O boneco e o texto fiz eu, mas a ideia deve ter algum dono, que não sei quem é. Se quiserem processem-me, como fizeram ao meu querido Tony Carreira. Até pensava que essa coisa do "Mistério Público" tinha mais que fazer do que empenhar-se em que eu ouça música da original, de auctor como dizem os juristas.
A "bolonhesa", ou seja, o lado obscuro e fedorento do "espírito de Bolonha", continua legalmente a dar "belos" frutos cá no portugalório (leia-se, frutos do "trabalho" com "vínculo laboral" de ilustres "juristas", "deputados" e "altos", "médios" e "baixos" magistrados da "nação" - foi o caso do inefável Gago , majestade da sciencia nacional e vulto maior da "respetiva" academia, supremo auctor do milagre jurídico-legal da bolonhesa - é curioso não ter ouvido falar de relvices idênticas noutros países da "desunião europeia", mas deve ter sido por não ter estado atento aos grandes "merdia" noticiosos -, o qual revolucionou e trouxe finalmente à modernidade as sciencias e as technicas do "ensino superior" indígena).
A pressa agora é muito grande, em especial no "Politécnico", para haver um boom de doutores ainda maior do que aquele que Gago ajudou a proporcionar, dando ao paiz aquella illusão de "pügresso", que tanto fascinava o alto magistrado C. Silva - lembro ainda os seus olhinhos brilhantes diante das ordenhas das vacas, brilhantes mas não tão sinceros nem lindos quanto os de M. Gago que, de resto, já passou à história com aqueles oculozinhos marotos à Harry Potter que tão bem lhe ficavam nas ventas. Há que assegurar que a ignorância e a arrogância (para além da gatunagem) se diplomam e "dótoram" rapidamente, em breve nas "universities of applied sciences" do laboralmente vinculado professor doutor Lourtie, pois de outra forma andam por aí "desqualificadas" e abaixo do seu "escalão" justo de remuneração, e de vitalícia aposentação ... Nada há de mais juridicamente inaceitável do que um ladrão pobre e desqualificado - ilegal portanto - desconhecedor das sagradas leis e vazios legais do estado & associados que lhe permitem roubar com seriedade e dignidade e, acima de tudo, no mais estrito cumprimento da lei.
O portugalório é mesmo um país de "dótores"...
Portanto, foda-se.
É como essa treta dos "ETI", legal, sempre tudo bem legalinho entenda-se, e portanto biquinho calado..., isto é, o conceito jurídico de "equivalente de tempo integral"... A malta já há muito que anda a cu-laborar e a dar tiros nos pés, mas ou porque é nova demais ou porque "fica mal" uma manifestação de "dótores".... um contra-senso "cultural" dirão os magistrados, até porque estadisticamente a malta está quase toda empregadinha... Graças ao milagra da fé jurídica ETI, pois para se estar empregadinho, como reza a lei e confere a "estadística", basta o "dótorado" ter um cagajésimo de ETI... Aliás, andam por aí, em "Diário da Répública" - um pasquim que há muito deixei de ler, a conselho do meu psiquiatra - "regulamentos de avaliação do "desempenho docente" onde se estabelece, por exemplo, que um gajo (um "merdas-docente", provavelmente um doutorado "pré-bolonha ressabiado como eu,"inimigo" da excelsa tecno-inovação bolonhesa) que dê, por exemplo, 74 horas de aulas por ano (e por elas seja pago, à hora como os "homens e mulheres-a-dias", o que haverá de redundar em vencimentos mensais astronómicos, da ordem dos 200 euros mensais... duzentos disse bem, um luxo portanto num país de preguiçosos "dótores"...) esteja sujeito exactamente aos mesmos critérios de avaliação do desempenho do que um outro gajo (provavelmente já um juridicamente modernizado dótor "pós-bolonhês", emérito pela "university of applied sciences" da distrital de Vila Franca de Xira de um socialismo qualquer...) que dá 730 horas anuais. É como quem diz: o desempenho nada deve à "atividade"... se a Rosa Mota soubesse disto não precisava de ter treinado tanto para ganhar a medalha de ouro da maratona. Três horitas semanais bastava, em vez das 35... do tal TI...
Por isso foda-se e, além do mais,
caralho.
Ide brincar com a da tia, ou a da puta que pariu, sempre com o desconto para a mãezinha, que até pode não ter dado nada para a concelhia, da paróquia e/ou do partido.
Aqui o vosso ressabiado invejoso vai mas é apanhar sol, até porque apesar do Verão estar a acabar está um rico dia.
"O irritante" - visite e subscreva o canal de vídeopoemas técnicos deste "sujeito passivo" no YouTube em: https://www.youtube.com/@ValdemarRodrigues-zd2uf
quinta-feira, 14 de setembro de 2017
sexta-feira, 8 de setembro de 2017
Eu cá não voto, porque votar em inúteis não compensa, além de que ser cúmplice de gajos e gajas em quem não confio, seja porque não gosto deles ou porque não os conheço, seria muito deselegante. A sorte e o azar é que os tempos não estão para eles de feição, e a mama vai acabar... gostava de ver do que vão viver tantos "pastores", altos, médios e baixos magistrados da "nação", depois de terem feito o "trabalhinho"...
A descoberta da roda... Ou, a eterna sina da romana jvstitiae
Picado aqui
Nora prévia: Este é um texto impoético, com bola vermelha para os menores de idade. Mas, ainda assim, será que, por exemplo, livros do genial António Lobo Antunes - recordo em particular o magnífico Fado Alexandrino - devem ser recolhidos e queimados; ou que as bibliotecas públicas devem ter secções de literatura para "adultos", com "bola vermelha", dado que nelas estão expostos aos jovens, incluindo os menores de idade, livros onde se lê, por exemplo, fuder, foda-se, caralho?! Acho que não, mas vamos ver até onde chega o "respeitinho" da autoritarite "democrática".
Mas vamos ao texto. É sobre a descoberta da roda ... de que não é a técnica que globaliza, mas sim a técnica que há milénios a lei cavalga. Tudo legal, portanto,.. E, no entanto, por onde andarão os & Associados cavaleiros desses tão "inteligentes" "algoritmos"?... Ah, já sei, devem andar a "trabalhar" novas leis e "repetivos" "vazios"... que tornam, enfim, o mundo mais "justo"... O cobarde-canalha moralista, o advogado que tudo fode legalmente, tal como o seu "irmão" juiz que julga de venda na venta, pois a "verdade" para ele é coisa invisível para os olhos, deviam assumir de uma vez por todas a merda que fazem e permitem que se faça, e, no fundo, a merda que são, tal como eu sou - também eu, macaco, finjo muitas vezes não ver e minto; sou "capitalista" desde pequenino, pois sabia perfeitamente que a bola era minha; sou, como se vê aliás pela foto, extremamente vaidoso, e, felizmente, porque ainda não perdi totalmente essa "humanidade" que, julgo eu, nos caracteriza a todos enquanto humanos, fodo e gosto de fuder, e continuo a ser capaz de matar e de amar, de construir e de destruir... etc. etc. Mas não, eles, os "puros" seres impolutos e "livres do pecado", são o rosto da perfeição sagaz e da grande moral pública, dos grandes ideais do bem e da jvstitiae, da igualdade e da liberdade - que é fundamentalmente a sua de julgarem irresponsavelmente, sempre com a cabeça no "mundo das ideias" e a mãozinha de neve, molenga, bem agarradinha ao "vil metal" do "mundo sensível", sempre serventes do "soberano" que lhe paga e dita as leis. Eles, os patos de Goethe, que ao longo da história (que o patrão deles faz) serviram a toda a espécie de canalhas, a Hitler e a Estaline por exemplo, e que não querem (tal como o patrão deles) que isso se veja. Depois da merda feita, no caso os holocaustos nazi e soviético, vieram dizer - e dizem-no sempre - que afinal aquele direito... não era direito, pois estava torto... Sempre fiéis ao misticismo de uma treta chamada "separação de poderes" que este gajo, ao que parece, aprofundou (e como poderia a jvstitiae ser independente "trabalhando" ela, com vínculo laboral entenda-se, algo que ela vê no seu mundo ideal como uma "suburdinação jurídica", para quem faz e lhe dita as leis com base nas quais ela depois há-de julgar?) ela eleva-se sobre o comum dos mortais até ao "supremo", até à "alta magistratura"... Tanga, treta, tanga, treta... de tantos séculos de mergulhar, um dia não se queixem que abra uma grande campanha de caça ao patos, para seu mal e, é claro, também para o nosso, o dos profanos... que afinal sempre precisamos de alguma ordem e defesa. Puta que os pariu, com salvaguarda da mãe que pode não ter tido culpa, e também, agora e sempre, com o habitual desconto para as "exceções"... muito raras neste caso. Eram eles, os moralistas da jvstitiae, que deviam responder pela Yupido. tal como haveriam de fazer por inúmeras mais coisas que desde há milénios emporcalham o mundo e o tornam, a espaços, qualquer coisa de selvagem e inabitável... lugar de holocausto portanto.
quinta-feira, 7 de setembro de 2017
terça-feira, 5 de setembro de 2017
Milagres da Fé Jurídica, "Batismal" ou Nomotética IV - a cidade-criatura jurídica
O que será que uma criança vê mentalmente, ou imagina, quando ouve alguém na "cultura" dizer coisas fantásticas como esta:
Queda de 4% do BCP arrasta Lisboa para o vermelho
Será que a liberdade de pensamento só começa a ser possível quando a linguagem começa a parecer estranha?
