segunda-feira, 13 de maio de 2019

As minhas previsões V - a inevitável desmaterialização do dinheiro mau que polui

A desmeterializaçao do dinheiro é uma inevitabilidade histórica, até para combater a absolutamente má informalidade na "ecunumia". No admirável mundo novo digital que está mesmo mesmo mesmo mesmo aí ao virar da esquina, a vida humana deve ser totalmente formal, além de 100% ordenada, reciclável e previsível. As surpresas enervam os mercados e tiram o sono aos investidores internos, externos, das alfândegas, etc.

Eis a minha previsão: depois da inevitável "eleição" de Outrubro, com os resultados já previamente conhecidos da sondagem, o moço de pinha branca desse banco do portugálio que paga tão bem aos seus, terá "óviamente" de ser substituído, por razões de velhice natural; entrementes, as doutas castas causídicas da praça elaboram doutos pareceres, à razão de EUR 10 000/caractere, incluindo espaços; algumas almas mais altruístas avançarão desde logo com propostas de lei para a "justa" cobrança de comissões, para já apenas a alguns mais "favorecidos" entre os "desvorecidos em geral" que, de uma maneira ou de outra, as hão-de pagar; pelo meio, haverá estudos técnico-científicos universitários, encomendados a doutores especializados na matéria, mostrando a racionalidade da taxa; e idênticos estudos, agora de "caráter" "meio-ambiental", comparando os efeitos da taxa de levantamento de dinheiro no MB (uma coisa original que o "camelo" indígena pagou muito bem...não é SIBS?) aos da taxa sobre os saquinhos de plástico, as palhinas, etc., concluindo, inevitavelmente, que a primeira terá "impato" globalmente positivos na luta da "humanidade" contra o "aquecimento global", etc, etc. Custa um bocadinho desmaterializar a "ecunumia", torná-la 100% espiritual por assim dizer, mas que a coisa vai lá, isso vai de certeza!

domingo, 28 de abril de 2019

Dos ilustres filósofos desconhecidos. Estranhamente dir-se-á... mas convém não esquecer o esgoto de império romano que isto é... nas palavras de Sena... o exemplo maior para o mundo do pior que tudo pode ser...


Elizabeth Anscombe

(Limerick Irlanda, 19 de março de 1919 — Cambridge, Reino (des)Unido, 5 de janeiro de 2001)

Nem me parece que o João Carlos Espada se haja alguma vez  lembrado dela , ele que também deve ter escrito bastantes vezes a palavra "consequencialismo"...

E se...

... a chamada "crise da adolescência" não fosse mais afinal do que uma crise que a história impõe ao ser na cultura do humano, para o destruir, tal como o Édipo se destruiu a si próprio, exilado-se e arrancando os próprios olhos?

sábado, 27 de abril de 2019

Da grande revolução de agora que era ontem e será amanhã


Para a história continuar, quando o absurdo a invade e corrompe a cidade até esta se dividir em duas, tomando posições para o próximo sacrifício humano em massa - há que purgá-la dos maus infecciosos, que são os não muitos que ainda pensam por si, já que os outros, que são sempre um pouco mais, são úteis aos bons, para a marcha histórica do trabalhinho. A Terra roda e nela não pode ser sempre dia ou sempre noite, à excepção desses lugares polares frios habitados, a Norte, por ursos, e, a Sul, por pinguins. A preparação para a revolução é o mais importante para que o acontecer da revolução seja uma revolução-de-si mas jamais o pareça.  Para que a história continue a ser essencialmente o que é desde o início, uma interminável dança. A purga deve naturalmente ser feita pelos revolucionários, e alguns deles talvez sintam a dada altura uma estranha leveza, como se a empresa revolucionária que ao início lhes pareceu tão temerária e difícil surgisse agora estranhamente leve e facilitada. Ora, isso é já o efeito daquela preparação para a revolução. Mas como se prepara afinal uma revolução? Certo é que todas as revoluções precisam de apoio financeiro e de uma propaganda eficaz. Sem dinheiro e sem propaganda não há revoluções, e quando o absurdo invade a história e a corrompe por dentro a história corre o risco de deixar de ser, esse que é o pior de todos os riscos. A história sem movimento é como o universo sem lei da gravitação: ninguém sabe ao certo para onde vão os astros e as estrelas arriscam colidir umas contra as outras numa desordem legal assustadora - pensa o deus Sol e pensam os seus dignitários ou regentes. Mas qualquer propaganda precisa de uma agenda o mais fechada e completa possível. Para cada item da agenda há que pensar pelo menos em duas saídas possíveis, diferentes mas igualmente inócuas para a lei gravitacional que mantém a história, tal como é, em movimento de rotação. Quando tiverem de escolher, os "jovens" revolucionários escolherão entre as opções dadas, e porém convencidos de terem sido eles a escolhê-las. A frase "os velhos não fazem revoluções" é certa só até certo ponto; o que alguns "velhos" fazem é mesmo prepará-las cuidadosamente, de maneira que os "jovens" acreditem nelas e, ao fazê-las, acreditem que são eles que as estão fazendo; porém o que os "jovens" historicamente fazem é seguir o plano rigorosamente estudado e delineado pelo "velhos sábios" da cidade que estão sempre dos dois lados; ainda do lado onde a noite dorme, e já do lado onde o Sol acordou. Eles simplesmente esperam, pois a noite e o dia é para eles indiferente; é apenas sinal de que a Terra se move e continua a mover-se, e com ela a interminável história humana pela qual tanto se bateram nestes últimos 5% do tempo de existência humana. A agenda dos "jovens" tem hoje no topo a "luta contra o aquecimento global" e, par extentio, a luta descarbonizadora e desmaterializadora contra os seres poluentes e tóxicos da cidade. Por detrás das suas globais manifestações há um "velho" em especial que se ri: Sófocles e o seu Édipo.

