responsabilidade dos sujeitos agentes pelas suas acções. Isso é, no mínimo, estranhíssimo. 

sábado, 25 de maio de 2019

Historicamente a liberdade não podia ser, mas parece que até o livre-arbítrio era demais...

Desde o começo a história não se dá bem com a liberdade da maioria, ou talvez melhor: com a liberdade da maioria ela pura e simplesmente não se dá. Mas conseguiu, pelo menos até há bem pouco tempo e com as devidas excepções (nomeadamente as totalitárias), dar-se bem com o livre-arbítrio i.e., com a possibilidade de escolha humana entre opções dadas. O que esta senhora diz (o que não quer dizer que ela seja boa ou má pessoa; não a conheço de lado nenhum aliás), por exemplo, fazia até há pouco tempo todo o sentido. Quem hoje se opõe ao que ela diz, sem ter consciência disso provavelmente, opõe-se (uma vez mais) ao livre-arbítrio ou seja, à possibilidade de o ser humano poder escolher entre transgredir uma lei ou obedecer-lhe; entre fazer o bem ou o mal a si mesmo ou aos outros, naturalmente pagando ou sendo recompensado por isso. Quem se opõe ao que a senhora diz são hoje em particular os que depositam uma fé cega na Inteligência Artificial e na IoT (cega porque só vê o lado bom da coisa, como se a coisa técnica, a faca por exemplo, só pudesse ser usada para o bem, para descascar batatas por exemplo), sem verem que a intenção pode bem ser mesmo essa: a de acabar de uma vez por todas com o livre-arbítrio da esmagadora maioria dos seres-na cultura do humano. O sonho dos programadores informáticos é o velho sonho de muitos legisladores: o de programarem eficazmente a "máquina social" de modo que na cidade só aconteça exactamente aquilo que eles querem que aconteca, e que nada aconteça que eles temam ou não queiram que aconteça, onde, quando e da maneira que querem. Quanto ao "todos" da cidade ou à inclusão, só um cego pode não ver que ao longo da história a liberdade (a possibilidade de ser-aí como um verdadeiro começo, como Arendt percebeu) e até o livre arbítrio sempre foram privilégio de alguns e geralmente de poucos. Muitos, por exemplo, tiveram de escolher entre morrer e manter-se aí na cidade como escravos, o que ainda assim foi uma escolha. Agora a ideia é que as máquinas decidam pela esmagadora maioria dos seres o que, quando, onde e como eles vão fazer. E a ordem jurídica, que se alimenta da chamada "opinião pública", deve ser oleada para que isso possa acontecer o mais rapidamente possível - o "futuro" não pode esperar, dizem os "gurus". Será ainda possível contrariar esse inevitável destino totalitário que nos espera? Ora, pela generalidade dos comentários que se vão vendo por aí, tal como pelo aparente silêncio académico em relação ao assunto, tenho pouca esperança nisso... Oxalá, sinceramente, me engane.

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Vê...

... será que ainda vês? Que ainda consegues ver o momento histórico? Essa hora em que os teus olhos desesperadamente cegam ávidos da verdade que já não encontram? Vê: serás tu ainda quem pelos teus olhos vê o que vê? O que terá acontecido? - perguntas aflito! E a resposta é nada ou o mesmo de sempre. No nada te escondes, e no mesmo de sempre também escondes contigo alguém. A consciência nestas alturas é um estado proibido, será que compreendes? E tu aceita-lo, porque sempre aceitaste e porque te habituaram a superar o limite do aceitável. Para te julgares o rei, o maior, o herói desde que nasceste... Temo que acabes só e cheio de ti, mas isso é porque sou um supersticioso. É claro que até lá chegares serás o mais bem acompanhado de todos os seres. O único. Serás o último dos infelizes, e a pena é mesmo essa: seres o infeliz por cima de todos os infelizes, o infeliz lapidar que lembra e sinaliza o crime. É a vida que a história te reservou. Um dia talvez possas compreender, ou talvez não outra vez. Agora, esquece. Vai e dorme como um anjinho. Alguém por ti continurá vigilante, mas só enquanto deixares é claro. És tu quem pode, e quem pode manda, não foi o que te ensinaram?

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Será? Se sim, então o que será que será?


Nas minhas últimas 152 incarnações, tanto quanto pude apurar junto do Geneall, e das autoridades de "rezisto" da "divina" ordem jurídica da cidade, já me chamaram, entre outras coisas:

fariseu
agitador social
falso profeta
bárbaro
selvagem
índio
fufa/o
adúltero/a
fascista
comunista
anti-comunista
terrorista
judeu
diabo
infiél
blasfemo
tóxico
estrangeiro
herege
girondino
rebelde
menchevique
eurocético
europeísta
carbonário
intolerante
radical
anti-semita
extremista
fora-da-lei
inimigo do povo
desordeiro
ditador
capitalista
reaccionário
sionista
anti-liberal
liberal
anarquista
nacionalista
ianque
maçon
autonomista
globalista
anti-globalista
insurrecto
revoltoso
desestabilizador
tradicionalista
absolutista
branco
preto
amarelo
secessionista
unionista
pacifista
ecologista
poluidor
contra
livre pensador
jihadista
olimpista
seringueiro
grevista
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fura-greves
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contrabandista
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faccioso
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bandoleiro
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anti-americanista
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peronista
franquista
independentista
palestiniano
colono
protestante
integralista
reintegralista
partisan
miliciano
benfiquista
dragão
anti-benfiquista
leão
etc.
et.
e.