Uma nota assertiva, à maneira de "analista": aqueles que de vós, com profunda e inconsciente fé jurídica, ainda crêem nas jurídicas separações, corpo/alma, causa/efeito, sujeito/"objeto", estado/igreja, economia/política, esquerda/direita, público/privado, etc., etc., saibam que a ICAR, tal como o estado, respeitam a mesma fé jurídico-nomotética que lhes dá essência, e por isso ambos escrevem "batismo", como manda a voz "soberana" que ditou o "acordo" ortográfico... O problema dos dualismos, tal como dos trialismos, tetraísmos, etc., i.e., de todas as "ciências categorizantes" do ser (na cultura) do humano, está portanto em que tendem para o monismo e não para aceitar a imensa diversidade de coisas que são como são quando são. Não são, por outras palavras, pagãos. O "profano" e o verbo "profanar" são presenças obrigatórias na "história" do estado - da empresa-estado ou do estado-empresa, é equivalente pois ambos nascem da vontade de grandeza - e das religiões "do livro". "História" que é, por definião, a mentira que convém ao poder.
BCP, outrora também denominado "millenium", (deve ter havido algum desdobramento jurídico do "conceito" e da pessoa "coletiva"), caído 4% em bicos de pés, sorrindo maliciosamente e apontando para a sofrente Lisboa, ao fundo ardendo, depois de a haver arrastado para o fogo vermelho do seu inferno.
Queda de 4% do BCP arrasta Lisboa para o vermelho
Será que a liberdade de pensamento só começa a ser possível quando a linguagem começa a parecer estranha?
Lisboa, em deslizamento de terras, sendo arrastada pelo BCP para o vermelho visível ao fundo? Fonte: aqui
Uma nota assertiva, à maneira de "analista": aqueles que de vós, com profunda e inconsciente fé jurídica, ainda crêem nas jurídicas separações, corpo/alma, causa/efeito, sujeito/"objeto", estado/igreja, economia/política, esquerda/direita, público/privado, etc., etc., saibam que a ICAR, tal como o estado, respeitam a mesma fé jurídico-nomotética que lhes dá essência, e por isso ambos escrevem "batismo", como manda a voz "soberana" que ditou o "acordo" ortográfico... O problema dos dualismos, tal como dos trialismos, tetraísmos, etc., i.e., de todas as "ciências categorizantes" do ser (na cultura) do humano, está portanto em que tendem para o monismo e não para aceitar a imensa diversidade de coisas que são como são quando são. Não são, por outras palavras, pagãos. O "profano" e o verbo "profanar" são presenças obrigatórias na "história" do estado - da empresa-estado ou do estado-empresa, é equivalente pois ambos nascem da vontade de grandeza - e das religiões "do livro". "História" que é, por definião, a mentira que convém ao poder.
BCP, outrora também denominado "millenium", (deve ter havido algum desdobramento jurídico do "conceito" e da pessoa "coletiva"), caído 4% em bicos de pés, sorrindo maliciosamente e apontando para a sofrente Lisboa, ao fundo ardendo, depois de a haver arrastado para o fogo vermelho do seu inferno.
Juridicamente falando...
Foto: daqui
sexta-feira, 1 de setembro de 2017
Analistas & Cus-laboradores
Fonte: aqui
Contrariando a espiral do silêncio, devo confessar que, quando ouço falar de "analistas" e "colaboradores" o que me vem pavlovianamente à ideia são cus. O analista aparece como aquele que os cheira, ou os perscruta nos eflúvios das cuecas, e cuja oratória é assertiva e penetrante, ou seja, algo de ir ao cu. (Não escondo que, quando penso em analistas, vem-me invariavelmente à mente o dr. Luís Marques Mendes, mas não consigo explicar porquê, poie ele até me parece um homem normal e, de resto, bastante viril). Quanto aos cus-laboradores, eles aparecem-me como aqueles que, por assim dizer, dão prazenteiramente o cu ao manifesto (eu também já dei, por isso fiquem descansados aqueles a quem servir o barrete). Ando até a pensar enviar ao meu ídolo Quim Barreiros - sim, é sincero, admiro-o e admiro o seu magnífico "trabalho independente" em prol da cultura do "Portugal" - a letra de uma canção que compus intitulada "Cantiga do cu-laborador", em homenagem ao homem, mulher ou transgender que, sem vínculo laboral, cu-labora noite e dia, incluindo sábados, domingos e dias santos, para gáudio produtivo da "entidade empregadora", outrora rudemente denominada "patrão" - que nome feio... Eis pois a minha confissão. À qual poderei juntar uma outra: a de que aprecio o anal (além do oral, claro está, de gosto tanto quanto sei praticamente universal), uma vez salvaguardadas as normais condições de higiene íntima. Só lamento a circunstância da minha inaptidão cu-laborativa, dada a crónica hemorroidal da qual sofro e que severamente limita o meu prazer cu-laboral. Gostaria de poder cu-laborar com prazer, pois sou um hedonista e, filosoficamente falando, aprecio tanto o velho Epicuro, quanto desaprecio a ataraxia dos estóicos, como a de Zenão de Cítio, que gostam de cu-laborar apesar do sofrimento e do combalido andar do day after, que aliás pode durar vários meses, tal como pude comprovar nas minhas investigações, dependendo do comprimento e, em especial, do diâmetro da ocorrência. Eles - os estóicos - dizem, e eu acredito, que um cu-laborar sofrente é como qualquer outro sacrifício libertador - o do cilício, por exemplo - e que o importante é dar-lhe um sentido espiritual, cósmico ou divino. Eles lá sabem. Se por acaso encontar por aí algum estóico que me agrade, não excluo a hipótese de lhe dar um empurrãozinho por trás para o ajudar a penitenciar-se, isto se ele o desejar é claro e, repito, se for do meu agrado. Limpo e rapadinho como deve ser, não só mas também por causa dos micróbios da ASAE, com mamas bem feitas, não demasiadamente hormonais, como aquelas em banda que nos olham com aquele sinistro olhar estrábico dos mamilos, nem demasiadamente grandes, tão grandes que não dêem para acreditar. Sim, porque o ser hedonista não impede que se seja um homem de fé, e eu acredito na cu-laboração prazerosa, que o é pelo menos para a maioria dos cus-laboradores, estimuladora da produtividade e da riqueza das nações, como dizia o Adam Smith - o Adão Ferreiro, em português - que tinha aqueles caracóis postiços lindos de morrer.
quinta-feira, 31 de agosto de 2017
A propósoto do T-Roc e da greve na empresa-estado Autoeuropa/Volkswagen...
O T-Roc é um carro (um SUV), da marca Volkswagen, movido a combustível fóssil i.e., gasolina e... gasóleo. É um "carro alemão" - dizem os "analistas". (o "ser alemão" é algo que me transcende, tal como o "ser português", "alentejano", "benfiquista", "portista", "lisboeta", "volkswagen", etc., mas ser "carro alemão" é algo que para mim ainda é mais obscuro e difícil de entender. Mas não é disso que queria falar.)
Faz sentido produzir carros que em breve se espera que deixem de poder circular em várias "cidades europeias", desde logo na bela "cidade alemã" de Munique?
Faz sentido que uma "empresa-estado" como a Autoeuropa/Volkswagen nuns "estados-empresa" pague e noutros não (e, pelo contrário, até receba, como acontece no "Portugal" e na "Europa" onde a "Autoeuropa" (não sei quem é "ela", mas não há dúvida que é feminina, ao contrário do macho "Portugal") tem recebido "incentivos" financeiros, fiscais, de "formação", etc. que já andam na ordem do bilião de euros) pelo crime ambiental (sim, o crime ambiental da poluição, há muito "consagrado" no "código das penas" do "Portugal" (Artº 279, alínea b)? O que fizeram então a PJ, as "brigadas" do ambiente da GNR, o Ministério Público" do "Portugal", etc., quanto ao crime de andarem por aí tantos "Volkswagens" a poluir o ar do "Portugal"? Ah, já sei: decerto ou já prescreveu ou um estado não pode criminalizar (ou sequer multar) outro estado, certo? Tudo coisa da "madame" jvstitia, romaníssima (sim, ela sabe-se romana mas eu, uma vez mais, não entendo o que seja o "ser romano"... a "prima" diké já era romana?...) que paira no etéreo da verdade supra-sensível, e dos seus ilustres e dedicados serventes & associados... a doença da cultura do humano... raiz de todos os holocaustos...
Agora, saber se um estado pode fazer greve é fácil de responder: é claro que sim! Pois a empresa-estado "Autoeuropa/Volkswagen", que são todos os seus "trabalhadores" (há que descontar os desvinculados, ou precários "colaboradores" que juridicamente não contam como "trabalhadores" mas que para o estado-empresa do "Portugal" contam como "empregados"... iguaizinhos aos vinculados trabalhadores... uma perfeira demência jurídica, ou dementiae juris, como adoram os supremos jurisconsulto-res) mais a "cultura de empresa", as suas lendas e tradições, os seus rituais e mitos fundacionais, a sua língua própria, as suas leis-regulamentações e o seu "território-propriedade", incluindo o "intelectual-patenteado" ...) fez greve!
Há que ver que há na criatura jurídica "Autoeuropa/Volkswagen" também um dualismo alma-corpo... que a alma (i.e., a administração ou "cérebro" que está no CEO e com o CEO) está zangada com o corpo (i.e., com os ditos "trabalhadores" e "colaboradores" que habitam a caverna), pois aquela não queria que este fizesse greve... É o que acontece no estado-empresa, com os seus altos e baixos (e baixíssimos) magistrados que estão no CEO... e ... o "povo nobre e imortal" que polula nas cavernas...