quinta-feira, 25 de abril de 2019

quinta-feira, 18 de abril de 2019

Penso em que historicamente a verdade depende do número...

... e não só o poder, como dizia a minha querida Hannah Arendt... parece até que a conheci ou andei na escola com ela...


Foto: daqui


Penso em eu que ainda aconteço, porque careço da neuroplasticidade que a história espera de mim...

Penso em que a neuroplasticidade chamava-se antes ir atrás do rebanho, atirar-se ao poço só porque os outros se atiram, ser "maria vai com deus", etc.

Foto: daqui

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Reality check I: afinal os camiões autónomos ainda não são; afinal as sociedades ainda não se desmaterializaram; afinal o "novo mundo" digital ainda não é...

... afinal o tempo de gestação de um novo ser humano continua a andar à volta de nove meses...

- como irá o ser na história tirar partido disto para o seu imprescindível movimento?
- o que será quando a Internet colapsar?
- ou os serviços de telecomunicações?
- ou...

talvez fosse bom pensar nisso...

... porém o que estará agora na agenda parece ser a  "nova" lei seca... a cruzada contra o "sal" e o "açucar" como se não houvesse vários sais e açucares...
... e, claro, sempre, a luta contra a liberdade em nome da liberdade... é "urgente" legislar sobre as "fake news"... para que a "verdade" seja aquilo que o legislador quer, quando, onde e como ele quer...

,,, histórico portanto.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Do ser cidade

A cidade é o lugar onde cada um desconhece completamente a esmagadora maioria dos outros, apesar de não ter a consciência disso, porque os "conhece de vista" ou como se diz "virtualmente" através dos meios de comunicação de massas, como é o caso agora das chamadas "redes sociais"....

A cidade, como criatura jurídica, tem tanto de bom como de mau, como qualquer criação técnica do ser na cultura, mas o que tem de bom e de mau é à sua escala: à escala do grande.


Fonte: daqui

segunda-feira, 25 de março de 2019

Em o instante do fim

Em o instante do fim a causa
esconde-se milesimal no ínscrito
das coisas pequenas, na vertente mínima
do dizer verticial, do aguçado calando
o dito muito não ouvido antes quando ainda a pausa
brevia no cheio da extensão, como uma esperança,
e o cume era ainda um amontoar
de coisa pequenas não ditas, porque não eram precisas.

Em o instante do fim a causa precisa do fim urge dizê-la
porque sem causa todo o desaparecer é misterioso e triste
- um ir-se embora assim sem dizer adeus nem porquê.

A causa portanto é isto.

terça-feira, 19 de março de 2019

Diário da minha vida digital VIII - A possessão pelo demónio da minha RAM

Caros irmãos, irmãs e irmes digitais, queridos robôs, robotas e robotes, cu-laboradores como eu deste nosso admirável mundo novo digital, este nosso mundo lindo de morrer e a caminho de Marte em breve...

Estava eu pensando (em C++) em mim como um PC possuído, a pedir esconjuro ou exorcismo legal, de RAM ou alma infectada por um "Processo anfitrião dos serviços do Windows"... (o conhecido Diabo que tem pelo menos 10^9 faces digitais)... que me torna lentíssimo... tipo lesma muito cansada... Solução? Ora, Ctrl+alt+del, depois seleccionar "Iniciar Gestor de Tarefas"; depois seleccionar "Processos"; aí ver um "processo" (que nome lindo, e tão histórico...) que esteja a consumir mais "alma" do que o normal (1 ou mais Gbytes normalmente); depois seleccionar esse processo e, com a tecla direita do vosso "rato" ("rata" ou "rate"), selecctionar "Terminar processo"... A despossessão poderá causar em vós durante alguns segundos espasmos e tremideiras como nas sezões (já era assim de resto na Idade Média, quando o Pai de todos nós, o Grande Programador, ensaiava o Governo do Mundo ainda sem os necessários meios da Grande Rede) mas o tratamento é seguro e eficaz... pelo menos até serdes de novo tentados pelo demónio... Por favor não contem este segredo a mais ninguém, pois a caça às bruxas é histórica como sabem, e continua por aí, epiritual-digitalmente é claro... Um grande kisse para todos e não esqueçam: mais vale prevenir...

segunda-feira, 18 de março de 2019

Do ser na cultura do humano e da história sua inimiga...


