Eu lembro vagamente... (será já deformada memória onírica?)... a chegada ao aeroporto da Portela, entre Abril e Maio de 1974, da liberdade e da democracia... vinham ambas de Paris... ou coisa assim... (de um qualquer sítio bem mais iluminado que esta choça pidesca)... a primeira... mais franzina... calçava chinelos... sandálias talvez... e a segunda... mais anafada... lembro que à chegada, lá do cimo da escada, enquanto acenava, já parecia querer dizer adeus... se nalguma coisa reparei bem... sim... pode ser já tudo memória de um sonho... foi que vieram em voos diferentes...um sinal talvez... ou memórias de um sonhado Abril que afinal não chegou a ser.... tinha então 9 anos de idade... e lembro que a minha mãe estava feliz...
E disse o mestre ao discípulo em plena era digital: «Não temas o algoritmo inteligente sempre apostado em fazer-te desaparecer do seu mundo se lhe desagradas; enquanto podes e não é tarde demais, afasta-te dos ecrãs e vai analógico ao encontro dos teus amigos. Abraça-os, beija-os, joga à bola ou vai vai à praia com eles; faz alguma coisa com o teu corpo que o deles também possa sentir, e verás então se eles verdadeiramente gostam ou não.»
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