Para que tudo fosse belo e completo só faltava mesmo uma greve da alma... mas isso ao que parece nunca aconteceu... é algo que os sindicatos desconhecem e talvez seja até uma impossibilidade... da "cultura" Vivam pois os sapos, as salamandras, o irmão sol e os irmãos lua e oceano que jamais "greveiam", e, sobretudo, os humanos corpos belos que ainda restam por aí, em especial depois dos 30, que são os sobreviventes da`devatação do "crime legal" diariamente perpetrado pela dita "indústria alimentar", suas empresas-estado e seus amáveis serventes, incluindo os "produtores" agrícolas e agropecuários... que ofensa maior para os animais e as plantas, que são quem de facto produz e se reproduz, serem transformados assim em "objetos" de produção humana... coisa de "jardineiros" dementes... essa de se chamar "produtor de maçãs" ou de "batatas", por exemplo, para humilhação, neste caso, das macieiras e batateiras!
O "macaco humano" - e eu, sem dúvida, sou um deles - haverá um dia de perceber para que servem "exatamente" as "leis" das ditas empresas-estado e dos ditos estados-empresa... digo assim, porque o esforço jurídico-"científico" de "desdobramento do conceito" tem sido enorme aos longo dos milénios; por exemplo demonstrando que a "empresa" só apareceu no século XIX com a dita "revolução industrial"... o conceito jurídicco de empresa entenda-se, coisa que até pode ser verdade... mas daí a dizer que a empresa antes não existia, ou que o estado ou o império não foram "exatamente" como grandes empresas, vai a distância da deliberada falsidade... é como se só os olhos da alma vissem... e os outros fossem cegos ou não precisassem de ver, daí a venda na venta da dita senhora, a "romana", jvstitia. Só tenho pena de já cá não estar para ver a primeira greve da alma...
Boa noite e bons sonhos. Talvez a gente um dia ainda se encontre por aí. Ou talvez não, que é o mais certo.
Faz sentido produzir carros que em breve se espera que deixem de poder circular em várias "cidades europeias", desde logo na bela "cidade alemã" de Munique?
Faz sentido que uma "empresa-estado" como a Autoeuropa/Volkswagen nuns "estados-empresa" pague e noutros não (e, pelo contrário, até receba, como acontece no "Portugal" e na "Europa" onde a "Autoeuropa" (não sei quem é "ela", mas não há dúvida que é feminina, ao contrário do macho "Portugal") tem recebido "incentivos" financeiros, fiscais, de "formação", etc. que já andam na ordem do bilião de euros) pelo crime ambiental (sim, o crime ambiental da poluição, há muito "consagrado" no "código das penas" do "Portugal" (Artº 279, alínea b)? O que fizeram então a PJ, as "brigadas" do ambiente da GNR, o Ministério Público" do "Portugal", etc., quanto ao crime de andarem por aí tantos "Volkswagens" a poluir o ar do "Portugal"? Ah, já sei: decerto ou já prescreveu ou um estado não pode criminalizar (ou sequer multar) outro estado, certo? Tudo coisa da "madame" jvstitia, romaníssima (sim, ela sabe-se romana mas eu, uma vez mais, não entendo o que seja o "ser romano"... a "prima" diké já era romana?...) que paira no etéreo da verdade supra-sensível, e dos seus ilustres e dedicados serventes & associados... a doença da cultura do humano... raiz de todos os holocaustos...
Agora, saber se um estado pode fazer greve é fácil de responder: é claro que sim! Pois a empresa-estado "Autoeuropa/Volkswagen", que são todos os seus "trabalhadores" (há que descontar os desvinculados, ou precários "colaboradores" que juridicamente não contam como "trabalhadores" mas que para o estado-empresa do "Portugal" contam como "empregados"... iguaizinhos aos vinculados trabalhadores... uma perfeira demência jurídica, ou dementiae juris, como adoram os supremos jurisconsulto-res) mais a "cultura de empresa", as suas lendas e tradições, os seus rituais e mitos fundacionais, a sua língua própria, as suas leis-regulamentações e o seu "território-propriedade", incluindo o "intelectual-patenteado" ...) fez greve!
Há que ver que há na criatura jurídica "Autoeuropa/Volkswagen" também um dualismo alma-corpo... que a alma (i.e., a administração ou "cérebro" que está no CEO e com o CEO) está zangada com o corpo (i.e., com os ditos "trabalhadores" e "colaboradores" que habitam a caverna), pois aquela não queria que este fizesse greve... É o que acontece no estado-empresa, com os seus altos e baixos (e baixíssimos) magistrados que estão no CEO... e ... o "povo nobre e imortal" que polula nas cavernas...
Para que tudo fosse belo e completo só faltava mesmo uma greve da alma... mas isso ao que parece nunca aconteceu... é algo que os sindicatos desconhecem e talvez seja até uma impossibilidade... da "cultura" Vivam pois os sapos, as salamandras, o irmão sol e os irmãos lua e oceano que jamais "greveiam", e, sobretudo, os humanos corpos belos que ainda restam por aí, em especial depois dos 30, que são os sobreviventes da`devatação do "crime legal" diariamente perpetrado pela dita "indústria alimentar", suas empresas-estado e seus amáveis serventes, incluindo os "produtores" agrícolas e agropecuários... que ofensa maior para os animais e as plantas, que são quem de facto produz e se reproduz, serem transformados assim em "objetos" de produção humana... coisa de "jardineiros" dementes... essa de se chamar "produtor de maçãs" ou de "batatas", por exemplo, para humilhação, neste caso, das macieiras e batateiras!
O "macaco humano" - e eu, sem dúvida, sou um deles - haverá um dia de perceber para que servem "exatamente" as "leis" das ditas empresas-estado e dos ditos estados-empresa... digo assim, porque o esforço jurídico-"científico" de "desdobramento do conceito" tem sido enorme aos longo dos milénios; por exemplo demonstrando que a "empresa" só apareceu no século XIX com a dita "revolução industrial"... o conceito jurídicco de empresa entenda-se, coisa que até pode ser verdade... mas daí a dizer que a empresa antes não existia, ou que o estado ou o império não foram "exatamente" como grandes empresas, vai a distância da deliberada falsidade... é como se só os olhos da alma vissem... e os outros fossem cegos ou não precisassem de ver, daí a venda na venta da dita senhora, a "romana", jvstitia. Só tenho pena de já cá não estar para ver a primeira greve da alma...
Boa noite e bons sonhos. Talvez a gente um dia ainda se encontre por aí. Ou talvez não, que é o mais certo.
terça-feira, 29 de agosto de 2017
Zarathustra did not spoke like this ...
[...] Stop listening to everyone else. [...] The world is waiting to hear what you have to say. [...] ??!! So, logically, the "world" is not listening to the advice... just "me", right? And then, for sure, God is not dead... because He is who is talking to "me" here, right? He tells me: "Listen to Me" and forget what everyone else says... Now, admitting we all do the same, how the "world" of the "prophecy" would be like? Remember what "prophecy" says: out there is a "world" waiting for "what you have to say". A "world" where people are no more listening to everyone else. Now if you say something, who's really the listener? God is the answer; He or someone in His place. The "world" therefore is like a huge spherical onion, at the center of which God is positioned, listening to you and giving you "good" advice, you who are in one of the layers of the onion, doing your job for "Him". Such "world" can only be a totalitarian one, just as Hannah Arendt once described it. Not a world of supermen but the world of a "superman", a global juridical creature, or a global leviathan, that sets out the rules and the pace of all things. You are a nothing at the service of everything and, in practice, nobody is listening to you. And that's still a "world" ruled by morals, since "He", the monstrous creature, always gives you "good" advice. This is not the world envisaged by Zarathustra, nor by Socrates, but the "convenient" interpretation of Nietzsche and Plato, the one that imposes to humans a global slavery state and agenda. So this is my advice: be aware of such ridiculous (and though, dangerous) advices telling you, in this case, how to transform your life in less than a year. For that you must always ask yourself for the identity of the "advisor" - who is "he" the so much interested in the transformation of my life, where "he" lives and how he or she lives, who pays him or her for telling me things like this, etc. And meanwhile of after that, try to give him or her your enlightened advice, or try to share with him or her your experience of life or your particular concerns with life. You'll probably see that there is a "nothing" out there, a "nothing" that wants you like him or her...
Valdemar J. Rodrigues
Sintra, August 29th, 2017
Valdemar J. Rodrigues
Sintra, August 29th, 2017
quarta-feira, 23 de agosto de 2017
Queridos prezidentes e avariadores da juridicamente pensada e "desdobrada" autarkeia, parabéns por mais esta "eleição" da concelhia e da distrital; agora venha daí a confirmação dos "balentes" cidadões e cidadonas...
sexta-feira, 4 de agosto de 2017
domingo, 25 de junho de 2017
quarta-feira, 21 de junho de 2017
Incêndios "florestais": a pergunta "simplesmente dificílima", em 10 necessárias formulações...
A pergunta simples, demasiado simples para que os chamados "jornalistas" a consigam fazer, eles que estudaram a "ciência da comunicação", "imagem" e "marquetingue", etc., matérias da maior gravidade "inteletual-florestal"...
1. Senhor "prezidente da junta", que deputa na "assembelia municipal" onde se aprovam as "contas municipais" do "prezidente" e do "avariador-chefe" da concelhia partidária, o qual acumula com a administração da "empresa municipal", da "empresa privada SA" de "serviço público", etc. - o que foi que fez exactamente nos últimos anos do mandato para prevenir os incêndios florestais da sua freguesia ou "união" de freguesias?
2. Senhor "avariador" da (des) protecção civil, da "floresta", do "meio" ambiente", etc., a mesma e simples pergunta: o que fez em concreto no seu último mandado para prevenir os incêndios no município?
3. Senhor(a) "técnico superior" da autarquia da área "especializada" da floresta e do incêndio, da "desengenharia da floresta", do "meio ambiente", do "desordenamento", do "desurbanismo", etc.: o que fez em concreto nos últimos anos para prevenir os incêndios no município?
4. Senhora "autoridade" dos bombeiros e da "desprotecção civil" local, regional e nacional: a mesma e simples pergunta: o que fez em concreto no seu último mandato para prevenir os incêndios florestais no Portugal?