«Nobody can build the bridge for you to walk across the river of life, no one but you yourself alone. There are, to be sure, countless paths and bridges and demi-gods which would carry you across this river; but only at the cost of yourself; you would pawn yourself and lose. There is in the world only one way, on which nobody can go, except you: where does it lead? Do not ask, go along with it. Who was it who said: "a man never rises higher than when he does not know where his way can still lead him

Friedrich Nietzsche (1874) - Schopenhauer as educator. In D. Breazeale (Ed.) & R. Hollingdale (Trans.), Nietzsche: Untimely Meditations (Cambridge Texts in the History of Philosophy, pp. 125-194). Cambridge: Cambridge University Press, 1997


(Sim, o dizer sublime não é para todos! A dita "humanidade", enquanto qualidade do ser-aí na cultura do humano, é coisa de muito poucos... é histórico, é uma pena e a escola histórica é a grande responsável...)

sábado, 16 de março de 2019

Do organismo juridicamente modificado (OJM), com um tributo a Alcobaça, o berço jurídico da nacionalidade...

Penso em o organismo juridicamente modificado, OJM; em o "bacalhau" da DECO, o "milho" e a "maçã" das associações nacionais de nutricionistas, fruticultores, etc. Em as salsichas dos cachorros do meu querido e saudoso Senhor Isidro, do café de Alcobaça ali bem juntinho aos Corações Unidos, cachorros feitos de carne de porco não juridicamente modificada, e com direito a fatia de fiambre da perna de porcos verdadeiros, ou seja, porcos não-OJM criados, portanto, sem o oxigénio jurídico do banco central europeu... nesse café, vejam bem o jurássico da coisa, jogava-se xadrez... Eu sei que parece impossível, mas apesar dos OJM Paulo Futre e Luís Figo, e apesar do Prá Frente Portugal do "meu" Diogo, ainda se vivia por lá perfeitamente sem o OJM Cristiano Ronaldo...

sexta-feira, 15 de março de 2019

Da série "Notícias muito verdadeiras, com probabilidade de serem verdade superior a 95%"

Foto: daqui


Penso em (na verdade intelijo sobre) a IoT; vulgo "Internet das Coisas"; em que antes da ciência da computação a ter inventado já a "ciência jurídica" a tinha descoberto; ela já dizia assim: "Isso é a tua propriedade mas nela só fazes o que EU quiser, se, quando e como EU quiser; pagaste-a, pagas todos os impostos que EU impús sobre ela, mas quem a controla totalmente na verdade sou eu, o "Estado Grande Irmão" que deves amar acima de todas as coisas!" Em que me parece que os engenheiros informáticos não perceberam isto, ao contrário dos "quasi-divinos" legisladores (Rousseau assim os viu) i.e., os programadores da máquina social do estado... Depois não se queixem!

2 + 2 = 5

quinta-feira, 14 de março de 2019

Das provas scientíficas, fatais, e sem hipótese

A maior prova de que a IA não existe é que ainda existem políticos. E continuam a ser mais do que as mães...

Foto daqui

quarta-feira, 13 de março de 2019

segunda-feira, 11 de março de 2019

O bacharel José e outras histórias

Imagem: daqui

Isto não é mistério nenhum... é o governo dos serventes pobres sem instrução nem cosmovisão, gente que ao mundo nada trouxe de belo, útil ou admirável, e que a democracia entretanto enriqueceu ... Não é mistério nenhum e a culpa não é seguramente da democracia... um luxo ao qual se podem dar os povos... mais ricos e instruídos do planeta. Aqui no portugalório houve um breve trecho durante o qual os pobres podiam frequentar gratuitamente as melhores escolas do país, bastando que se esforçassem um bocadinho e estudassem o suficiente. Eu entrei para a universidade em 1986 com 21 anos (já trabalhava desde os 16) e acabei o curso de 5 anos sem nunca ter pago propinas. Não as havia. Enquanto a maior parte de uma geração se preparava para poder ajudar ao "progresso da nação", como dizem, a outra parte, borrifando-se para o trabalho e para o estudo, ocupava os postos-chave da governação, desde a paróquia até os mais altos cargos da política da dita nação, e quanto mais altos eram os cargos maior era a necessidade de "obter" um diploma rapidamente e sem grande esforço... A história é bem conhecida... é o fetiche do "senhor dr." e do "sr. engº"... que os democratas continuaram depois da "catedrocracia" do sr. dr. Salazar - o mais lembrado dos aleijões da história desta coisa até à emergência do sr. dr. Silva. À medida que iam chegando à "cidade", aos mais instruídos restavam-lhes de facto três opções: (i) tornarem-se serventes qualificados dos desqualificados instalados no poder (também eles serventes); (ii) emigrar ou (iii) continuar por cá assistindo ao espectáculo e pagando o seu "bilhete". Cada um escolheu a sua e eu escolhi a minha, que foi um misto das duas últimas. Ainda assisto às vezes a espectáculos como este do Montepio, um déjà-vu próprio de países governados por serventes pobres, sem instrução nem cosmovisão, que precisam de imenso dinheiro para parecerem ricos e cultos, e para se poderem relacionar com os mais ricos e mais cultos da sociedade. Continuo a assistir, mas já deixei de pagar bilhete.

