Quando não há consenso sobre a verdade dos factos, a solução é i-los moldando aos poucos e habilidosamente; é limar algumas das suas arestas mais feroces e intragáveis, realçar outras para que adquiram o "peso" e o brilho que não têm... ajuntando-se ao servil de muitas réguas, compassos e esferas, e, subtilmente, ir amaciando um ou outro facto... sob o dossel de prata da linguagem prolixa... historicamente usada para encobrimento da merda que não raramente tem por baixo... Dos fascistas assassinatos em série no caso, da tortura humana, do ar irrespirável das masmorras dessa baixa lisboeta que é "tã linda, linda de morrer", da censura aos autênticos liberais (e.g. a Voltaire), e, enfim, usada para a apologética da escuma de uma vaidade provinciana que até teve por amigos reis, além de muitos "dótores & ingenheiros" - mais apropriadamente "arquitetos" de tudo e mais alguma coisa, desde que grande, chocante, ofensiva da inteligência natural do ser na cultura (do humano) onde jaz, de facto, a verdadeira humanidade... Um pulha da pior espécie esse Pombal e os lambe-botas dele, que agora anda uma vez mais a ser polido e reescrito, alimentando-se assim o nojo de uma academia dada ao nojento (é como aquela atracção infantil pelos excrementos e os tratados sobre eles - escatológicos no literal sentido) e castigando-se, como se deve (julgam estes "sábios de merda", outra vez no literal sentido) a pouca inteligência à solta que ainda resta por aí, incapaz de dar-se no nojo do histórico prostíbulo intelectual em que a escola tantas vezes se transformou...
PS: Aguarda-se ansiosamente a reabilitação de Robespierre, outro grande "arquiteto" "liberal" e inventor de "novas tecnologias" que a história conheceu... ou talvez não... porque levou com a guilhotina no pescoço...
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