5. Senhora "autoridade policial" nacional, municipal e submunicipal (i.e., o interlocutor local para a "segurança", vulgo o "bufo"); o que fez em concreto no seu último mandado para prevenir os incêndios florestais no município, no Portugal, etc.?
6. Senhor "ICNF", "autoridade florestal" nacional, etc.: o que fez em concreto nos anos mais recentes, para além de "leis", "estudos" e #pareceres#, para prevenir os incêndios florestais no Portugal?
7. Senhoras "associações" e "afundações" bondosas e caritativas, de misericórdia, solidariedade social, eco-ambientais, florestais, locais, regionais e nacionais, internacionais, etc. : o que fizeram em concreto nos últimos anos para prevenir os incêndios florestais nas suas "zonas de influência"?
8. O importante mesmo é votar na autárquica. E depois nas outras. Há que confirmar os previamente "eleitos" pelos partidos... Os partidos precisam de "nós", pelo menos de alguns de "nós" suficientes para mascarar a abstenção, para que ela no conjunto não ande acima dos 60% (a constituição do dr. "miranda & associados" esqueceu-se do limite da abstenção, mas para "compensar" não esqueceu do "científico" método de Hondt...) É muito linda a "desmocracia" do "nós" Portugal & associados que és tão lindo... Por favor respeitem-na e ajudem-na! Ela precisa muito muito muito muito muito de vós! E por isso votem, votem, votem, votem, votem... de qualquer maneira "exceto" branco...
9. E há, para já, que parir as "leis", o "pacote" inteiro para que "marosca" se faça sem dor, e no escuro como convém: «O que não se vê não se sente!», diz o"povo"...
10. Puta que os pariu, com 2% de desconto para as "exceções"... cambada de incendiários...
1. Senhor "prezidente da junta", que deputa na "assembelia municipal" onde se aprovam as "contas municipais" do "prezidente" e do "avariador-chefe" da concelhia partidária, o qual acumula com a administração da "empresa municipal", da "empresa privada SA" de "serviço público", etc. - o que foi que fez exactamente nos últimos anos do mandato para prevenir os incêndios florestais da sua freguesia ou "união" de freguesias?
2. Senhor "avariador" da (des) protecção civil, da "floresta", do "meio" ambiente", etc., a mesma e simples pergunta: o que fez em concreto no seu último mandado para prevenir os incêndios no município?
3. Senhor(a) "técnico superior" da autarquia da área "especializada" da floresta e do incêndio, da "desengenharia da floresta", do "meio ambiente", do "desordenamento", do "desurbanismo", etc.: o que fez em concreto nos últimos anos para prevenir os incêndios no município?
4. Senhora "autoridade" dos bombeiros e da "desprotecção civil" local, regional e nacional: a mesma e simples pergunta: o que fez em concreto no seu último mandato para prevenir os incêndios florestais no Portugal?
5. Senhora "autoridade policial" nacional, municipal e submunicipal (i.e., o interlocutor local para a "segurança", vulgo o "bufo"); o que fez em concreto no seu último mandado para prevenir os incêndios florestais no município, no Portugal, etc.?
6. Senhor "ICNF", "autoridade florestal" nacional, etc.: o que fez em concreto nos anos mais recentes, para além de "leis", "estudos" e #pareceres#, para prevenir os incêndios florestais no Portugal?
7. Senhoras "associações" e "afundações" bondosas e caritativas, de misericórdia, solidariedade social, eco-ambientais, florestais, locais, regionais e nacionais, internacionais, etc. : o que fizeram em concreto nos últimos anos para prevenir os incêndios florestais nas suas "zonas de influência"?
8. O importante mesmo é votar na autárquica. E depois nas outras. Há que confirmar os previamente "eleitos" pelos partidos... Os partidos precisam de "nós", pelo menos de alguns de "nós" suficientes para mascarar a abstenção, para que ela no conjunto não ande acima dos 60% (a constituição do dr. "miranda & associados" esqueceu-se do limite da abstenção, mas para "compensar" não esqueceu do "científico" método de Hondt...) É muito linda a "desmocracia" do "nós" Portugal & associados que és tão lindo... Por favor respeitem-na e ajudem-na! Ela precisa muito muito muito muito muito de vós! E por isso votem, votem, votem, votem, votem... de qualquer maneira "exceto" branco...
9. E há, para já, que parir as "leis", o "pacote" inteiro para que "marosca" se faça sem dor, e no escuro como convém: «O que não se vê não se sente!», diz o"povo"...
10. Puta que os pariu, com 2% de desconto para as "exceções"... cambada de incendiários...
sexta-feira, 16 de junho de 2017
Não resisti! É uma grande música das Cocktail, um verdadeiro hino à (jurisprudencial) Prescrição
Amo as Cocktail e não resisti a partilhar aqui esta música da minha infância, que gostaria agora de dedicar ao sr. prof. dr. Manuel Pinho-Pin, ex-ministro da "economia e inovação" do Portugal e "atual" Visiting Professor da Columbia University, aos queridos autarcas-Pin - lembram-se desta querida, por exemplo? - deste lindo jardim à beira-mar plantado assim, e a todos os gestores-Pin do dito Portugal, entre os quais destacaria, aleatoriamente porque são imensos - são mais do que as mãezinhas! - o medalhado doutor Zeinal Mohamed Bava-Pin, honoris causa pela universidade da beira interior (em 2014), e o condecorado dr. António Mexia-Pin, homem de muitas energias que não se cansa de evangelizar na área da «corporate governance» e das «boas práticas de gestão», até as crianças do interior mais ou menos esquecido do Portugal. (Já que passámos por Leiria, fica também um kiss para a querida (e condecorada) jurista e gestora Maria Celeste Cardona-Pin. A dedicatória final é a mais importante, e vai para uma "senhora": a sra. dra. "Justiça" do Portugal & afins, "campeã olímpica" da Prescrição na categoria de "pesos pesados". (A medalha de prata, na mesma categoria, é da sra. dra. "autoridade tributadora" e a de bronze não sei, mas aposto que seja "privada", algum escritório do tipo Aristóteles da Cunha & Associados). Boa noite, boas audições e desculpem qualquer coisinha.
quarta-feira, 10 de maio de 2017
Milagres da fé jurídica III - o "trabalhador independente"
O "trabalhador independente" é, mundanamente ou na prática, uma impossibilidade jurídica (ou, em latim, como tanto gostam os nossos jurisconsultos-jurisconsultores, uma impossibilitatem iuris.) Pois ou se é trabalhador ou não se está "juridcamente subordinado" ao patrão e, como tal, é-se independente deste. As duas coisas ao mesmo tempo é que não, pelo menos para a maioria sã das mentes que trabalham e que não ganham a vida a criar e a "desdobrar" conceitos. Mais vale tarde do que nunca, e nunca é tarde para aprender! - dir-se-á com razão. Estranho mesmo é haver por aí tanta gente a falar de uma "impossibilidade jurídica", incluindo a amabilíssima "autoridade tributária". Mas compreende-se. Afinal não há também tanta gente por aí que fala de pontos, rectas e triângulos quando na verdade o ponto, a recta o triângulo para "nós" não existem? Para "nós" habitantes da Caverna (de Platão) que neste "mundo sensível" mais não vemos do que sombras projectadas das formas puras? Formas que somente a razão jurídica consegue ver. Nietzsche tinha razão: o platonismo da escola-cultura torna absolutamente desprezível a natureza e o mundo sensível em que vivemos.
sábado, 6 de maio de 2017
Milagres da Fé Jurídica II - A obsolescência programada
A destruição da propriedade alheia é crime. No entanto, a obsolescência programada não é. A "dificuldade em ser" deve estar na dificuldade de "provar", na obtenção da "matéria de fato" que inexoravelmente comprove o "crime". Afinal, os "manuais de instruções" quem os fez foi 1 engenheiro e um batalhão de advogados, dirigidos por algum nome ilustre da jurisprudencial praça. A "dificuldade" deve ser a de que na "empresa tecnológica", à semelhança da empresa de telecomunicações, devem trabalhar 2 engenheiros electrotécnicos, um deles avençado e o outro com MBA em "business administration" ou em "corporate strategy" obtidos na Harvard B.S., na Católica B.S. na "Oporto" B.S. ou em qualqquer outra B.S. de um ranking das 250 melhores B.S. do mundo conhecido e seus arredores; 2 engenheiros informáticos, em part-time; 1458 advogados sob supervisão da Obsolex & Associados S.A., empresa especializada em "obsolescência legal" em cujo "conselho de gestão", ou "curadoria", devem estar vários ilustres "jurisconsultores" da FDUL, da FDUC, da FDUNL ou de qualquer outra FD nacional, com acesso à "deputação", e, mais "indiretamente" talvez, por via de contrato de outsoucing, para aí uns 150 "colaboradores" de call-center. Deve ser esta a enorme, a grandecíssima "dificuldade" que há em colocar no "código das penas" o crime da obsolescência programada. Boa noite e durmam bem. Quando o portátil, a varinha mágica, o multifunções ou o carregador de bateria do telemóvel deixarem subitamente de funcionar, por razões que a razão desconhece, e "acidentalmente" perto do termo do prazo da garantia, não hesitem; reclamem e peçam "ajuda" à DECO, à ASAE ou então à Obsolex & Associados S.A. - os seus "colaboradores" irão certamente tratar-vos da "justiça" ...
segunda-feira, 1 de maio de 2017
E o dia do colaborador?
Falta o dia do colaborador ou seja, o dia do "sem vínculo laboral", do "recurso humano" "juridicamente insubordinado " que colabora na sua própria exploração...
sábado, 18 de fevereiro de 2017
E sobreveio um tempo de silêncio, como uma espécie de hibernação...