Apesar de pobre, nunca me senti pobre ao pé de ninguém, em especial ao pé dos ditos ricos...

terça-feira, 5 de março de 2019

Da história em si

Foto: daqui

a história no máximo consente em revoluções... é aliás o que pede quando teme deixar de ser... os "estudiosos" do direito (romano) não podem ensinar isto... porque a verdade não é para ser ensinada: é apenas para ser seguida...

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Em a psicologia (de merda) do meu "zé algoritmo" do facebô & afins

Queres masturbar-te comigo? Põe um like!

A ciência (política) do nutricionismo

Perante isto, escrevi:

Mas o sal é todo igual? Não haverá eventualmente sais menos maus para a saúde do que outros sais? Ou sais que em determinadas circunstâncias pessoais, fazem mais falta do que outros? Porque não perguntar e dar a conhecer essas coisas tão úteis quanto interessantes sobre os sais, por exemplo? Será o "nutricionismo" uma espécie de doutrina filosófica ou religiosa anti-sal, anti-açucar e anti o mais que se verá?

Ao que o atento Fernando Roc respondeu:

Foi ali dito que o consumo exagerado de sódio, que é retentor de líquidos, por conseguinte aumenta a volémia sanguínea e com ela a tensão arterial. Sabe alguma coisa de Fisiologia, Cardiologia, Nefrologia para emitir opinião? Sabe os mecanismos de regulação da tensão arterial que o organismo dispõe? Parece-me que não....mas tem de vir dar uma opinião descontextualizada e fazer figura de ignorante! Haja paciência...O contexto aqui é sobre o cloreto de sódio, vulgo sal comum e os seus efeitos sobre a saúde das populações. Acabou de ler que há cerca de 1/3 de portugueses hipertensos, muitos deles em situação de descontrolo da tensão arterial, muitos deles sobrecarregados em despesas de famárcia para a ter controlada, e muitos deles internados após avcs, enfartes do miocárdio e insuficiências renais, que custam aos contribuintes portugueses milhões de euros anuais. E não é o custo que está em causa, é a prevenção e a qualidade de vida destas e de outras pessoas que está em discussão. Acha que não é motivo suficiente de abordagem para reeducação alimentar? Acha que isto é alguma descoberta científica do momento...há décadas que a classe médica, a OMS, a DGS têm estas recomendações, mas o povinho acha que sabe mais.

E ao que eu me vi forçado a responder,

As ciências que menciona são anteriores à ciência do nutricionismo, pelo que acharia mais normal serem médicos a tratar do assunto, até por ser a saúde humana o que está em causa. Mas adiante. Em nenhum lugar do texto se menciona especificamente o cloreto de sódio (NaCl), um dos muitos sais que existem, inclusive de Sódio, como saberá decerto, pois admito que tenha suficientes conhecimentos de ciência química. Achou o que eu disse inapropriado? Acha por exemplo que o brometo ou o iodeto de sódio não são importantes para a saúde humana e para o bom funcionamento do organismo humano? Se acha, então apresente as evidências científicas. Perante elas calar-me-ei de imediato, além de que reconhecerei que tem razão. Eu reconheço que nem sempre a tenho. Boa tarde e passe bem.

Ao que Fernando Roc por sua vez respondeu.... 





Custa, de facto, ser assim. A coisa não é mesmo para todos... 

 

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Da desolação da história

Foto: daqui

Penso em que: a história é como é: jamais consegue perdoar a beleza. Como compreendo as mulheres belas. Não são só elas, mas bastava que fossem só elas para que a história fosse como é, uma infelicidade pétrea. A beleza grande e austera que a história admite nada tem de feminino, ou seja, de belo. É a jus-beleza de uma cadavérica autoridade, com hálito de pai, de besta e de chumbo. E o mais estranho é mesmo haver mulheres que procuram ser na e com a história. Um horror portanto. Uma tremenda infelicidade.

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Nova Série: As Minhas Previsões IV

Ontem, estava eu prestes a adormecer, ouvi as seguintes palavras de um bruxo execrável:

Filho, ou filha, ouvi o que vos tenho para dizer. Pela última vez provavelmente. (Tudo isto será apagado assim que eles e a "segurança" deles quiserem; eu já estou há muito completamente nas mãos deles - do estado ou da grande empresa económica.) Esta previsão não é brincadeira. Vós pensastes que pondo medíocres ao comando de vossos destinos vos daria alguma chance de serdes vós a comandar. Erro dos erros! Engano dos enganos! Antes de haverdes pensado nisso já alguém o havia pensado! Alguém com muito mais poder do que vós para vos controlar a vós e os medíocres que pusestes ao comando dos vossos destinos....