A pergunta é: "Aguentará um homem ser tanta coisa e coisas tão diferentes, ao mesmo tempo ou em tempos diferentes de si?; Ou então: “Estará o mal somente em ele, no ser em si recorrente devindo aí na cidade sempre como erva daninha da cidade desde que  cidade começou?” Ou até: “Haverá alguma coisa de errado na cidade; algo que ela para poder ser não pode deixar de ser, o que faz todo o sentido?”

segunda-feira, 20 de maio de 2019

O Rawls "oviamente" enganou-se...

Fonte: daqui

... o que ele queria dizer era: a "ação" pode ser má somente quando são poucos os responsáveis por ela; quando são muitos a "ajudar" à "ação" ela torna-se boa, não por natureza mas sim por obra e graça do mistério insondável da Jvstitia.... (sim, essa mesma que uma década ou mais depois dos crimes das PPP rodoviárias, que multiplicaram por cinquenta e tal vezes o preço a pagar pelo "camelo" às concessionárias amigas, ainda está a pensar, muito devagar devagarinho como convém à jurisprudência, em se há-de ou não acusar os "respetivos criminosos", uns bons rapazes da ilustre fidalguia lusitana que, certamente para orgulho das tias lá da província. chegaram um dia, tal como o "saudoso" Dias Loureiro, ao cargo de ministros do reyno (a "exceção" do "injustiçado" Duarte Lima que, mesmo assim, chegou a vogal da Comissão de Ética do Instituto Português de Oncologia de Lisboa, entre 2002 e 2005, serve para confirmar a regra), isto quando o mais certo é os "crimes" entretanto já haverem todos prescrito.... O hino da coisa romana é, como sabeis, da autoria do Tozé Brito  e quem o canta são as imortais Cocktail;  reza assim: "O que passou passou/Aquele banco de jardim passou/etc. trolaró.. laró... etc.)

Dos "simples" do reyno dos CEO's; dos "gajos porreiros" do governo da "paróquia" que até emprestam o "catrapilo" da junta aos fregueses, com motorista incluído, para "darem um jeitinho lá à serventia"

O "catrapilo" da junta

A coisa é crónica e bem romana... e dá azo a que os "homens bons" e "gajos porreiros" não se possam mais tarde acusar de serem gentinha acostumada a dizer, por exemplo: "Ó Serafim, se puderes vai-me à cuprativa (com a carrinha da junta) e traz-me de lá 10 sacos de adubo pra mim... " ou "Ó Ermelina (que és funcionária da junta), quando puderes há-des ver-me aí como é do meu IRS,,,"

(... note-se que a escola histórica não pode ensinar isto... pois perguntar é algo que "enerva" os mercados e os "donos dito tudo" que lhe pagam os "projetos", lhe dão espaço mediático de propaganda e genericamente a sustentam... pelo que estes ensinamentos que eu dou aqui, graciosamente e por verdadeiro altruísmo humano, são muito valiosos...)

Ora, dizia,

O mal, como a erva daninha, começa sempre em baixo, na "paróquia" e seus "fregueses", "gentinha muito simples" e muito "humilde", dirigente das colectividades e outras associações "paroquiais" visando ao bem de "todos nózes".... À medida que a "coisa" vai "subindo" vai crescendo também; segue para as listas da "avariação municipal" até à "respetiva" presidência; desta parte rumo às distritais partidárias; destas até às "respetivas" comissões e conselhos nacionais; destes até à nacional deputação e ao "desgoverno republicano"; entretanto vai assumindo posições honorárias ou eméritas em conselhos não executivos de bancos, IPSS's e outras associações e fundações "do Bem" (pelo caminho, manda a velha tradição monárquica que  a "república" lhe dê as inevitáveis prebendas & comendas), de modos que, quando chega aos locais de "desgoverno" da UE, comissariais e deputais nomeadamente, e destes passa para as administrações dos órgãos "supranacionais" tipo OCDE, FMI, Banco Central Europeu, Eurostat, etc. etc., etc., ou sobe daí até às divinas esferas do "G8", "G20", Goldman Sachs, etc. ou então corre o risco de dar um enorme trambolhão... A coisa já não tem outra solução... E veja-se como tudo começou em "baixo", na "paróquia" de gentinha "humilde, hunesta e muito simplezinha", gentinha obediente ao "pai que está no CEO mais próximo", e que sabe sempre mais da "coisa" do que ela, dessa "coisa" para a qual ela tão devota e esforçadamente "trabalha"... sem nunca saber ao certo o que seja... até porque fica mal fazer muitas perguntas, algo que dá "força" às "oposições más" que são sempre os "outros" (Sartre)... É um "mal" que juridicamente se refina, e cresce "ecunomicamente", à medida que vai subindo... Elizabeth Anscombe, que poucos "académicos" indígenas terão lido e que os "simples que a nózes todos governam " seguramente não leram... porque ler faz-lhes mal à "cabecinha"...) disse o essencial da "coisa" que agora dá pelo nome de "ação" ... humana...