... longa e voluntária, até lá para Novembro, em princípio. Saúde para todos.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
A minha proposta
A minha proposta, que desejo politicamente construtiva, visa em particular responder àqueles que me acusam de ser do contra ou, pelo menos, alguém sem esperança no governo e na política. Ponho-a à vossa consideração, pois estou certo de que ela não é nem ideal nem perfeita; parece-me, contudo, em linhas gerais possível, apesar de obviamente ambiciosa. Como não sou especialista em direito nem em ciência política, é provável que ela não seja sequer original. Se quiserem e puderem, agradeço que me apontem as faltas de originalidade, bem os autores originais (ou eventualmente programas políticos de partidos) que, de imediato, passarei a citar.
É assim: se os candidatos às juntas e assembleias de freguesia são "eleitos" pelas concelhias partidárias, então vote-se nas concelhias partidárias ou, então, acabe-se com as juntas e assembleias de freguesia; se os candidatos às câmaras e assembleias municipais são "eleitos" pelas distritais partidárias, então, vote-se nas distritais partidárias ou acabe-se com as câmaras e assembleias municipais; e assim sucessivamente até se votar em quem efectivamente "elege" o governo e os deputados ou, alternativamente, até se acabar com o governo e o parlamento nacionais. O político deve responder politicamente a, e estar politicamente dependente de quem o elegeu (responderá obviamente perante o país e as instituições nacionais, tal como perante outros países e instituições internacionais, naquilo que for do acordo e consentimento comum dos respectivos colectivos); por outras palavras, ele não é "empregado político" de mais ninguém a não ser daqueles que democraticamente o elegeram. Se isso não for possível - e parece que não é - então acabe-se de uma vez por todas com a fraude da "democracia representativa", e que hoje apenas representa uma ínfima parte da população que (ainda) milita nos partidos e/ou que os controla (são aliás os partidos que dão sinais de não precisarem de muitos mais militantes, porque já lhes bastam os poucos que vão tendo e, principalmente, porque há a generosodade do Estado que os financia, aos maiores entenda-se). Em democracia as eleições não podem ser mero "formalismo" de confirmção daqueles que, na verdade, já foram de alguma maneira previamente escolhidos, isto sob pena de a democracia não ser. Por outro lado, é irracional haver tantos níveis de governo quando, na verdade, há um nível superior, uma espécie de cúpula ou "papado político" nacional (e supra-nacional), que manda em todos os níveis de governo que estão "abaixo". A questão é que isso não é próprio do ser da política; é próprio, quando muito, do ser da administração. Porém a política não se reduz à administração, sob pena de o Estado se transformar num Estado-empresa, ou numa Empresa-estado, tanto faz, orientado apenas para fins, e seguindo critérios, puramente económicos e financeiros. O dinheiro é, obviamente, crucial e porventura a questão mais importante. Marx, que errou em muitas coisas que disse e escreveu, esteve certo porém quando falou em "economia política", não separando entre economia e política. Fazê-lo é aceitar um idealismo pueril que, mais tarde ou mais cedo, acabará por pagar-se. O dinheiro público urge pois poupá-lo e usá-lo bem e racionalmente, mas para haver a tal ligação à política a coisa devia ser totalmente reformulada ao nível fiscal e da estrutura dos orçamentos públicos nacionais, regionais e locais. Não faz sentido, por exemplo, o Estado central dispor de um orçamento tão grande face ao do conjunto das regiões autónomas e dos municípios. Tal como não faz sentido os municípios, que o imitam, disporem de um orçamento tão grande quando comparado com os orçamentos das correspondentes freguesias. A começar por "baixo", pelas juntas de freguesia, a fiscalidade e os orçamentos deviam ser mais flexíveis e estar, em todo o caso, dependentes da disponibilidade para pagar dos respectivos eleitores. O mesmo para os municípios, para as regiões e para o país no seu todo. Sendo que, ao chegar-se ao Estado nacional e à sua administração, haveria este de dispor de um orçamento mínimo, correspondente a uma pequena percentagem do PIB nacional (digamos que da ordem dos 5%), para acorrer às desigualdades regionais e locais subsistentes, à justiça e à defesa nacional. Segurança, saúde, educação, ambiente, cultura, defesa do património, etc. deviam ser políticas públicas maioritariamente de cariz infra-estadual, infra-estadualmente geridas e maioritariamente sustentadas por uma fiscalidade própria de base regional e local ou seja, sustentada pelas populações alvo dessas políticas, e nas condições em que hajam consentido nelas e nos seus objectivos. Sempre achei que era essa a ideia do "pensar globalmente, agir localmente" da (esquecida) Agenda 21. Não só a administração pública se tornaria mais eficiente, e os agentes políticos nacionais, regionais e locais mais responsáveis, como os respectivos serviços seriam fortemente estimulados do ponto de vista técnico, atendendo ao exercício de facto das suas competências. Eis portanto a minha proposta.
É assim: se os candidatos às juntas e assembleias de freguesia são "eleitos" pelas concelhias partidárias, então vote-se nas concelhias partidárias ou, então, acabe-se com as juntas e assembleias de freguesia; se os candidatos às câmaras e assembleias municipais são "eleitos" pelas distritais partidárias, então, vote-se nas distritais partidárias ou acabe-se com as câmaras e assembleias municipais; e assim sucessivamente até se votar em quem efectivamente "elege" o governo e os deputados ou, alternativamente, até se acabar com o governo e o parlamento nacionais. O político deve responder politicamente a, e estar politicamente dependente de quem o elegeu (responderá obviamente perante o país e as instituições nacionais, tal como perante outros países e instituições internacionais, naquilo que for do acordo e consentimento comum dos respectivos colectivos); por outras palavras, ele não é "empregado político" de mais ninguém a não ser daqueles que democraticamente o elegeram. Se isso não for possível - e parece que não é - então acabe-se de uma vez por todas com a fraude da "democracia representativa", e que hoje apenas representa uma ínfima parte da população que (ainda) milita nos partidos e/ou que os controla (são aliás os partidos que dão sinais de não precisarem de muitos mais militantes, porque já lhes bastam os poucos que vão tendo e, principalmente, porque há a generosodade do Estado que os financia, aos maiores entenda-se). Em democracia as eleições não podem ser mero "formalismo" de confirmção daqueles que, na verdade, já foram de alguma maneira previamente escolhidos, isto sob pena de a democracia não ser. Por outro lado, é irracional haver tantos níveis de governo quando, na verdade, há um nível superior, uma espécie de cúpula ou "papado político" nacional (e supra-nacional), que manda em todos os níveis de governo que estão "abaixo". A questão é que isso não é próprio do ser da política; é próprio, quando muito, do ser da administração. Porém a política não se reduz à administração, sob pena de o Estado se transformar num Estado-empresa, ou numa Empresa-estado, tanto faz, orientado apenas para fins, e seguindo critérios, puramente económicos e financeiros. O dinheiro é, obviamente, crucial e porventura a questão mais importante. Marx, que errou em muitas coisas que disse e escreveu, esteve certo porém quando falou em "economia política", não separando entre economia e política. Fazê-lo é aceitar um idealismo pueril que, mais tarde ou mais cedo, acabará por pagar-se. O dinheiro público urge pois poupá-lo e usá-lo bem e racionalmente, mas para haver a tal ligação à política a coisa devia ser totalmente reformulada ao nível fiscal e da estrutura dos orçamentos públicos nacionais, regionais e locais. Não faz sentido, por exemplo, o Estado central dispor de um orçamento tão grande face ao do conjunto das regiões autónomas e dos municípios. Tal como não faz sentido os municípios, que o imitam, disporem de um orçamento tão grande quando comparado com os orçamentos das correspondentes freguesias. A começar por "baixo", pelas juntas de freguesia, a fiscalidade e os orçamentos deviam ser mais flexíveis e estar, em todo o caso, dependentes da disponibilidade para pagar dos respectivos eleitores. O mesmo para os municípios, para as regiões e para o país no seu todo. Sendo que, ao chegar-se ao Estado nacional e à sua administração, haveria este de dispor de um orçamento mínimo, correspondente a uma pequena percentagem do PIB nacional (digamos que da ordem dos 5%), para acorrer às desigualdades regionais e locais subsistentes, à justiça e à defesa nacional. Segurança, saúde, educação, ambiente, cultura, defesa do património, etc. deviam ser políticas públicas maioritariamente de cariz infra-estadual, infra-estadualmente geridas e maioritariamente sustentadas por uma fiscalidade própria de base regional e local ou seja, sustentada pelas populações alvo dessas políticas, e nas condições em que hajam consentido nelas e nos seus objectivos. Sempre achei que era essa a ideia do "pensar globalmente, agir localmente" da (esquecida) Agenda 21. Não só a administração pública se tornaria mais eficiente, e os agentes políticos nacionais, regionais e locais mais responsáveis, como os respectivos serviços seriam fortemente estimulados do ponto de vista técnico, atendendo ao exercício de facto das suas competências. Eis portanto a minha proposta.
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017
A esquerda/direita da ortografia do português, segundo o arqtº José António Saraiva
A dialéctica esquerda/direita em democracia necessita de pretextos;
A ortografia é um deles: segundo o arqtº Saraiva ser de esquerda é rejeitar o AO 1990; aceitá-lo é ser como se deve ser ou seja, de direita (i.e., a "prima" do direito). Na sua "perspetiva" o dr. Bagão Félix, por exemplo, é um homem de esquerda. Tal como o dr. Manuel Monteiro. Interessante esta nova modalidade divisória. Ser de esquerda é, segundo ele, ser "reacionário"; recusar "adotar" um AO que é "mera" convenção. Até eu, um pobre coitado, sou agora também de "esquerda". Eu já devia ter suspeitado...