Em breve tentareis comer o pão mas o pão dará mensagem de erro aos vossos dentes digitais! Tereis de encontrar a password para que o pão se disponha a ser por vós (famintos) comido... A estupidez humana jamais comandou o que quer que fosse! Eis a lição!

O que pensar disto? Pensei eu... triste e só como um anjo sem oratório... Ora, que quem disse isto - eu, repetindo o que ouvi - não haverá de passar de um estúpido. Oxalá que sim!, pensei eu, estúpido, uma e outra vez ..

A solução, uma vez mais, dever ser queimar os bruxos. as bruxas e... os que falam deles...

O Fogo é salvador!

sábado, 2 de fevereiro de 2019

Da história tal como é...

É claro que há comunistas maus, mas são necessariamente uma minoria, tal como deve haver necessariamente uma minoria de benfiquistas maus, juízes maus, padres maus, banqueiros maus, polícias maus, bombeiros maus, portugueses maus, advogados maus, etc., etc. Eles não são minoria por serem de facto ou comprovadamente minoria, mas por terem de ser minoria... De outra maneira a história deixava de funcionar...
Ver mais aqui

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

O mal do "povo" é a invídia!

Ver mais Aqui.

O relatório da auditoria à CGD deve ser como o acordo do Brexit... deve ser coisa muito esdrúxula, coisa dolente para gente amargurada sobre quem pesa a gravitas do governo da cidade. Desaconselho, para bem da vossa saúde mental, tal leitura. A ler - e o estado do tempo está bom para isso - que leiam coisas sublimes e excitantes, por exemplo estes versos de Ezra Pound.

Para nós, na Caverna, há os ratos, a peste, a ronda policial dos machos-alfa e o mau augúrio dos áugures e homens-corneta diariamente na teletela. No fundo somos ingratos porque cheiramos, vemos e ouvimos - às vezes até lambemos - toda essa porcaria própria de um viver onde a luz não chega nem nunca chegará provavelmente. Pois até mesmo aqui, na Caverna, há coisas bem mais sublimes e excitantes, como essas danças a Dionísio que, um vez mais, nos vão proibindo, dizem eles - os homens graves e amargurados pelo destino de nos terem de governar - que por causa da doença do nosso irmão Édipo, que matou o pai para depois, sem saber, se juntar... à mãe. Dizem que perdendo o pai perde-se a cabeça do estado, mas não é só isso. Dizem que perdemos a coesão que mantém a pátria unida, e o medo - o respeitinho - pelo macho-pai de todos nós, que nos governa e que a todos por igual ama, e começamos então a ter inveja dele ao invés de o seguir e marchar por ele contra os canhões dos maus - que são sempre os outros (Sartre), ao invés de o seguir como se ele fosse o que todos gotaríamos de ser um dia, o nosso pátrio ego ideal (Freud) que "come" o que quer, qiando, onde e como quer. O comandante que conquista e desbrava os territórios, como o Grande Alexandre fez, e lhes tira a virgindade em nome da cidade, que "sêmos todos nózes".

Eu digo, e desculpem alongar-me tanto só para dizer isto: não deixem morrer o que aqui na Caverna ainda resta de dionisíaco, e que está outra vez em ciclo de "esgotamento": o vinho, a festa, a alegria da dança, a música do "picada de enfermeiro" (e outros como ele). Se forem como eu, apreciem obras sublimes, de Deus ou da natureza (de ambos certamente, e que importa isso!?) como esta que mostro aí em baixo: a lindíssima e muito sexy Line Brems. "Relatórios de auditoria", investigações e "acórdãos judiciais",  ou "acordos de Brexit" - isso são coisas para puritanos ou gente que gosta de auto-flagelação.


Foto: daqui

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

A última instância do juízo...

... não é o "plenário do constituicional". mas sim o Senhor, o deus mortal (do Hobbes) que "sêmos todos nózes" e que a todos perdoamos, após catarse e mostra de jvsto a$$ependimento...

nem anti- nem pro- ... apenas eu

Nem anti- nem pro- ... apenas eu e os amigos e inimigos, poucos, que o são verdadeiramete, porque bem os conheço! Um ser humano não aguenta nem muitos amigos nem muitos inimigos. No máximo uma meia dúzia de cada... Viva pois o Amor, com eros e agape ao mesmo tempo...

Boa noite.

Foto: aqui 
(é muito "pornô", pf. não visite se for sensível)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Nova série: As minhas previsões - III

Em que mais incómoda do que a pergunta pela virgindade de Maria seria a pergunta pela possibilidade de um homem ser na Terra como substituto ou vicário de Deus. Essa decerto incomodaria, ao olhar interessado das ovelhas, os dois lados da mesma história.

