segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Leituras do tempo CI - Os eunucos imaculados indígenas das sciências... médicales... aussi ... e a falta de "quadros" portugaliae nas instituições européennes...

«[...] Além do Dr. Frosques, desfilam por aí muitos Simas e Mexias que desprezam a destrinça entre pronunciamento público e publicitário. É triste e sintomático do tipo de sociedade em que nos encontramos que não tenham sido os próprios a assumir as suas ligações partidárias, os seus patrocínios. Ou seja, o Governo e a comunicação social promoveram estas figuras como especialistas, como independentes, imparciais, neutros, puros cientistas (como se isso fosse sequer possível), quando, na verdade, muitos não passam de assalariados, peões, lobistas, vendilhões do medo e duas pílulas, ou até mesmo lacaios de outras grandes forças. Ou seja, recebendo financiamentos privados, jamais podem representar o bem público, o tal bem comum, e tão-pouco emitir opiniões isentas. Ou se defende um interesse particular ou se defende o interesse de todos. Sucede que num país como Portugal, com tão pouca cultura de transparência e prestação de contas, com tantas fragilidades económicas, ainda para mais altamente pressionado para o tal unanimismo sobre a covid, a lisura e a honestidade estão moribundas. Estas personagens ora acham-se a salvo de escrutínio, impunes, ora estão deslumbradas pelo vil metal e pela sede de protagonismo. Até se admite que cientistas recebam apoios das farmacêuticas e claro que qualquer profissional de saúde ou influencer sanitário pode ter simpatia ou militância partidária. O que Dr. Jekyll & Mr Hyde não podem fazer é escondê-la e apresentarem-se publicamente como virginais, imaculados, verdadeiros eunucos da medicina [...]

Joana Amaral Dias, DN, 30 de Agosto de 2021

Depois há ainda esta maravilha... do Fernando Frutuoso de Melo... segundo quem "Há um decréscimo perigoso de portugueses nas instituições europeias"... trazendo à nossa torturada lembrança a velha "tradição" indígena dos concursos para provimento de "quadros" da função pública... concvrsos pvramente  "meritocráticos".. como tão bem sabemos... e tão bué exigentes e "inclvsivos" (lembro aquele, por exemplo, em que se exigia, sem racismo "mau", que o candidato não tivesse «mais de 5 dentes em falta, não substituídos por prótese, ou menos de 20 dentes naturais (à exceção dos sisos), ou perda de dente cuja localização cause má aparência».... o que será feito da canalha que redigiu tão lindas "cláusulas" de canditatvra?... será que já chegou a "diretora"-geral, a sub-secretária do estado, a ministras?)... Veja aqui um excerto:

«[...] O "perigosamente" é porque eu não estou a ver gerações de substituição". Esta quebra acentuada terá consequências: "a perda da sensibilidade portuguesa no processo de decisão, a perda de informação sobre a realidade portuguesa nos processos de tomada de decisão e perda de influência interna" junto da União Europeia. Fernando Frutuoso de Melo alerta para a necessidade de preparar portugueses que consigam entrar nas instituições europeias. "A dificuldade em passar nos concursos de acesso" é a mais evidente, principalmente porque "o tipo de concurso não ter nada a ver com o tipo de avaliações a que as pessoas estão habituadas cá". [...]»

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