O arqtº Saraiva não é advogado de formação (embora advogue muito) mas sim "arquiteto". Como "arquiteto" devia saber que há o lado estético da escrita, e que são muitas as palavras que na nova "redação" ficam feias, para não dizer horríveis. Mas os grandes "arquitetos" apreciam o "choque estético"; é ele que tantas vezes lhes assegura os prémios de "arquitetura". Concordará que por isso são de "esquerda", os grandes "arquitetos"? Certamente que não! Só seriam de esquerda se em vez de "arquiteto" escrevessem arquitecto. É sempre bom saber de que lado se está, e o arqtº Saraiva está do lado certo. Sempre esteve e estará do lado certo, que é o lado dos fortes e dos bons. O lado que sabe que para construir é preciso destruir. Desconheço-as, mas é óbvio que deverão ter sido inúmeras as vantagens políticas e económicas do AO. O "português europeu" salvou-se da extinção ao mesmo tempo que o "português unificado" se impôs, abrindo portas ao Portugal dos negócios e do direito internacionais. Ele terá concerteza as estatísticas, ou então tê-las-á seguramente o "Pordata" do dr. Barreto. Em particular, deve ter sido colossal o impacto do novo AO 1990 no PIB, no défice e na dívida públicas, além, claro está, de nas exportações "nacionais". Nós, estúpidos e profanos, ou profanamente estúpidos, é que não sabemos ver. Não temos olho para a coisa. Nas escolas reina a alegria de um admirável mundo que prossegue a grande marcha da língua portuguesa unificada. O arqtº Saraiva insiste na pequenez da coisa, que para ele é mera convenção. É como conduzir o automóvel pela esquerda, em vez de pela direita. O importante é mesmo fazer-se transportar e chegar ao destino. Tal como é importante que cada geração de grandes "arquitetos" marque a sua presença no mundo, que cause o seu "choque" cultural, impondo ao mundo um pace e um "estilo" sempre novos, sempre diferentes. Pergunta ele: «Por que razão no século XIX o som hoje representado pela letra ‘f’ se escrevia com ‘ph’? Por que se escrevia ‘pharmacia’ e hoje se escreve ‘farmácia’? Porquê?». Ao que nós respondemos aquilo que podemos responder: que não sabemos. Talvez o pai ou o avô dele pudessem responder; talvez a resposta fosse: «Porque nós também chocámos e marcámos a nossa passagem pelo mundo!» Se fosse "mera convenção", como diz, então porque razão não aceitaria o arqtº Saraiva a convenção que estava? Porque não continuou ele a escrever tal como aprendeu nos bancos da sua escola? E porquê tanta atenção, tantas reflexões, décadas de artigos em defesa do AO90?
A história do AO90 está feita; os seus "objetivos" foram largamente alcançados. Parabéns pois à "prima" e ao arqtº Saraiva: uma vez mais a história é irreversível; não é possível voltar atrás. É assim mesmo há milénios, desde os tempos do Moisés que Freud acreditava ser egípcio! Parabenize também em meu nome, se fizer favor, o dr. Balsemão, o dr. Santos Sinva e a tantos homens de "direita" quantos lhe aprouver parabenizar. (Diga-lhes que são os parabéns do Valdemar, aquele gajo lá de Cós, uma aldeia que agora, pelos vistos - e ele também não sabe porquê - passou oficialmente a grafar-se Coz, tal como dá conta o "respetivo" brasão de armas. Eu sei que eles me conhecem, pelo menos em espécie, porque não há nada nem espécie alguma que eles não conheçam. Eles estão sempre a um dedo de Deus e da omnisciência, como pintou o "Miguel" lá no "teto" da capela.) A "vitória" do AO mostra que são mesmo os homens que fazem a História, ou pelo menos alguns deles, os de Gnose, os de Génio... Eu, enquanto não me puserem o "garrote", faço assim: "adoto", enquanto me lembrar, as aspas nas pavavras com a nova "redação". Fico no meio termo, e rio. Até porque rir faz muito bem à saúde.
Sintra, 8 de Fevereiro de 2017
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
Grandes descobertas da "humanidade" - I
A maior - para não dizer a única! - "descoberta" da ciência política é a de que a vida humana sem Estado não é viável...
Dos mistérios da fé jurisprudencial, nomotética ou jurídica I - Os nomes e as coisas
Era tão bom que uma coisa chamada ASAE conseguisse ver a QUALIDADE dos alimentos que estão à venda, e não apenas a "batéria" da colher de pau e o galheteiro do óleo de azeitonas (sim, que essa "coisa" soubesse distinguir, por exemplo, entre azeite e óleo de azeitonas...)
Porquê dar o mesmo nome a coisas diferentes e não ver aí nenhum problema ou ilegalidade... é como dar nomes diferentes a coisas essencialmente as mesmas... Mas eis porventura o grande mistério da fé jurisprudencial, nomotética ou jurídica; porventura o primeiro e o maior de todos mistérios!
Ah, e já agora: que a ASAE soubesse que quando por exemplo os ténis da Nike ou da Adidas vêm do Paquistão ou do Bangladesh o mais certo é já virem contrafeitos de origem...
Porquê dar o mesmo nome a coisas diferentes e não ver aí nenhum problema ou ilegalidade... é como dar nomes diferentes a coisas essencialmente as mesmas... Mas eis porventura o grande mistério da fé jurisprudencial, nomotética ou jurídica; porventura o primeiro e o maior de todos mistérios!
Ah, e já agora: que a ASAE soubesse que quando por exemplo os ténis da Nike ou da Adidas vêm do Paquistão ou do Bangladesh o mais certo é já virem contrafeitos de origem...
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
Coisas que se aguardam com "espetativa"...
- Teoria do deus-robô, criador do adão-robô, da eva-robota, do céu digital e de todo o universo robótico;
- O " pecado original" do ser-robô;
- Definição do conceito jurídico de robô e robota, de identidade e nacionalidade robótica;
- Estudos metafísico-teológicos sobre moral e religiosodade robótica;
- Advento da filosofia robótica e da teoria do Estado-robô;
- Technoleviatã e demais obras proeminentes sobre a sociedade digital, a vontade geral e o bem comum robóticos; formulação de teorias da justiça robótica e do contrato robô-social;
- Consagração de deveres e direitos contitucionais aos seres robô, desde logo o direito à vida robótica;
- Personalidade jurídica e responsabilidade civil e criminal dos seres-robô:
- Inclusão do princípio de não descriminação de robôs e robotas;
- Sindicatos de robôs e demais associações de robôs e robotas;
- A rôbo-psicologia, a rôbo-psiquiatria e a sexualidade robótica;
- O desenvolvimento do ramo do "direito das máquinas", e dos respectivos códigos, a acrescentar aos diversos ramos do direito já existentes, e nomeadamente ao direito do trabalho;
- etc. etc.
Adenda clarificadora: Os robôs não pensam. Pensar não é a mesma coisa que cogitar, não é o mero inteligir da inteligência. Os robôs não falam com o outro que há neles (eles são 1 em 1, ao contrário do humanos que, ao pensar, são 2 em 1) nem se perguntam pelo significado da vida e da morte, por exemplo. A questão é pois o pensar, e se o intelecto, na sua agitação juntamente com a da vontade, puder impedir o pensar, o que acontece é que os humanos deixam de pensar ou seja, deixam de ser humanos e tornam-se iguais aos robôs. Os robôs (e "robotas", já agora!) são utilíssimos, existem há milhares de anos sob a forma de escravos ou "animais humanos", e por isso oxalá nos libertem definitivamente do trabalho. Para quê? Ora, para que possamos pensar e, dessa maneira, possamos ser humanos. Parece que a maior dificuldade da empresa são os próprios estados, com suas leis arcaicas ainda apostadas na defesa dos chamados direitos de "propriedade intelectual"... uma coisa que vem na Constituição dos EUA...
Se os robôs e as robotas fossem de facto inteligentes, há muito que tinham assumido o governo-de-si... Para mais clarificação sobre o pensar, leia-se: https://readinggroupcork.files.wordpress.com/2012/07/hannah-arendt-the-life-of-the-mind.pdf
- O " pecado original" do ser-robô;
- Definição do conceito jurídico de robô e robota, de identidade e nacionalidade robótica;
- Estudos metafísico-teológicos sobre moral e religiosodade robótica;
- Advento da filosofia robótica e da teoria do Estado-robô;
- Technoleviatã e demais obras proeminentes sobre a sociedade digital, a vontade geral e o bem comum robóticos; formulação de teorias da justiça robótica e do contrato robô-social;
- Consagração de deveres e direitos contitucionais aos seres robô, desde logo o direito à vida robótica;
- Personalidade jurídica e responsabilidade civil e criminal dos seres-robô:
- Inclusão do princípio de não descriminação de robôs e robotas;
- Sindicatos de robôs e demais associações de robôs e robotas;
- A rôbo-psicologia, a rôbo-psiquiatria e a sexualidade robótica;
- O desenvolvimento do ramo do "direito das máquinas", e dos respectivos códigos, a acrescentar aos diversos ramos do direito já existentes, e nomeadamente ao direito do trabalho;
- etc. etc.
Adenda clarificadora: Os robôs não pensam. Pensar não é a mesma coisa que cogitar, não é o mero inteligir da inteligência. Os robôs não falam com o outro que há neles (eles são 1 em 1, ao contrário do humanos que, ao pensar, são 2 em 1) nem se perguntam pelo significado da vida e da morte, por exemplo. A questão é pois o pensar, e se o intelecto, na sua agitação juntamente com a da vontade, puder impedir o pensar, o que acontece é que os humanos deixam de pensar ou seja, deixam de ser humanos e tornam-se iguais aos robôs. Os robôs (e "robotas", já agora!) são utilíssimos, existem há milhares de anos sob a forma de escravos ou "animais humanos", e por isso oxalá nos libertem definitivamente do trabalho. Para quê? Ora, para que possamos pensar e, dessa maneira, possamos ser humanos. Parece que a maior dificuldade da empresa são os próprios estados, com suas leis arcaicas ainda apostadas na defesa dos chamados direitos de "propriedade intelectual"... uma coisa que vem na Constituição dos EUA...