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Série Preconceitos estúpidos - I (Os ladrões)

É estúpido pensar que a maioria dos ladrões são estúpidos, porque se fossm estúpidos já não seriam ladrões i.e., já estariam presos e, não roubando, já não seriam propriamente ladrões, pois é o acto (e o hábito) que faz o monge e a monja, tal como atestam os sábios. A maioria dos ladrões é muito inteligente e, porque o é, continua a roubar. A piedade e a misericórdia deviam remeter-se aos ladrões que já não o são, lamentando-se a circunstância de já não poderem roubar, da mesma maneira que a admiração e o louvor deviam circunscrever-se aos ladrões que permanecem ladrões, graças ao seu saber e à sua inteligência. Não elogiar um ladrão, como ladrão que se mantém ladrão graças à sua inteligência superior à média, devia ser considerado crime de lesa-pátria.

sábado, 29 de dezembro de 2018

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Nova série: As minhas previsões - II

Previsão Segunda, sobre a "crise" financeira e económica


Imagem: daqui

A "crise" continuará pelo menos até ao ano 2108; sem ela havia o enorme risco de a tua vida até lá poder melhorar. Se entretanto te disserem que saíste de uma "crise", então é porque já entraste noutra maior.

Nova série: As minhas previsões I

Imagem: daqui

Previsão Primeira, sobre o esforço descarbonizador dos estados nacionais

 Fonte da imagem: aqui  
(se acaso a imagem ká tiver sido roubada, qual será juridicamente a minha
 responsabilidade em face do novo RGPD da UE? Conivência com o crime? )

Prevejo que em breve hão-de surgir notícias de acidentes devido ao mau estado dos sapatos; notícias de senhoras que escorregando na via pública ou em espaços públicos ficam paraplégicas e de crianças com deformações físicas várias, designadamente nas pernas, devido ao uso de calçado não homologado pelas "autoridades" do estado, ou não conforme com as "diretivas" europeias que entretanto serão produzidas sobre a matéria. Consagrados peritos em ortopedia serão convidados a dar a sua opinião sobre o flagelo. Tornar-se-à então inevitável o pagamento de uma taxa sobre o calçado, e a homologação e inspecção periódica obrigatória de cada par de sapatos. Um seguro obrigatório de circulação pedonal será igualmente instituído, ao mesmo tempo que será aprovada na UE uma lei proibindo as pessoas de andarem descalças na rua, por razões de segurança, estéticas e de saúde pública relacionadas com as exalações pedonais. É o que prevejo. Quanto às alterações climáticas e às emissões de carbono fóssil prevejo que elas continuarão a aumentar, e se a coisa der para o torto haverá zonas altas e de alta segurança para abrigar as pessoas boas, não tóxicas, e portanto as que interessa preservar como semente das gerações vindouras.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Um belo poema do ser-história, no movimento de si mesmo




O único "erro" do poema está logo ao início, quando o poeta canta: "A princípio é simples, anda-se sozinho..." mas o poeta pensa já o ser dotado de super-ego, certamente, e portanto não é erro. Importante mesmo é a mensagem...

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Da não-notícia

Definição de "não-notícia": "O acontecido que se anuncia como se pudesse não ter acontecido exactamente como aconteceu."

Melhor do que as "não-notícias", como esta, é por exemplo a (felizmente acontecida) Reka Ebergenyi:

Fonte: aqui

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Do querer juridicamente querido

Penso em que o querer juridicamente querido está caríssimo; está pela hora da morte  Em que nestas alturas cíclicas de hipertrofia jurídica seria seguramente mais barato não querer.

Digo isto porque, pelos vistos, quando um governo quer baixar 10% a electricidade (das empresas e "famílias", como os pastores/governantes gostam de dizer) dos jardins-à-beira-mar-plantados, o resultado é um aumento de 10%. Se não quisessem o aumento talvez não fosse tão grande, supõe-se com razão. Mas há todavia uma  superior "razão do pastor", a milenar "razão de estado", que é a de quem tem sempre razão, que eternamente vai poder dizer: "se não fosse eu o aumento ainda tinha sido maior, de 20% ou talvez mais". E, ora, como não subiu 20 mas apenas 10%, pode dizer-se que o objectivo foi alcançado ou seja, houve uma "redução" de 10% conforme prometido pelo "pastor.  Eu, que não possuo a "ciência" jurisprudencial, é que jamais irei convencer alguém de que "ganhou" 100 euros porque era minha intenção roubar-lhe 200 mas apenas lhe roubei 100 euros. E que por isso me devia ficar grato.

sábado, 16 de junho de 2018

Sophia

Mais tarde será tarde e já é tarde 
(Homenagem a Ricardo Reis)

Não creias, Lídia que nenhum estio 
Por nós perdido possa regressar 
Oferecendo a flor 
Que adiámos colher. 

Cada dia te é dado uma só vez 
E no redondo círculo da noite 
Não existe piedade 
Para aquele que hesita. 

Mais tarde será tarde e já é tarde. 
O tempo apaga tudo menos esse 
Longo indelével rasto 
Que o não-vivido deixa. 

Não creias na demora em que te medes. 
Jamais se detém Kronos cujo passo 
Vai sempre mais à frente 
Do que o teu próprio passo.

Sophia de Mello Breyner Andresen

sábado, 2 de junho de 2018

Do controlo social total, Ou da mais velha das ambições do estado-empresa (ou empresa-estado, tanto faz)

Posta de modo simples, e na primeira pessoa do singular, a ideia de "controlo social total" vem assim:

«Eu não sei o que vou fazer amanhã, ou como vou comportar-me; há porém alguém que sabe com toda a certeza.»

Ver mais, por exemplo, aqui.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Porque estarão os dicionários tão cheios de palavras que já não usamos?

Penso em a palavra-conceito "eutanásia", "desdobramento do conceito" (Hegel) de suicídio, conceito este que já havia sido modernamente dobrado e redobrado, em especial por Émile Durkheim. Os "desdobradores" são os mesmos de sempre: os nomótetas de uma coisa modernamente auto-denominada "ciência jurídica" (na sua essência, a "ciência dos romanos", ou jurisprudência, com a diferença que os de agora já nem sequer lêem Cícero, se é que sabem quem foi ele). Por este caminho, em breve já não haverá muito mais que desdobrar... e, depois (dos holocaustos), de novo tudo voltará a ser como dantes: dobrado e redobrado. É assim há milénios. As palavras vão ficando e enchendo os dicionários. Multiplicam-se aquelas que mais tarde haverão de se dizer "sinónimas". À luz extrema sucede a absoluta obscuridade, como ao dia claro que fere os olhos sucede a noite que os alivia. Se não soubesse, diria que tudo era da idade; que era o avolumar dos anos que me "inclinava" a crer na eterna recorrência,..

Das "crises" do estado-empresa e/ou da empresa-estado

O porquê da tão grande frequência (ou ciclicidade, como diria Karl Marx) das "crises" que o estado-empresa e a empresa-estado têm tido ao longo da história é talvez porque elas lhes são frequentemente úteis e necessárias; a razão dessa necessidade é talvez demasiado simples de compreender e, por isso, só alguns, certamente poucos, a compreenderão. 

Geralmente, como convém ao estado-empresa e à empresa-estado, as pessoas pensam que as "crises" resultam de uma  "escassez" - "escassez" que talvez não por acaso é o objecto de uma "ciência económica" - como aliás bem as sentem na sua (pequena) vida. Se lhe disserem que a "crise" se deve à abundância elas em regra não acreditam, pois não é isso que experimentam nas suas (pequenas) vidas, A "vida" do estado-empresa e da empresa-estado é, a contrario, grande; é, pode em rigor dizer-se, um "viver" na e para a grandeza. Então, e se a abundância, que a técnica com o seu condão de democratizar-se possibilita, fosse na verdade a grande alavanca das "crises"? E se a técnica aos poucos fosse permitindo a um cada vez maior número de pessoas "viver acima das possibilidades", como dizem os hipócritas e os ignorantes? Um "acima das possibilidades" que, prolongando-se, encontra boa recepção em canalhas, genocidas e assassinos de multidões, gente que o leva, como bem sabemos ou devíamos saber, ao limite do "imerecido excesso" de ainda estarmos vivos. A "crise" seria portanto o processo ou instrumento concentrador dessa fortuna (que usa a técnica a seu favor, pois a técnica é, como sabemos ou devíamos saber, moralmente neutra ou, por outras palavras e ilustrando, o cutelo da cozinha não é bom nem mau; ele pode é ser usado para esquartejar um frango ou uma pessoa). Ora, parece-me que é isso precisamente que as "crises" geralmente são, em especial quando é o grande estado-empresa ou empresa-estado a anunciá-las ou a dar conta delas.

Por "crise" entenda-se então: o juris-mergulho (do "pato de Goethe") e (re)concentração da fortuna. Juris-mergulho porque, a haver ou sobrar ainda alguma lei capaz de eficazmente proteger da infinita ambição do grande a ambição do pequeno-que-caminha-para-médio, ela tende rapidamente a esfumar-se ou, como dizem, a perder o seu efeito). "Crise" é assim um baralhar e dar de novo, mas sempre, para uns poucos, a multiplicar por muito. Depois das "crises" as Cocktail do tempo, como valquírias, haverão uma e outra vez de cantar aos mortos: "O que passou passou..." 

A próxima "crise", parece, está já aí à porta. A "itália" ("napolitanos" incluídos), o "brexit", os "ciberataques", a "rússia", as "coreias", etc. etc., - um infindável rol de juris-conceitos são, uma vez mais, de primordial importância no vingar psicológico ou, talvez melhor, "psiconómico# da "crise". Psiconómico porque, muito provavelmente, a única ciência que a economia tem é mesmo a psicologia.