Se os robôs e as robotas fossem de facto inteligentes, há muito que tinham assumido o governo-de-si... Para mais clarificação sobre o pensar, leia-se: https://readinggroupcork.files.wordpress.com/2012/07/hannah-arendt-the-life-of-the-mind.pdf
Do mostrar que sempre esconde da notícia: exemplo
Mostra a notícia:
«Os empréstimos concedidos às famílias caíram 1,6%. A evolução foi causada pela quebra no segmento da habitação, que representava mais de 80% do total.»
O que esconde a notícia, por exemplo, é que...
«em compensação, o "segmento" das dádivas das famílias à banca tem aumentado exponencialmente. E parece que vai continuar a aumentar, agora por culpa do Trump, do Brexit, etc....»
«Os empréstimos concedidos às famílias caíram 1,6%. A evolução foi causada pela quebra no segmento da habitação, que representava mais de 80% do total.»
O que esconde a notícia, por exemplo, é que...
«em compensação, o "segmento" das dádivas das famílias à banca tem aumentado exponencialmente. E parece que vai continuar a aumentar, agora por culpa do Trump, do Brexit, etc....»
segunda-feira, 2 de janeiro de 2017
Da verdade ou falsidade das notícias
Será verdadeira ou falsa esta notícia? A questão está mal colocada, pois não é a notícia em si que é falsa ou verdadeira, mas sim os factos que lhe correspondem ou a forma como ela diz que as coisas são ou aconteceram. As notícias em si mesmas são sempre verdadeiras, no sentido em que acontecem, ou sempre falsas, no sentido em que não reflectem na perfeição os factos e acontecimentos que expõem através de um medium: a linguagem. O que há a saber é porque razão uma notícia chega e não outra ou nenhuma, e desta maneira e não daquela. A pergunta essencial, ou primeira, remete para o significado da notícia, e não para o seu conteúdo de verdade ou falsidade.
Um Feliz Ano Novo de 2017 para todos! Com mais tempo para pensar, que significa mais tempo com aquele com quem falamos, em silêncio, quando pensamos.
segunda-feira, 14 de novembro de 2016
terça-feira, 4 de outubro de 2016
segunda-feira, 3 de outubro de 2016
Uma vez mais uma vénia para o Tinta Fresca, e para o seu Director, o Jornalista e Professor Mário Lopes
Um exemplo de Jornalismo e de Liberdade de Expressão. A mostrar que isso ainda é possível, apesar de todas as dificuldades.
Esta nota vem a talho de foice, pela publicação no Tinta Fresca do meu texto de opinião "O lado oculto do associativismo" que desta forma aproveito para agradecer. Sei que não é um texto cómodo ou fácil, e certamente isento de falhas, mas eu nunca julgo por baixo os meus possíveis leitores, ao contrário do que faz a chamada "comunicação social de massas", ou imprensa mainstream para usar um termo mais técnico, incluindo nele uma boa parte da imprensa local e regional que aqui me escuso de apontar... A título de declaração de interesses cumpre-me informar que não tenho, nem jamais tive, qualquer tipo de negócios com o Tinta Fresca, ou pessoalmente com o seu director, o Professor Mário Lopes, empresariais, políticos, públicos, semipúblicos, privados, familiares, etc. Sei que isso marca a nossa diferença em relação à referida imprensa mainstream, e só tenho pena que muitos leitores não valorizem devidamente estas situações, certamente por ignorância ou conveniência, voluntária ou involuntariamente assumidas... talvez um dia as coisas mudem, pelo menos eu assim o espero há algumas décadas....
Uma vez mais o meu muito obrigado Mário Lopes!
Fortaleza de Peniche - Museu Nacional da Resistência
Sou, por princípio, favorável à Petição, atendendo à História. Mas porque a História continua, julgo essencial que se imponha uma condição à criação desse possível museu: a de que ele contemple uma sala ampla e completamente despida, em sinal de ântuma homenagem a todos os resistentes actuais e futuros. Ora, não o fazer é dar o sinal contrário: o de que a História chegou ao fim, e o de que a resistência é algo que hoje não faz sentido. Uma vez incluída na Petição essa condição, é claro que de imediato a subscreverei...
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
O lado oculto do associativismo
Foto: picado aqui
O Lado Oculto do Associativismo
I de III
O meu artigo anterior
sobre “Economia informal” tornou este inevitável, enquanto seu
necessário complemento. A estadística dá por vezes conta
de extraordinários fenómenos, coisas cujo estudo científico parece
condenado à procrastinação. São frequentemente fenómenos das
ditas ciências sociais, por oposição às naturais. Sobre a divisão
das ciências, cabe dizer que foi o ser na cultura quem a fez ou
seja, o ser em estado de não-natureza que vê o homem em seu
estado natural como um ser carente de guia ou orientação espiritual
i.e., carente de luz, algo que a
cultura qua educação
propicia, o que o torna assim capaz de distinguir entre o
verdadeiro e o falso, o bem e o mal, etc. (Por outras
palavras, o ser na cultura que acha que o homem não é, por
natureza, como deve ser.) Mais modernamente, notou-se a convergência
das vontades de verdade atidas às duas classes de
ciências, e nesse sentido dir-se-á que a primeira classe
quis objetivar-se e naturalizar-se, ao passo que a segunda,
com menos visibilidade talvez, se abriu também ela à subjectividade
e à incerteza. Mas vamos ao assunto: o número de associações de
toda a espécie cresceu exponencialmente nas últimas décadas, um
pouco por todo o mundo ocidental e, nomeadamente, em Portugal: apesar
disso mantém-se, ou agrava-se, o diagnóstico da reduzida
participação dos cidadãos, em particular dos portugueses, em
actividades associativas. Pior: há estudos recentes que mostram
Portugal com o mais baixo “índice
de associativismo” por habitante de toda a Europa! Como
explicar isto à luz das teorias geralmente aceitas de ciências
(objectivadas) como a psicologia social, a sociologia, a ciência
política ou a economia?
É um fenómeno
intrigante, e não parece suficiente aventar, por exemplo, a
diminuição do número médio de membros de cada associação,
acompanhada, ou não, do aumento do número ou variedade de causas
sociais que levam as pessoas a associar-se. Haveria sempre que
demonstrá-lo e, ademais, de se mostrar como pode a adição de
partículas de sal (uma metáfora
para os líderes associativos) a um volume de água não
saturado de sais (i.e., a sociedade) não só não aumentar a
salinidade da água como, pelos vistos, diminuí-la. A desconexão
entre participação cívica e ímpeto criador (e mantenedor) de
associações e organizações dessa (hegeliana) «sociedade
civil» não parece suscitar por aí além a atenção das ditas
ciências, levando-as por exemplo a examinar o dúbio carácter das
associações, situado algures entre o privado e o público. Ou a
essência e o devir da
“pessoa colectiva” do Estado, aparentemente oscilando entre a
privatização do público e a colectivização do privado.
Aparentemente, pois se trata de uma oscilação perceptível apenas
por quem está por dentro. Por fora, a “pessoa colectiva” do
Estado é e sempre foi gestora dos interesses privados daqueles que a
constituem, e que historicamente conflituam com os das demais
“pessoas colectivas”. Mas será que qualquer colectivo, por mais
pequeno ou especializado que seja, segue inconscientemente as
passadas e o exemplo do “pai”, do semi-divino “deus mortal”
tal como Hobbes lhe chamou?
II de III
Será que há no ser da
“pessoa colectiva”, essa quintessencial invenção da cultura,
uma vontade inconsciente de vir-a-ser soberanamente, tal qual o
Estado veio-a-ser, e da mesma forma que ainda hoje muitas nações
procuram ser Estados, ou ser à semelhança de Estados? (podia
inclusive perguntar-me porque me inclino a escrever Estado com
inicial maiúscula, ao passo que hesito em escrever Nação? Será
pela mesma razão que a projectada sociedade das nações nunca
veio-a-ser; vindo em seu lugar a ONU qua sociedade de
Estados?) Mas não nos afastemos demasiado do assunto deste
inquérito: o misterioso fenómeno das associações. Não tenho
provas de que o “exemplo do pai” seja o arquétipo dominante no
inconsciente dos colectivos associativos. Se o fosse as coisas seriam
mais simples: público seria tudo aquilo a que o “pai” com
autoridade chama de “seu”, e
privado tudo aquilo que ele (ainda) não domina ou não conquistou.
Da mesma forma não estou certo de que em democracia as associações
estejam livres de déspotas e dinastias.
É
muito antiga e atribulada a história do “nós” ou seja,
da “pessoa colectiva” motriz da cultura em seu movimento social e
histórico. Entre traumas e doenças, muito haverá por explorar nos
meandros das mentes colectivas e respectivos inconscientes. Até que
a ciência possa compreender com clareza a interação entre
psicologia individual e colectiva muitas décadas decorrerão, pois
esse é tema delicado e talvez demasiado sensível para a cultura
que, por isso, não teve até hoje a atenção que merecia. Não há
“colectivos doentes”; o que há, porque a cultura tolera, são
“colectivos de doentes”, coisa bem diferente. É destes que a
medicina trata quando trata das chamadas “doenças sociais”: a
doença é social não porque a “pessoa colectiva” esteja doente,
ou sua psique transtornada no caso de doença mental, mas
porque muitos indivíduos a têm. Mas recentremo-nos: recordo que a
pergunta aqui é sobre o porquê da reduzida participação cívica
dos cidadãos, em especial dos portugueses, em contraste com uma
sociedade onde abundam e proliferam associações e colectividades
(haverá hoje activas em Portugal cerca de 18 milhares, segundo as
estimativas disponíveis, o que dá em média quase 6 associações
por freguesia). A falta de uma ciência suficientemente conhecedora
dos meandros e subtilezas da psique colectiva não deve deter a
procura de explicação, até porque há coisas demasiado evidentes
que em situações normais talvez carecessem de outra atenção, de
um inquérito mais aprofundado e decerto de melhores estatísticas.