Referências
aqui e
aqui.

terça-feira, 29 de maio de 2018

A minha "Alma mater"



Das liberdades de pensamento e de expressão

Há a liberdade de expressão e há a liberdade de pensamento.  São liberdades essencialmente distintas apesar de a primeira subentender a segunda; porém, na verdade, a primeira só faz sentido na presença da segunda. Sem liberdade de pensamento as pessoas hão-de expressar, ou seja, hão-de falar e escrever sobre o que lhes é dado a pensar, e quando lhe é dado a pensar. No limite as pessoas serão meras caixas (vazias) de ressonância de um pensamento único que prevalece e domina. Pode de facto haver liberdade de expressão e não haver liberdade de pensamento. Ter liberdade de pensamento significa: poder pensar o que se quer, quando se quer e da maneira que bem se entende. Só cada um individualmente pode medir o quão livre é realmente de pensar.

sábado, 28 de abril de 2018

O "vestir-se" milenar das bibliotecas

Sócrates não gostava de livros, e na Academia de Platão não havia biblioteca. Mas tudo mudou com Aristóteles, um apaixonado por livros: no Liceu havia-os em abundância, e até "sebentas"... Nas bibliotecas, privadas ou públicas não importa,  há como um "vestir-se" para  poder "ser", um "mostrar-se" por detrás da armadura do "poder-saber".  Muitos "inteletuais" gostam de falar ou de se fazer fotografar diante de estantes com livros: é dos livros que a sua "autoridade" promana, e é nos livros que ela anseia por eternizar-se. Os livros são o fundo que reveste e autoriza; são o saber calado que dispensa dialéctica e aclaração. Falar diante de livros é como agaloar uma farda; é o gesto belicoso de mostrar-se sem necessidade de explicação, pois autoridade que é autoridade não tem de explicar-se, ou sequer de ser compreensível. O  "povo" acostumou-se por isso a dizer:  «Eles é que sabem; eles é que têm os livros». Tudo velharia com mais de 3000 anos; nada de novo sob o céu, portanto.

Imagem tirada daui.

terça-feira, 24 de abril de 2018

Da cultura

Foto: daqui

Do advento da escola-cultura e da sociedade pastoril

Imagem: daqui

Sucedeu que no dia seguinte Moisés se sentou para julgar o povo, e o povo manteve-se de pé na frente de Moisés de manhã até à noite. O sogro de Moisés viu tudo o que ele fazia pelo povo e disse: «O que é isso que tu fazes pelo povo? Por que razão te sentas tu sozinho, e todo o povo fica junto de ti de manhã até à noite?» Moisés disse ao seu sogro: «É que o povo vem ter comigo para consultar a Deus. Quando há alguma questão entre eles, vêm ter comigo, e eu julgo entre um e outro e faço-lhes conhecer os preceitos de Deus e as suas instruções.» O sogro de Moisés disse-lhe: «Não está bem aquilo que estás a fazer. Com certeza desfalecerás, tu e este povo que está contigo, porque a tarefa é demasiado pesada para ti; não poderás realizá-la sozinho. Agora, escuta a minha voz; vou dar-te um conselho, e que Deus esteja contigo! Tu estarás em nome do povo em frente de Deus, e tu próprio levarás as causas a Deus. Adverti-los-ás dos preceitos e das instruções e dar-lhes-ás a conhecer o caminho que devem seguir e as obras que devem praticar. Escolhe tu mesmo entre todo o povo homens capazes, tementes a Deus, homens íntegros, que odeiem o lucro ilícito, e estabelecê-los-ás como chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinquenta e chefes de dez. Eles julgarão o povo em todo o tempo. Toda a questão que seja grande, eles a apresentarão a ti, mas toda a questão menor, julgá-la-ão eles mesmos. Torna assim mais leve a tua carga, e que eles a levem contigo. Se fizeres desta maneira, e se Deus to ordenar, tu poderás permanecer de pé, e também todo este povo entrará em paz nas suas casas.» Moisés escutou a voz do seu sogro e fez tudo o que ele disse.

Êxodo 18:13-27

domingo, 8 de abril de 2018

Coisas passadas II - Da aparente dicotomia esquerda/direita

Em que estás a pensar? - insiste o "bufo amigo"...

Ora, em que a dicotomia esquerda/direita não é totalmente falsa; em que a sua falsidade só advém quando se admite que há um "ser de esquerda" e um "ser de direita", seres que, na realidade, inexistem, porque o ser tem geralmente duas mãos... Por outras palavras, o mesmo ser pode hoje "tocar" à esquerda e amanhã à direita. De quê? - perguntar-se-á então. Ora, do poder fáctico, que é aquele que está e legisla. E o que significa isso? Ora bem, o que posso dizer é que, se estar à "esquerda" é não estar com tal poder, é não "dançar" com ele ou deixar-se embalar pela sua (sempre) celestial música (numa palavra: é não gostar dele), então devo confessar que sou incomparavelmente mais vezes de "esquerda" do que de "direita"... Há porém quem faça das coisas outra ideia.

Coisas passadas I - Da falsa dicotomia público/privado

Em que estás a pensar? - pergunta o bufo.

Ora, em a falsa dicotomia público/privado. Em que se há o público amigo e inimigo do privado, tal como o privado amigo e inimigo do público, então o público inimigo do privado não vinga, pois em pouco tempo fica sem o sustento, e o privado inimigo do público também não, pois em pouco tempo fica ilegal ou leva com os canhões em cima. Sobram então o público amigo do privado e o privado amigo do público, que em pouco tempo se tornam indistintos.