Estou obviamente a falar do estatuto social e do regime fiscal muito
próprios, e favoráveis, de que o associativismo goza, por
comparação com o chamado “sector privado” da economia. Por um
lado isenções fiscais e subsídios e, por outro, condições tão
ou mais favoráveis do que as dos privados para a prossecução dos
mais diversos negócios, e para a criação e manutenção de
empregos.
III de III
Há, obviamente,
justificação válida para a eventual concorrência entre privados e
associações, justificação sem a qual a concorrência seria
desleal: as associações concentram o seu esforço na prossecução
dos seus fins estatutários, dos seus declarados e publicamente
reconhecidos propósitos. Os negócios que eventualmente promovam têm
carácter subsidiário: eles acontecem quando e porque estão ao
serviço da prossecução daqueles fins ou propósitos. Se o
principal fim da associação é, por exemplo, a recreação (ou o
entretenimento), parece-me óbvio que a autoridade pública haveria
sempre de questionar-se sobre a utilidade pública de tal
organização, pois de outra forma estaria sub-liminarmente a
dizer-se aos cidadãos que a recreação é política pública do
Estado. Ora, a CRP, por exemplo, não prevê o direito à recreação,
consubstanciado no dever do Estado em assegurar as condições e os
meios para que os cidadãos se divirtam.
Evitar a concorrência
desleal e injusta com o sector privado exige pois das autoridades
públicas que não se poupem a uma fiscalização constante e eficaz
visando apurar se as associações estão, ou não, a cada momento
concentradas na prossecução dos seus fins e propósitos. Mas é
aqui que surgem as grandes dúvidas. Onde estão, por exemplo, os
dados referentes à fiscalização regular, por parte do Estado ou
das Autarquias, ao funcionamento das associações? Onde está, para
consulta do público, a informação actualizada sobre os frutos
dessa fiscalização? Ou sequer sobre o número de sócios das
associações no activo (pessoalmente, sei de casos em que nem a
própria associação o sabe...)? Não é compreensível, em
especial nos dias de hoje, com a abundância e o baixo custo dos
meios que a técnica proporciona, tanta obscuridade e ausência de
informação sobre as características, situação financeira e modo
de funcionamento das associações. Poderá estar aqui a solução
para o nosso enigma, que caberia às ciências mais vocacionadas para
o assunto esclarecer e aprofundar. Não se compreende, a não ser por
caciquismo ou por algum complexo de nefandas motivações, o fraco
empenho dos municípios na fiscalização regular, sistemática e
transparente, das associações e colectividades instaladas nas suas
freguesias. O mesmo se diga do governo em relação às
colectividades e associações de âmbito diverso que se albergam em
seus territórios. O associativismo, elemento pedagógico que o ser
na cultura vê como indispensável a uma democracia sã e moderna,
não devia carregar consigo o estigma que, de todos, menos lhe
convém: o de contribuir para o atraso social e a injustiça
económica; para a promoção da mediocridade e do clientelismo. Isto
além de, eventualmente, não se furtar à ilegalidade (por exemplo,
quantas associações pagam o IMI relativo às partes dos prédios
onde mantêm actividades comerciais não reservadas aos seus sócios,
tipo bares e restaurantes?) A questão é porém mais complexa do que
à primeira vista parece. Abordá-la com os necessários rigor e
método científicos, é algo que ainda está por fazer. Algum
positivismo não faria mal a ninguém.
Sintra, 18 de Setembro de
2016
domingo, 18 de setembro de 2016
terça-feira, 13 de setembro de 2016
Cadastro florestal sim, mas como deve ser!
Comentário ao artigo de Viriato Soromenho Marques no DN de hoje:
São estas pequenas grandes coisas que nos distinguem... E quanto ao IMI, que não consigo entender, sou contra, obviamente.
«Terras não cadastradas de proprietários absentistas»! Ora, será que o futuro cadastro vai levar em conta o valor ecológico da propriedade rústica? Porque o meu pinhalzinho também recicla nutrientes, purifica as águas subterrâneas, contribui para manter a biodiversidade e fixa o maldito Carbono da atmosfera, ou será que desta vez não?! Será que desta vez ele só faz mal, incêndios, pragas, pestes e coisas assim? Só causa externalidades negativas? Será que uma vez mais vamos ver a face oculta do "ambientalismo" indígena a atacar a propriedade privada a torto e a direito? Esquecendo sorrateiramente, e neste caso em particular, os dados do Millennium Ecosystem Assessment?... A minha sugestão é a seguinte: que se cadastre, sim senhor, mas que se leve em conta nesse cadastro o "valor ecológico" da propriedade, isto se for o caso, como parece ser, de taxar e aplicar IMIs - outra coisa não se esperaria do Estado. O facto de mais de 80% da superfície florestal de Portugal ser de privados deve ser visto como um bem, algo que nos distingue e que deve ser adequadamente valorizado.
São estas pequenas grandes coisas que nos distinguem... E quanto ao IMI, que não consigo entender, sou contra, obviamente.
domingo, 4 de setembro de 2016
E se o sistema financeiro fosse desenhado por engenheiros do ambiente, ao invés de advogados e economistas?
Ora, os engenheiros do ambiente desde logo dividiriam o sistema em secções, cada uma delas dotada das respectivas válvulas de seccionamento para que, em caso de avaria ou contaminação pontual, não ficasse toda a gente sem água ou com água contaminada. Eh eh eh...
Fonte: picado aqui
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
O ET Mau...
Foto: daqui
«Vida inteligente» significa propriamente o quê? O irónico,ou trágico, disto tudo é que, com ou sem extraterrestres, a «crise» continua... Até talvez desse um certo jeito que houvesse um "inimigo extraterrestre" pois isso não só desviaria as atenções do essencial como criaria o momento necessário à união humana em torno dessa "vontade geral" à la Rousseau, necessária à legitimação dos soberanos e guardiões do há muito sonhado «Império sem fim» dos romanos...
terça-feira, 16 de agosto de 2016
UNIVATES - Lajeado, RS, Brasil
Uma fantástica Universidade que tive o grato prazer de conhecer. Obrigado UNIVATES! Com muita saudade. E esperança de futuras colaborações...
domingo, 14 de agosto de 2016
Esplendorosa Lua Cheia de Agosto de 2016, com um belo Poema do Paulo Ferreira Borges
BREVE DURANTE
A vida é um breve durante,
o espelho da face. Erva que cresce
pelo palmo da idade
enquanto o coração, de agravos em desenganos,
continua a farejar nas madrugadas
o feliz pomar carregado de sorrisos,
a justa herança de quem vive o sonho.
Somos um pavio que se vai consumindo
na migração dos amores
e na sucessão das andanças.
Maisquerer nem sempre é benquerer
e no intervalar das luas,
vão-se os projectos sobre folha de água
e fica o incenso da conjura
a grassar, lentamente, sobre a pele
como em pira de inevitáveis silícios.
A vida é um breve durante,
dédalo intrincado,
cindida e atónita memória.
terça-feira, 9 de agosto de 2016
terça-feira, 2 de agosto de 2016
Da segurança alimentar
Lei básica (e universal) da segurança alimentar: «Comerás do que deres a comer aos outros, ou do que produzires ou venderes, para que outros comam, nas tuas fábricas e nas tuas lojas. Comerás se quiseres em mesa à parte, ou por outro prato, à mão ou com a ajuda de finos talheres de prata.»
sexta-feira, 22 de julho de 2016
quarta-feira, 6 de julho de 2016
Série Fábulas de Esopo II - A Gralha e os Pavões
Uma Gralha pediu emprestadas penas de pavão e, vestindo-se
com elas, passou a andar com os Pavões, desprezando as
outras Gralhas. Porém, passado algum tempo, os Pavões pediram
as suas penas de volta, e começaram a depenar a
Gralha, arrancando-lhe penas e carne com o bico. A Gralha
quis depois regressar para junto das suas antigas companheiras,
ainda que com temor e vergonha, e disseram-lhe elas:
— Teria sido melhor contentares-te com o que te deu a natureza
do que quereres ser o que não és e ficares no estado
em que estás, pelada, ferida e envergonhada.
segunda-feira, 4 de julho de 2016
Compreendendo a cultura II ou, Da pirâmide da hierarquia
Afinal, quem disse que o mandante com mais mandados era o mais livre? E nós, não queremos afinal todos "subir" na hierarquia? Mas já sei: alguém vai dizer que é a velha arenga do Velho do Restelo que Camões cantou. Pois que seja!
E se for para tanto aqui fica:
— "Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
C'uma aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!
— "Dura inquietação d'alma e da vida,
Fonte de desamparos e adultérios,
Sagaz consumidora conhecida
De fazendas, de reinos e de impérios:
Chamam-te ilustre, chamam-te subida,
Sendo digna de infames vitupérios;
Chamam-te Fama e Glória soberana,
Nomes com quem se o povo néscio engana!
— "A que novos desastres determinas
De levar estes reinos e esta gente?
Que perigos, que mortes lhe destinas
Debaixo dalgum nome preminente?
Que promessas de reinos, e de minas
D'ouro, que lhe farás tão facilmente?
Que famas lhe prometerás? que histórias?
Que triunfos, que palmas, que vitórias?
Luiz Vaz de Camões, Os Lusíadas, Canto IV, 95-97
Subscrever:
Mensagens (Atom)